domingo, 28 de julho de 2013

"The Mission" - Cap. 35"




Justin POV
Estava conversando com Melissa, ela me contava que estava se apaixonando pelo seu médico, que ele a fazia se sentir melhor. Fiquei muito feliz por ouvir isso, por saber que alguém pode fazer por Melissa, o que eu não fiz.
- E como foi com os pais da Megan? – Ela perguntou curiosa.
- Foi tenso no começo, James ficava me encarando, mas eu disse o que sentia e ela aceitou. – Meus olhos lacrimejaram ao lembrar que vou casar com a mulher da minha vida.
- Você deu o anel para ela?
- Sim. – Sorri.
- Seus olhos brilham quando fala da Meg, vocês são tão lindos juntos. Eu me odeio por um dia ter tentado separar vocês.
- Esqueça o passado Mel. – Justin, segurando a mão dela. – Por que não liga para o médico bonitão e marca um jantar com ele, aqui? – Sugeri.
- Aqui? – Ela franziu a testa.
- Por que não? Eu posso ligar para a Meggy e nós jantamos juntos. Lottie vai adorar. – Disse e Melissa ficou pensando.
- Gostei, pode ser. – Ela sorriu e pegou o celular.
- Vou falar com a Lottie. – Levantei e caminhei até o quarto da Charlotte, ela estava deitada no chão, colorindo um desenho e estava rodeada de bonecas e lápis de cor.
- Hey princesinha. – Aproximei-me e sentei ao lado dela. – O que desenhou?
- Você e a Meg. – Ela disse e eu arregalei os olhos. – Sabia que eu conheci os pais dela? Nós fomos à praia juntos.
- E você gostou deles? – Perguntei, ainda confuso, ela assentiu e me mostrou o desenho pronto. – Ficou lindo, filha.
- Agora eu vou desenhar a mamãe e o Michael. – Ela abriu um sorriso enorme e pegou outra folha.
- O que acha de jantarmos todos juntos? Você, mamãe, Michael, Meggy e eu.
- Legal. – Ela continuou desenhando, fiquei a olhando por um tempo e vi uma folha, embaixo dela.
- Posso ver esse? – Perguntei, apontando e ela me entregou. Senti um aperto no coração, ao ver o desenho.
- É a mamãe. – Lottie disse, me olhando. Meus olhos se encheram de lágrimas. – Ficou bonito? – Assenti, foi o máximo que consegui fazer. Era a Melissa, com um vestido branco e asas. – Eu queria escrever, mas eu não sei. – Ela abaixou a cabeça.
- Quer que eu te ajude? – Enxuguei o rosto e coloquei a folha no chão.
- Eu quero escrever, “mamãe é meu anjo”. – Ela sorriu e me entregou o lápis.
- Eu vou escrever fraquinho e você escreve por cima, ok? – Lottie assentiu, escrevi e levantei dali, antes que começasse a chorar de novo. – Eu já volto, filha. – Peguei o celular no bolso e sai do quarto dela, liguei para a Meggy e disse sobre o jantar.
[...]
A campainha tocou, Melissa e eu estávamos a cozinha, tentando fazer uma lasanha. Fui atender a porta e Meggy segurava uma caixa. Ela sorriu e eu a abracei.
- Estava com saudade. – Beijei sua testa.
- Nos vimos há menos de três horas Justin. – Ela riu.
- Só? Pareceu mais. – Fiquei pensando e Meg me empurrou para dentro.
- Onde Melissa está? – Ela perguntou.
- Na cozinha. – Disse e puxei Meggy, pela cintura.
- Como está a minha noiva? – Perguntei sorrindo.
- Bem e o meu noivo? – Ela  me deu um selinho.
- Melhor impossível. – Soltei-a e nós fomos até a cozinha. Mel cumprimentou Megan, que entregou a caixa que segurava.
- Eu vi isso em uma vitrine e imaginei em você, espero que goste. – Megan parecia ansiosa, Mel abriu a caixa e tirou um vestido de dentro, ela ficou olhando e depois abraçou Meg.
- É lindo, eu tinha visto esse vestido em uma revista e havia adorado. Ah, muito obrigada Meg. – Sorri ao vê-las se abraçando.
- Como está indo com a lasanha? – Perguntei e ela fez careta.
- Está no forno, espero que fique boa. – Ela disse rindo.
- Vá se arrumar, eu fico olhando o forno. – Disse e ela assentiu.
- Você pode arrumar a Lottie? Eu não tive tempo ainda.
- Eu faço. – Meg se voluntariou e as duas saíram juntas da cozinha, soltei um suspiro e sorri, sozinho.

Megan POV
O Médico da Melissa chegou com um buque de rosas vermelha em mãos, ele estava muito bem vestido e tinha um sorriso animador no rosto, os olhos brilhavam enquanto a olhava, parecia apaixonado.
- Boa noite, meu anjo. – Ele a beijou discretamente.
- Boa noite. – Mel disse derretida, olhei Justin e ele encarava o médico, dei risada. – Michael, esse é Justin.
- Prazer. – Michael disse e Justin assentiu, apertando sua mão.
- Megan. – Melissa me apresentou.
- Boa noite. – Disse e o cumprimentei.
- Lottie? – Ela chamou. – Onde você está filha?
- BUUU! – Lottie saiu de trás do sofá e pulou no colo da mãe.
- Diga oi ao Michael.
- Oi. – Ela sorria, tímida.
- Olá princesinha. – Michael beijou a testa dela, olhei Justin e ele batia o pé constantemente no chão.
- Ciúmes? – Perguntei próximo de seu ouvido.
- Não, amor... É só que... – Ele abaixou a cabeça. – Eu não sei, mas estou feliz pela Melissa. – Justin sorriu e segurou minha mão.
- Vem. – Puxei-o e todos nós nos sentamos à mesa. Melissa serviu vinho e começou a puxar assunto, ela contava como conheceu o Michael.
- Ah Meg, lembra-se do dia em que você apareceu lá na casa do Scooter, com roupas largas e uma expressão tipo “quero matar todo mundo”? – Mel lembrou.
- Sim, eu fui muito antipática com vocês. – Nós rimos.
- Eu perguntei se te conhecia e você respondeu “não e nem precisa conhecer”, não foi nem um pouco educada. – Justin me imitou, bati devagar em seu braço e ele me abraçou. Nós conversamos mais um pouco e depois comemos a lasanha.
- Está ótima. – Justin disse, pegando mais um pedaço. – Já pode casar Mel. – Ele brincou e Melissa sorriu fraco. Eu entendo que ela está tentando ser minha amiga, eu sei que é sincero e que ela gosta mesmo do Michael, mas também sei que ela ainda ama o Justin.
- Papai, eu derrubei molho no vestido. – Lottie lamentou, olhando para o vestido.
- Oh Lottie, venha, vamos limpar isso. – Ele pegou-a no colo e foi até o banheiro.
- Eu vou levar isso para a cozinha. – Comecei a recolher os pratos, queria deixá-los sozinhos. Levei a pilha de pratos e talheres para a cozinha e assobiei para Justin, quando ele voltava para a sala. – Fiquem aqui. – Disse e Justin soltou a mão da Lottie.
- Eu posso te ajudar? – Ela perguntou.
 - Você pode guardar isso para mim? – Lhe entreguei um copo e ela assentiu, Justin se aproximou e passou espuma no meu nariz. – Ah não, sai daqui. – Disse rindo e ele me abraçou e passou a mão cheia de espuma, nas minhas bochechas. – JUSTIN. – Virei-me e joguei espuma nele, também, Lottie começou a rir. Nós três começamos a jogar espuma um no outro, mas eu pedi um tempo quando começamos a bagunçar a cozinha.
- Chega, se não Melissa nos mata. – Justin disse, ainda rindo.
- Xiiiiii! – Lottie fez careta e Justin a abraçou. Continuei lavando a louça.
- Filha... – Justin cochichou no ouvido dela e Lottie saiu correndo. Ele me ajudou com e louça e quando terminamos, Charlotte voltou, segurando uma folha.
- Eu fiz para vocês. – Ela me entregou, era um desenho, Justin e eu de mãos dadas.
- Que lindo Lottie. – Agachei e a abracei. – Ficou muito lindo.
- Quando vocês forem se casar, eu quero ser dama de honra. – Ela disse.
- Claro, você será! – Disse e a abracei de novo. Olhei Justin e nós sorrimos um para o outro.
continua...

sarah blackberry tudo bem <3 haha
Daiana Do Kidrauhl ♥ seja bem vinda :)

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quarta-feira, 24 de julho de 2013

"The Mission" - Cap. 34"

Justin POV
Liguei para Melissa assim que acordei e ela disse que está bem, não sentia nenhuma dor. Disse também que iria ao cinema com a Charlotte, que iam passar o dia fora, então eu não precisaria ir para a casa dele, me ofereci para levá-las, mas Melissa recusou.
Quando Meggy acordou, eu pedi para ela ligar para os pais dela e marcar um almoço com eles, eu precisava me desculpar e eu iria fazer uma surpresa para Megan.
- E então? – Perguntei.
- Eles aceitaram. – Ela sorriu.
- Ok, então vamos nos arrumar.
- Eu vou arrumar essa sala, está horrível. – Meg disse, colocando as almofadas no lugar.
- Nós estamos sem faxineira e bem, somos quatro homens, a casa não ia ficar arrumada por muito tempo.
- Vocês são muito desorganizados. – Ela disse brava e, Tyler entrou na casa.
- Desorganizado é meu nome do meio. – Ele se jogou no sofá e mandou beijo para a Meg.
- Tyler, por favor.
- Pirralha, nós precisamos conversar. – Tyler levantou do sofá e encarou a Meg.
- Depois Ty. – Ela continuou arrumando e colocando tudo no lugar.
- Meggy, eu preciso de ajuda com a roupa. – Disse.
- Eu já vou. – Ela me olhou rindo. Eu estava nervoso, não é todo dia que se tem encontros com os seu sogro que te odeia. Fui até meu quarto e separei algumas roupas.

Megan POV
Organizei a sala e olhei para Tyler, ele estava no canto, esperando para falar comigo. Sentei no sofá e ele sentou ao meu lado, parecia aflito.
- Fala. – Disse, quebrando o silencio.
- Promete que não vai rir de mim? – Ele perguntou e suas bochechas coraram. Tyler com vergonha? Isso é um milagre.
- Ok. – Disse, já rindo.
- Ah, qual é Meg? – Ele cruzou os braços.
- Parei. – Disse o olhando, séria.
- Eu estou gostando de alguém... – Arregalei os olhos, mas Tyler não me olhava, então ele não viu. – Mas ela me odeia, me odeia com todas as forças.
- Você está doente? Ty?
- É sério Megan, não tem graça. – Vi lágrimas se acumulando nos olhos dele.
- Desculpa, continue. – Segurei suas mãos.
- Eu a beijei e ela me deu um tapa na cara e jogou areia nos meus olhos. – Ela parecia muito chateado.
- Mas por que esse ódio todo? – Franzi a testa.
- Ela foi namorada de um colega meu e sempre que ela passava pelo nosso grupo, na praia, eles a zoavam e diziam coisas horríveis e eu também... – Ele cobriu o rosto com as mãos. – Eu sei que isso é ridículo, mas eu fiz, ainda faço...
- Ainda zoa ela? – Perguntei confusa e Tyler assentiu. – Deixa eu adivinhar... Você ri da menina na frente dos seus amigos e implora o amor dela nas costas deles?
- Você é boa com isso.
- Você é um babaca. – Afastei-me um pouco dele. – Sabe Tyler, nós, garotas, sonhamos com um amor verdadeiro todos os dias, sonhamos com um príncipe encantado. Você fazer isso com a garota, só porque seus amigos são uns imbecis, é ridículo.
- Não está ajudando.
- Eu só quero enfiar a minha mão na sua cara, agora. – Disse, bem grossa. – Você é um cara legal, lindo, eu sei que tem um coração imenso... Mas nunca esperaria saber que é influenciado por um grupo de garotos fortões.
- Ta legal Megan, pedi ajuda para a pessoa errada. – Ele ia levantar, mas eu segurei seu braço.
- Ok, desculpa. – O encarei. – Você vai ir até a casa dessa garota e vai pedir desculpas por tudo o que fez.
- Ela vai jogar um vaso de flor em mim.
- Você vai insistir, até que ela ouça suas desculpas. – Continuei. – Sem beijos, sem declarações. Primeiro, tem que convencê-la de que se arrepende.
- Ok, valeu. – Ele levantou.
- Tyler... – Disse e fiquei de frente para ele. – Você não deve ter medo ou vergonha dos seus sentimentos.
- Obrigada pirralha. – Ele me abraçou forte.
- Eu quero saber de tudo depois, viu? – Disse e ele assentiu rindo. – Boa sorte Ty.
- Boa sorte no almoço hoje. – Ele piscou e saiu. Subi para o segundo andar e bati na porta do quarto do Justin, ele não respondeu, eu entrei assim mesmo. Ele havia tirado todas as roupas do armário, ri sozinha.
- Meggy? – Me virei e Justin estava saindo do banheiro, com a toalha amarrada na cintura. – E então?
- Não precisava dessa bagunça Justin. – Ri e separei uma roupa. – Coloca isso.
- Mas não é muito simples? – Ele franziu a testa.
- Você quer ir de terno para um almoço? – Perguntei e ele balançou os ombros. – Essa está ótima, vá se vestir. – Guardei as outras roupas e quando estaca terminando, Justin saiu do banheiro, de novo.
- O que eu faço com o meu cabelo? – Ele estava terminando de abotoar a camisa.
- Justin, é só um almoço. – Eu não conseguia entender toda essa aflição dele.
- Não Megan, esse é o almoço da minha vida! – Justin disse sério, seus olhos chegaram a brilhar.
- Uau, tudo bem então. – Sorri, sem entender.
- Você não vai se arrumar?
- Já estou indo. – Fechei o armário e Justin segurou minha cintura, baguncei o cabelo dele e depois coloquei os fios no lugar.
- Como pode ser tão linda? – Justin disse, acariciando meu rosto.
- Ah para. – Afastei-me, sentindo minha bochecha corar. – Vou me arrumar. – Lhe dei um selinho e sai do quarto.
[...]
Descemos do carro e Justin ficou arrumando o cabelo, olhando pela janela do carro. Comecei a rir e ele parou, segurei sua mão e nós entramos no restaurante. Avistei meus pais e nós caminhamos até eles.
- Olá pais lindos. – Sorri e beijei a bochecha de cada um deles. Papai levantou e apertou a mão do Justin.
- Olá Sr. McGraien. – Justin sorriu. – Sra. M...
- Elena. – Ela sorriu e estendeu a mão ao Justin, depois dos cumprimentos, nós nos sentamos.
- Você tem uma filha adorável. – Mamãe disse, sorridente.
- Eu sinto muito por Melissa. – Papai falou, sem olhar Justin.
- Vamos comer? – Disse, lendo o cardápio.
[...]
O clima estava tenso, meu pai havia comentado sobre Nick e insinuou que a culpa, de tudo o que passamos, era do Scooter.
- Pai, ninguém tem culpa de existir psicopatas no mundo. – Disse e ele ficou me olhando, bravo.
- Pretende ficar morando na casa do Braun até quando? – Ele perguntou.
- Por pouco tempo, eu vou comprar uma casa, estou esperando os donos marcarem uma visita. – Tentei não parecer irritada.
- Justin, você tem casa? – Mamãe perguntou. – Quer dizer, sem ser a do Scott.
- Eu dei meu apartamento para a Melissa, mas eu me mudarei para lá. – Ele explicou.
- Se precisar de alguma coisa, de ajuda depois que... – Mamãe fez uma pausa. – É só ligar, eu sei que não vai ser fácil. – Ficamos jogando conversa fora, o clima foi melhorando, papai até deu risada algumas vezes.
- Eu... Eu queria pedir licença para pedir algo. – Justin disse e me olhou, nós ficamos o olhando. – Nós nos conhecemos há pouco mais de cinco anos, e eu posso dizer com toda certeza que você é a mulher mais especial que eu já conheci em toda a minha vida. Quando eu estou com você, eu sinto como se não faltasse mais nada, eu sinto um conforto imenso, como eu sentia quando estava com minha mãe.
- Justin. – Meus olhos começaram a marejar.
- Quando nós nos conhecemos eu pensei que não nos daríamos bem, você me odiava. – Nós rimos. – Mas nos demos muito bem. – Justin abaixou a cabeça e corou. – Quando você foi embora, era como se tivesse perdido uma parte de mim e não pude deixar de amar você, porque fez falta, você fez muita, muita falta. Parecia que eu não poderia mais seguir em frente sem você. – Justin enxugou uma lágrima. – E isso, porque eu te amei desde o momento em que te vi, toda marrenta e com roupas largas e escuras, eu te amo muito. – Justin sorria, ele segurou minhas mãos e olhou para os meus pais. – Eu quis remarcar esse almoço, não só para conhecer vocês melhor, eu queria provar que podem confiar em mim e porque eu farei a filha de vocês muito feliz.
- Nós confiamos em você, querido. – Mamãe sorriu.
- Bom, eu sei que somos novos e que você não quer se casar tão nova, eu te entendo Meggy, mas eu quero ter certeza de que quando você estiver esperando para entrar na igreja, com um vestido branco e véu, serei eu que estarei esperando no altar.
- Que lindo – Mamãe comentou, ela tentava não chorar.
- Sr. McGraien, eu queria aproveitar o momento e pedir a mão da sua filha em noivado. – Justin disse e eu senti meu coração pular.
- Se ela quiser se casar com você, eu apoiarei. – Ele disse, sério. Justin ficou um pouco sem graça e me olhou de novo. Ele mexeu no bolso e tirou um anel dali. – Esse anel foi da minha avó e da minha mãe, um pouco antes do acidente, ela havia me dado e disse para entregar à pessoa que eu amasse. É com esse anel que eu quero te pedir em noivado, meu amor. – Meu rosto estava cheio de lágrimas. – Gostaria de ser minha noiva?
- Claro Justin, com toda certeza – O abracei forte, Justin colocou o anel em meu dedo e sorriu. – Eu te amo. – Beijei-o. Olhei para meus pais, com um sorriso imenso. – Eu amo vocês. – Levantei e os abracei. – Muito obrigada por me apoiarem.
- Minha felicidade é te ver feliz, filha. – Papai sorriu e me abraçou ainda mais forte.
Continua...

Desculpem a demora :s
bia4ever tudo bem anjo haha <3

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terça-feira, 16 de julho de 2013

"The Mission" - Cap. 33"





Justin POV
Acordei no meio da noite, estava tendo um pesadelo horrível. Levantei do sofá e caminhei lentamente até o quarto da Mel, aproximei-me da cama e fiquei as olhando, elas dormiam tranquilamente, abraçadas. Deixei o quarto e caminhei até a cozinha, bebi água e vi uma agenda em cima do balcão, abri e havia várias páginas preenchidas.

“Eu estou nos meus últimos dias e isso dói. Dói ter que viver esperando a morte.”

Meus olhos lacrimejaram, mudei a página e encontrei meu nome, comecei a ler aquele texto.

“Eu estou feliz, na medida do possível. Hoje eu saí com o médico bonitão e ele me disse coisas lindas. Ele sabe que eu vou morrer, mas faz o possível para não tocar no assunto, ele me trata como uma princesa. Acho que se eu não estivesse morrendo, nós poderíamos ter alguma coisa mais séria. Ele até me pediu em namoro, mas não quero envolver mais ninguém, não quero me apegar a mais ninguém.
Justin me beijou hoje cedo, mas eu sei que ele não me ama, sei que ele nunca vai me amar como eu queria. Eu sinto inveja da Megan, sinto inveja porque ela tem o amor dele e esse amor é tão real que chega a parecer ficção. Os dois não se viam há quatro anos, mas mantiveram todo o amor que sentiam. Durante esse tempo, tive que ouvir os desabafos do Justin. Quando ele estava bêbado, ele me pedia ajuda para contar quantas garotas gostosas ele havia beijado e depois começava a chorar dizendo que nenhuma era como a Megan, então nós nos beijávamos e acabávamos juntos na minha cama. Eu sabia que ele nunca ia me amar como a ama, mas eu me entregava, como uma adolescente apaixonada. Depois eu cansei e comecei a negar, principalmente quando soube da doença. Foi um momento difícil, foi horrível guardar isso por tanto tempo.”

“Eu nunca deixei de amar o Justin, nunca deixarei, eu sei que aprontei muito com ele quando éramos mais novos, fiz coisas ridículas, mas amadureci e notei que ele nunca terá olhos para mim. Isso parece uma lamentação, mas não é, eu me conformei e agora não sofro mais. Claro, eu fico encarando os lábios dele com desejo, aquele corpo escultural ainda chama minha atenção, mas eu cansei de tentar mudar um coração que nunca foi meu.”

Fechei a agenda e enxuguei meu rosto. Eu me sinto horrível por tudo isso, eu queria muito amá-la, queria fazê-la a mulher mais feliz do mundo, mas eu não posso enganá-la, eu não a amo como ela quer. Voltei para o sofá e deitei, ficando rolando de um lado para o outro e não consegui dormir. Lembrei de Megan falando que eu poderia ligar para ele e senti muita vontade de ouvir sua voz. Levantei, de novo e peguei um pedaço de papel e uma caneta. 

“Sai para esfriar a cabeça, qualquer coisa me ligue. Sério, me ligue!”

Deixei em cima do sofá e peguei as chaves, sai do apartamento, tentando não fazer barulho e dirigi para minha casa. Minha visão estava um pouco embaçada, por causa das lágrimas se acumulando. Dirigia muito rápido e não vi o farol vermelho, passei direto e ouvi algumas pessoas gritarem, olhei para o retrovisor e elas faziam gestos desagradáveis, ouvi um barulho e senti uma batida no carro, parei, com medo de ter atropelado alguém. Não havia ninguém esmagado ou desacordado embaixo das rodas, então foi atingido por uma pedra. Procurei de onde vinha e eram as pessoas que me xingavam antes, era um grupo de garotos, eles se aproximavam de mim.
- Olha, olha, quem diria... Justin Bieber. – Um deles disse, tentei reconhecê-lo, mas minha visão ainda está embaçada. – A mariquinha está chorando?
- Me deixa cara. – Era um antigo amigo, quando eu saia com o meu grupo, quando ainda namorava Melissa, ele comprava bebida, porque era o único maior.
- Olhem o carrão dele. – Ele disse para os outros três e chutou a porta traseira.
- Cara, sai daqui. – empurrei-o e ele rio irônico.
- Eu costumava te chamar de amigo, moleque, mas amigos não se traem. Você fez minha mulher terminar comigo e depois a abandonou.
- Eu não sei do que está falando.
- Claro, ela deve ter sido só mais uma. – Ele parecia estar furioso comigo.
- Você passou a noite com ela. VOCÊ DORMIU COM A MINHA MULHER. – Ele socou minha cara, me desequilibrei, mas não cai.
- Me desculpe ta legal? Eu dormi com muitas garotas, quando estava bêbado, mas provavelmente ela não disse que tinha namorado. E deve fazer muito tempo... Esquece isso cara. – Tentei dizer, mas ele me socou, outra vez.
- Ela era a mulher da minha vida. – Ele disse com muita raiva.
- Se ela gostasse de você, não tinha dormido com outro cara. – Disse nervoso e soquei o rosto dele. – ME DEIXA EM PAZ CARA. A MELISSA ESTÁ MORRENDO E VOCÊ VEM ME COBRAR SATISFAÇÃO SOBRE A NOITE QUE EU DORMI COM SUA MULHER SENDO QUE EU NEM SEI QUEM É ELA É. ME DESCULPE, TA LEGAL?
- O que você disse sobre a Melissa? – Sua expressão foi mudando.
- Ela tem pouco tempo de vida. – Disse, de novo. Só repeti porque nós já fomos amigos um dia.
- Eu a encontrei no mercado, um dia desses, ela parecia bem.
- Ela toma milhares de remédios para dor, mas mal, muito mal e não tem saídas. – As lágrimas voltaram a encher meus olhos.
- E-e-eu sinto muito. – Ele disse.
- Eu preciso ir agora. Desculpe-me pelo que fiz no passado, eu não queria separar ninguém. – Entrei no carro e dei partida. Cheguei em casa em menos de dois minutos e entrei, sem fazer barulho. Ouvi alguns ruídos na cozinha e caminhei até lá, Meg estava procurando algo na geladeira. Aproximei-me e cobri seus olhos com as minhas mãos.
- Tyler? – Ela perguntou confusa. – Tyler, não tem graça. – Continuei cobrindo seus olhos e ela tentou tirar, mas não conseguiu. Meggy se contorcia, tentando se livrar das minhas mãos e quando ela conseguiu, eu agarrei-a e a beijei.
- Justin. – Ela sorriu, separando nossos lábios. – Que surpresa boa.
- Eu não estava conseguindo dormir. – Disse, abraçando sua cintura.
- Eu também não. – Ela fez careta. – O que é isso no seu rosto? – Ela colocou a mão, embaixo dos meus olhos.
- Ai. – Disse afastando-me. – Eu acabei levei dois socos na cara.
- O que? Melissa te bateu? – Ela perguntou, confusa.
- Não. – Ri. – O cara se irritou comigo.
- O que você fez? – Ela olhou desconfiada.
- Dormi com a mulher dele, mas faz muito tempo e eu estava bêbado. – Expliquei.
- Justin. – Ela começou a rir. – Você mereceu o soco.
- É, eu sei. - Sorri fraco e abaixei a cabeça.
- O que foi?
- Eu só quero dormir um pouco, estou cansado. – Dei um selinho nela e segurei sua mão. – Quero dormir abraçado com você. – Puxei-a.
- Eu posso fazer um lanchinho antes? – Ela apontou a geladeira, soltei-a e ela pegou um pedaço de torta. Fiquei a olhando devorar aquilo. – Eu estava com fome.
- Você parece um homem comendo.
- Ah qual é? – Ela encheu a boca de torta e me olhou brava, começamos a rir. – Você não quer?
- Não. – Meggy terminou de comer e me olhou. – Podemos ir dormir agora?
- Sim. – Ela segurou minha mão e nós fomos até seu quarto, juntos. – Meg foi até o banheiro e eu fiquei na quarto, olhando em volta, ela tinha um moral cheio de fotos. – Prontinho. – Ela sorriu mostrando os dentes recém escovados. – O que está fazendo?
- Olhando suas fotos. – disse e sorri para ela. – Vamos dormir abraçados, yup! – Balancei as mãos.
- Ok. – Ela riu do que eu fiz e repetiu: - YUP!
- Vem aqui. – Puxei sua cintura e a beijei, nós deitamos na cama e ficamos abraçados.
- Boa noite, anjo. – Ela beijou minha testa.
- Boa noite, meu amor. – Sorri e colei nossas testas. Dormimos colados, sentindo a respiração um do outro e ouvindo os nossos corações baterem.
Continua...

Silvana 85 sim, você vai? 
Quem vai na BT?

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