quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

"Falling" - Cap. 35




 Estávamos no carro, quando Justin ligou o rádio e começou a tocar uma música lenta, Justin me olhou e sorriu, ele começou a cantar, cantava maravilhosamente bem, parecia um anjo sussurrando palavras amáveis, enquanto revezava o olhar em mim e na rua. Sussurrei alguns versos, mas minha voz era horrível, então fiquei apenas ouvindo Justin cantar, meu noivo cantar.
- Você devia ser cantor. – Disse e Justin me olhou como se eu tivesse falado um absurdo. – Sério, amor, você canta muito.
- Eu vou ser médico, Lizzie. – Justin disse decidido.
- Mas você pode cantar como hobbie. – Olhei-o e Justin sorriu. – Você podia cantar mais vezes para mim.
- Não. – As bochechas dele coraram.
- Sim, por favor. – Beijei a bochecha dele deitei a cabeça em seu ombro. Justin estacionou em frente a minha casa e eu abri a porta. – Você vai entrar?
- Sua mãe está aí? – Justin olhava para a casa.
- Acho que não. – Disse ao notar que não havia nenhuma luz acesa, Justin sorriu com malicia e abriu a porta. Nós caminhamos abraçados até a porta e eu o olhei antes de abrir. – Você podia dormir aqui. – Disse bem próxima dele, Justin me beijou e segurou minha cintura.
- No seu quarto? – Ele perguntou e nós rimos. Abri a porta e joguei minha bolsa no sofá, virei e beijei Justin, nós subimos para o meu quarto, trocando beijos, estava tudo completamente escuro, então nós esbarramos em várias coisas. Afastei-o e ri, abri a porta do meu quarto e Justin puxou minha cintura, demos alguns passos e ele fechou a porta com o pé. Nós nos beijávamos tão apaixonadamente, que se eu tinha alguma dúvida quanto ele ser o homem da minha vida, elas se foram. – Você tem certeza? – Justin sussurrou olhando em meus olhos, eu mal o enxergava, mas sabia que ele estava sorrindo.
- Absoluta. – Continuei o olhando, Justin segurou minha mão e se aproximou ainda mais. Ele colocou a mão em meu ombro e desceu a alça do meu vestido, depois beijou meu pescoço e abriu o zíper nas minhas costas, meu vestido caiu no chão. Fechei os olhos e senti as mãos do Justin tocarem meu corpo, ele abriu o zíper da calça e a tirou, ajudei-o a tirar a camisa. Nós nos beijamos e nos aproximamos da cama.

Acordei com o despertador e senti os braços do Justin me envolvendo, eu estava usando a camisa dele. Virei e beijei o canto dos seus lábios, Justin sorriu e me segurou mais apertado, deitei a cabeça em seu peito e fiquei ouvindo seus batimentos cardíacos.
- Precisamos ir para a escola. – Justin sussurrou rouco, era maravilhoso acordar ao seu lado.
- Podemos matar aula. – Olhei-o e Justin franziu a testa.
- Você matando aula?
- Nós. – Disse e nós rimos.
- Eu tenho prova. – Justin aproximou nossos corpos e me beijou.
- Eu não quero sair daqui. – Disse com preguiça, Justin sorriu e acariciou meu rosto.
- Eu não quero te soltar nunca mais.
- Não me solte. – Fechei meus olhos e deitei a cabeça em seu peito, outra vez.
- Eu te amo tanto. – Justin beijou minha testa.
- Eu te amo, meu amor. – Abri os olhos e o beijei, afastei-me depois e levantei.
- E se sua mãe estiver aqui? – Justin levantou e colocou a calça.
- Você deixou o carro aqui em frente, ela sabe que você está aqui. – Disse sem dar importância.
- Liz, seu pai vai me matar.
- Não vai, relaxa. – Tirei sua camisa e fiquei só de sutiã e shorts, peguei uma roupa no armário e entrei no banheiro.
- Amor, vou para casa me trocar. – Justin sussurrou.
- Ok. – Gritei de dentro do banheiro.

Quando eu estava pronta, sentei no sofá e descansei um pouco, minha mãe entrou em casa exausta, ela trabalhou a noite toda. Mamãe sorriu e deitou se jogou no sofá, deitando a cabeça no meu colo.
- Como foi o jantar, querida? – Ela estava de olhos fechados.
- Ele pediu para vocês, não pediu? – Sorri e ela assentiu. – Foi maravilhoso, mãe.
- Eu disse que vocês são muito novos, mas Justin insistiu tanto... Acho bom que vocês fiquem noivos, assim eu não perco esse genro maravilhoso. – Ela abriu os olhos e piscou para mãe.
- Maravilhoso. – Repeti e a campainha tocou.
- Estão indo para a escola? – Ela perguntou quando eu levantei.
- Sim, você vai estar aqui quando eu voltar? – Olhei-a.
- Sim, chame o Justin para almoçar aqui. Boa aula. – Mamãe virou para o lado e eu saí de casa. Justin estava com o cabelo molhado e alguns fios dourados caíam sobre sua testa.
- Minha mãe não estava em casa. – Disse me sentindo um pouco aliviada, Justin abriu um sorriso de orelha a orelha.
- Eu vou viver. – Ele levantou os braços, comemorando.
- Vamos logo, estamos atrasados. – Puxei-o rindo. Justin dirigiu em alta velocidade, eu não briguei com ele porque eu estava realmente querendo chegar logo na escola, eu precisava compartilhar minha felicidade com Brandon e Eve. Quando Justin estacionou, eu quase saltei do carro e sai correndo até o Brandon que conversava com dois garotos fortões. – BRANDY, VOCÊ SABIA QUE É O MELHOR AMIGO QUE ALGUÉM PODE TER? – Pulei nele e o abracei forte, beijei sua bochecha várias vezes. – Olá garotos. – Disse, notando meu exagero.
- Essa felicidade toda, pelo visto... – Brandon me olhou desconfiado, fez sinal de silencio e nós rimos.
- Bom dia galera. – Justin cumprimentou os dois garotos e abraçou Bran. – As chaves. – Justin entregou-as. – Valeu cara.
- Parem de agradecer, eu não fiz nada que um bom amigo não faria. – Brandon me abraçou. – Se o Justin te magoar, eu vou quebrar aquele rostinho bonito dele. – Ele sussurrou, olhando para o Justin.
- Bieber, preciso falar com você. – Bill puxou o braço do Justin, eu ia impedi-lo, mas Justin fez sinal de “Ok”. Bran e eu fomos para a sala.
[...]
Depois da escola, passei na sorveteria para ver se eles ainda precisavam de alguém para trabalhar, eu não disse nem duas palavras e o dono disse que eu estava contratada.
- Pode começar hoje, agora? – Ele parecia um pouco desesperado.
- Eu preciso levar minha mochila em casa, mas se o Senhor quiser, eu volto em uma hora.
- Sim, por favor. – Ele sorriu e me entregou o uniforme. – Te vejo em uma hora.
- Uma hora. – Repeti constrangida com o desespero dele e me apressei para chegar em casa rápido. Quando cheguei, Justin estava ajudando minha mãe na cozinha, os dois não são muito bons com isso.
- Amor. – Justin abriu os braços e veio em minha direção. – Eu não te achei depois da aula, Eve disse que você já tinha ido.
- Eu passei na sorveteria, inclusive, tenho que ir trabalhar em 50 minutos. – Disse animada.
-Trabalhar? Filha, você não preci...
- Mãe, eu quero, vai ser divertido. – Aproximei-me e olhei o que ela fazia, era uma lasanha, parecia deliciosa.
- Serei seu primeiro cliente. – Justin sentou-se à mesa e eu sentei ao seu lado, mamãe colocou a lasanha em nossa frente e nós nos servimos. Por incrível que pareça, estava deliciosa. Eu ajudei a arrumar a cozinha e toquei de roupa, depois disso, eu e Justin fomos para a sorveteria, vesti o avental e o chapéu e fiquei atrás do balcão.
- E aí George. – Justin cumprimentou meu chefe e ele acenou.
- Posso ajudar? – Sorri para o Justin e nós olhamos o meu novo chefe que atendia outras pessoas.
- Acho que vou querer a atendente. – Justin piscou.
- Justin, cala a boca. – Olhei de novo para meu chefe, ele não ouviu. Justin ria.
- Desculpe, mas a belezinha aí tem namorado? – Justin disse baixo e piscou de novo.
- Justin, o sorvete. – Revirei os olhos.
- Quero de baunilha. – Ele disse sem nem olhar o cardápio, fiz o sorvete e entreguei para ele, meu chefe parou do meu lado.
- Pode atender aquele garoto? – Ele apontou e Bill acenou para mim, ele levantou e sentou ao lado do Justin.
- Trabalhando, bela? – Sorriu sarcástico.
- Eu disse que irei. – Justin disse baixo, mas eu ouvi.
- Eu só vim tomar sorvete, calma. – Bill voltou a me olhar. – Pode me trazer um sundae de morango, docinho? – Bill piscou para mim e Justin apertou com tanta força o sorvete dele, que a casca quebrou e sujou toda a mão.
- Justin. – Olhei-o quase implorando para ele não arrumar briga e afastei-me para fazer o sundae. Quando voltei com o pedido do Bill, Justin parou de falar e levantou, vi que ele estava indo falar com George.
- Um delicia. – Bill nem havia tocado no sorvete, ele disse olhando para mim. Fui até o George e ouvi Justin dizendo para ele “cuidar” de mim.
- Não se preocupe Justin. – George me olhou e sorriu, depois saiu dali.
- Eu vou te bater. – Disse.
- Eu vou embora, eu prometo, mas só depois que ele for. – Justin levantou e me roubou um selinho, ri e fui até duas garotas que haviam acabado de chegar.
Continua...

Primeiro, desculpem a demora, foi bem corrido essa semana porque eu passei naquela prova e tive que resolver um monte de coisas e tal. Enfim, agora que eu passei, eu nem vou ter tempo pra respirar direito, ainda mais porque que eu preciso estudar muito. Então, como esses dias tem um feriadão, eu vou tentar escrever os últimos capítulos e ir postando aos poucos. Não me matem, mas vai ser impossível continuar escrevendo e estudando loucamente todos os dias, então provavelmente essa será a ultima fic que eu vou postar, pelo menos nesse ano. Eu sei que eu vou sofrer, porque eu amo postar aqui e vocês são tão fofas, mas eu realmente não vou ter tempo.
Só que a fic ainda não acabou, então não vamos sofrer antecipadamente...

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

"Falling" - Cap. 34




Justin ficou na escola depois das aulas, ele disse que precisava conversar com alguns professores sobre a nota dele, então eu fui para casa sozinha. Eu odeio andar sozinha por essa cidade, as pessoas ficam me encarando imaginando que eu devo estar quase morrendo, que minha falta de cabelo é um câncer maligno e que eu tenho alguns meses de vida. Eu penso todos os dias em usar uma peruca, mas ficaria falso e eu odeio falsidade, eu não quero ser quem eu não sou, por mais que me incomodem os olhares curiosos.

Cheguei em casa e fiquei conversando com minha mãe no telefone, nós não estamos nos vendo muito esses dias, ela esta trabalhando duro para tentar conseguir uma promoção. O chefe dela é muito legal, até me mandou chocolates outro dias. Estou muito feliz por ver minha mãe voltando a ser a mulher admirável que ela era antes do divórcio.

Depois de falar com minha mãe, liguei para o meu pai, ele também está trabalhando muito para cobrir todos os gastos dos meus tratamentos. Contei a ele que vou procurar um emprego e ele tentou ficou um pouco incomodado com isso, mas eu vou de qualquer jeito. Ele me disse que tem discutido muito com a mãe do Mitch e que está até dormindo no escritório. Era a minha chance de dizer para ele voltar para casa, eu sei que minha mãe ainda o ama e que ele não sabe o motivo de ter se divorciado dela, foi algo impensado.

“Pai, você será recebi de braços abertos se quiser voltar para os Estados Unidos.” – Disse tentando não ser tão indiscreta.

“Obrigado filha, fico feliz em saber que ainda tenho você.”

“E o Mitch, ele está bem?”

“Sim, ele estava saindo com uma garota muito simpática.”

“Ele me disse que ia pedir ela em namoro” – Contei animada.

“Isso eu não sei, mas ele parece estar mesmo gostando dela”

“Fico feliz por ele. Pai, agora eu preciso me arrumar, Justin vai me levar para jantar.” – Disse animada.

“Eu sei, ele me disse... Ops.” – Acho que ele não devia ter contado.

“Por que ele te disse que vai me levar para jantar?” – Perguntei confusa e ele ficou mudo por um tempo.

“Porque ele é um bom genro...” – Meu pai disse rindo. – “Tenha um bom jantar querida, nos falamos depois”.

“Tchau pai.” – Desliguei o telefone, ainda desconfiada. Abri o armário e fiquei encarando minhas roupas, são todas comuns e nenhuma estava me agradando, joguei-as em cima da cama e vesti cada uma das roupas. Peguei um vestido azul que estava no fundo no armário e coloquei, ele ficou incrivelmente lindo e eu nem lembrava que tinha. Demorei alguns minutos para colocar tudo no lugar e mais alguns para me arrumar, quando estava pronta, olhei no relógio que marcava sete horas, respirei aliviada e sai do quarto. Minha mãe chegaria em alguns instantes e poderíamos ficar conversando até o Justin chegar.



A campainha tocou e minha mãe sorriu, eu não sei o que é, mas meus pais sabem o motivo desse jantar tão inesperado. Levantei e mamãe me abraçou, ela sussurrou um “Tenha um bom jantar” e eu fui até a porta. Justin estava muito elegante, ele usava uma calça jeans, camisa e blazer. O cabelo estava alinhado e completamente arrumado, ele tinha um sorriso tímido no rosto e segurava um buque de crisântemo.

- Você está linda, meu amor. – Justin segurou minha cintura e beijou minha testa, ele me entregou o buque e sorriu.

- Seu cabelo. – Disse rindo. – Está impecável.

- Minha mãe me ajudou. – Ele disse e suas bochechas coraram.

- Está parecendo um príncipe. – Olhei em seus olhos e sorri.

- Então, a Senhorita me acompanharia até nossa carruagem? – Justin estendeu a mão e riu, era o carro do Brandon, Justin provavelmente pediu emprestado já que vendeu o dele para salvar minha vida.

- Será uma honra. – Segurei sua mão e nós fomos até o carro, Justin abriu a porta para mim e depois correr para o outro lado, fiquei olhando a janela e vi que ele tropeçou, depois levantou me olhou com vergonha, segurei o riso. – Posso saber o motivo deste jantar?

- NÃO. – Ele gritou por impulso. – É surpresa amor. – Disse fazendo cara de cachorro sem dono.

- Tudo bem. – Virei para frente e fiquei observando os carros da frente. Não perguntei mais nada, mas eu estava muito confusa e curiosa. Justin me levou em um restaurante novo e eu me senti muito simples ao ver a estrutura do lugar. Encarei meu reflexo no espelho que havia na entrada e encolhi os ombros. Senti os dedos do Justin se entrelaçando aos meus e olhei-o, ele sorria tão docilmente, que foi inevitável virar e beijá-lo. Justin segurou minha cintura e olhou profundamente em meus olhos e mexeu os lábios dizendo “Você é linda”. Eu só conseguia sorrir, meus olhos marejaram um pouco, mas eu tentei disfarçar, Justin segurou minha mão e me conduziu até a mesa que ele reservou, ele puxou minha cadeira para eu sentar e depois sentou ao meu lado. Nós conversamos, rimos, jantamos e rimos mais. Justin consegue me fazer rir com poucas palavras, ele me faz bem com um simples sorriso.

- Amor, eu escrevi isso para você. – Justin me entregou um envelope, olhei-o confusa e peguei o envelope. Abri e tinha uma carta ali dentro, estava escrita à mão e tinha vários corações em volta. Olhei Justin e ele ria.

“Elizabeth,

Eu nem sei como começar a escrever isso. Na verdade, eu sei, mas se for escrever tudo o que eu sinto, daria uma saga de livros, então tentarei ser breve nesta carta. Bom, eu sei que te ignorava antes de te conhecer, eu sei que começamos essa história da pior forma possível, mas eu acho que quando duas pessoas que se odeiam mortalmente conseguem transformar o ódio em amor, amor de verdade, nada mais é impossível para elas. Eu te odiava, você me odiava. Eu te amo, eu espero que você me ame também. Você faz eu me sentir uma pessoa melhor, um homem melhor. Só Deus sabe o quanto doeu ver você sofrendo naquele hospital, só Ele sabe o quanto eu chorei por ter descoberto que você é a mulher da minha vida só quando você estava longe. Enfim, eu não acho que essa folha será suficiente para guardar tantos sentimentos assim, mas eu tenho certeza de que ela pode me ajudar a te fazer um pedido.”

Eu estava chorando feito uma menininha que acabou de perder um doce, li as letras grifadas no canto da folha, que me instruíam a virar a folha, ali estava tudo completamente branco. Olhei Justin e ele me entregou um lápis, entendi o que eu deveria fazer. Passei a ponta do lápis levemente por cima daquele pedaço branco de papel e ele foi desvendando letras que não eram visíveis antes. Passei o lápis por toda a folha e levantei-a para ler. “CASA COMIGO?”. Levantei a cabeça e dei de cara com uma caixinha com alianças, Justin estava com um sorriso inseguro no rosto. Eu não consegui fazer mais nada, a não ser chorar, eu chorei e chorei muito. Justin se aproximou e me abraçou, controlei as lágrimas para tentar responder.

- Me desculpe. – Justin sussurrou confuso.

- Eu aceito. – Disse entre as lágrimas, Justin me olhou surpreso e abriu um sorriso imenso, foi quando eu o beijei e nós quase caímos da cadeira.
Continua...




Mel foi mais ou menos, mas eu ainda não sei o resultado :/

Gente minha irmã mudou a senha do email dela e eu não tava conseguindo entrar aqui, que susto. Desculpem essa demora. 

Comentem!

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

"Falling" - Cap. 33



Sai de casa e vi Justin sentado na calçada, ele me olhou, sorriu e levantou. Aproximei-me sorrindo e nós nos beijamos. Justin não estava sorrindo sinceramente, ele estava preocupado, talvez com medo.
- Está tudo bem? – Perguntei depois que nos afastamos.
- Eu só quero que tudo fique bem logo, para eu poder ficar com você sem medo. – Justin abaixou a cabeça e segurou minha mão.
- Eu queria poder te ajudar como você fez comigo. – Estava desapontada comigo mesma.
- Chega desse clima, chega, vamos falar sobre o nosso jantar de hoje. – Justin me puxou e nós caminhamos na direção da escola.
- Jantar? – Perguntei confusa.
- Você aceitar jantar comigo? – Ele perguntou me olhando.
- Sim Justin, mas...
- Sem perguntar, eu te pego às oito. – Ele sorriu e olhou para frente, conversamos sobre coisas aleatórias até chegar na escola e ver o desgraçado do Bill rodeado de garotas, Justin apertou minha mão sem perceber.
- Olhe para mim, Justin. – Parei de frente para ele e senti minha mão solta. – Você não vai mais conversar com ele, você não vai mais nem chegar perto dele.
- Essas garotas podem estar em perigo.
- Você está em perigo! E ele não vai fazer nada com elas na frente de todo mundo, isso é só para te irritar.
- Ok, vamos entrar. – Justin entrelaçou nossos dedos e voltamos a caminhar, Bill nos olhou e acenou, Justin o fuzilou com os olhos e continuou andando.
- Justin, Justin, Justin! – A garota que faz o jornal da escola parou o Justin. – Podemos fazer uma entrevista com você?
- Agora?
- Não, depois do primeiro horário. – Ela disse arrumando o óculos que caía o tempo todo em seu rosto.
- Claro. – Justin sorriu e a garota ficou animada.
- Muito obrigada, te vejo depois. – Virei e vi alguns anúncios colados na parede.
- Justin, estão precisando de alguém para trabalhar na sorveteria. – Peguei meu celular para anotar o número que estava ali.
- Você quer trabalhar? Por quê?
- Porque eu preciso ajudar em casa e tenho que te pagar o carro. – Disse sabendo que ele ficaria irritado.
- Você não vai me pagar nada...
- Justin, eu vou pagar! – Segurei o rosto dele. – E não se discute mais isso. – Lhe dei um selinho e me afastei. – Vou procurar o Brandon, até daqui a pouco.
- Espera Lizzie. – Justin correu e parou de frente para mim. – Se encontrar o Brandon, diga para ele me procurar? – Justin estava tenso.
- Tudo bem. – Sorri e fiquei o olhando. – Boa aula. – Justin segurou meu queixo e me deu um beijo calmo, abracei sua cintura e ele segurou minha nuca, nos afastamos quando o sinal ecoou pelo corredor.
- Minha aula vai ser maravilhosa. – Justin sorriu com malícia e eu o empurrei para abrir caminho. – ATÉ MAIS TARDE AMOR! – Justin gritou e algumas pessoas me olharam, abaixei a cabeça e ri, caminhei para a sala, Brandon estava cochilando, todo desleixado na cadeira.
- FOGO! A ESCOLA ESTÁ PEGANDO FOGO! – Gritei e Bran pulou da cadeira, assustado, eu e todos que estavam na sala rimos dele.
- Não faz isso. – Ele colocou a mão do peito e sentou de novo.
- Justin pediu para você procurar ele. – Disse e sentei no meu lugar. A aula passou rápido, eu dei uma boa cochilada em metade dela, mas consegui copiar a lição. Peguei minha bolsa e os livros e sai apressada da sala.
- Hei, minha tia tem uma loja de perucas, posso te entregar o cartão de lá? – Uma garota me parou e perguntou, estendendo o cartão, engoli a raiva que senti e peguei o cartão. Não sei se a garota estava me zoando, mas preferi não dizer nada, virei e sai dali. Vi Justin e Bran conversando perto dos armários deles, eles estavam rindo até me verem e pararem, acenei e entrei na biblioteca.
- GRACE! – Abracei-a, as pessoas que estavam lendo me encararam, ignorei-os.
- Querida. – Grace me olhou com os olhinhos brilhando. – Pensei que não viria mais me visitar.
- Eu sempre virei te visitar. – Puxei uma cadeira e sentei ao lado dela. – Olha, me deram um cartão de uma loja de perucas. – Joguei-o em cima da mesa.
- Você é linda, filha, não precisa disso – Grace acariciou meu rosto.
- Eu sei, as pessoas ficam tentando me colocar para baixo... Justin sempre diz para eu não me importar.
- Sabe, quando você estava viajando, Justin vinha aqui todos os dias ler os livros que você gosta, acho que ele leu metade daquela estante. – Ela apontou. – Ele passava o dia inteiro lendo e chorando, sentado ali. – Apontou de novo. – Onde você sempre senta.
- Todos os livros? – Eu estava encantada com o que ela disse.
- Sim, ele leu todos os livros que você já leu. Ele dizia que eram chatos, mas ele se sentia um pouco mais perto de você. – Grace estava com um sorriso enorme, com os olhos brilhando. – Nunca vi um adolescente tão apaixonado.
- Ele é um anjo. – Disse feliz por descobrir isso.
- Ele esteve aqui agora pouco, veio falar sobre você. – Grace organizava os livros na mesa. – Filha, não deixe esse garoto sair da sua vida. Eu sei que vocês são novos, mas eu olho para os olhos de vocês e vejo a paixão que sentem um pelo outro.
- Ele salvou a minha vida. – Eu amo falar sobre o Justin.
- Posso levar esse livro? – Bill surgiu o nada, eu até me assustei, ele sorriu para mim e eu desviei o olhar, com desgosto.
- Sim, querido, qual o seu nome? – Grace pegou seu caderno de anotações.
- Bill. – Ele disse ainda me olhando, revirei os olhos e o encarei. Bill colocou um pedaço de papel dentro da minha mochila e saiu dali depois de piscar.
- Grace, eu vou para a aula, eu volto depois. – Peguei minha mochila e o papel que Bill deixou. “Talvez eu só quisesse que as pessoas gostassem de mim quanto gostam dele, talvez eu só quisesse ser tão popular quanto ele”. Olhei para os lados e não vi Bill.
- Aqui. – Ele sussurrou no meu ouvido. – Talvez, Elizabeth, eu só quisesse ter uma garota como você. – Ele ia me beijar, mas eu me esquivei e ele quase caiu de cara no chão, cruzei os braços e o encarei.
- Você só pode estar brincando... Você só quer o que o Justin tem, sabe o que é isso Bill? Isso é inveja, porque você sabe que nunca será melhor que ele.
- CALE A BOCA. – Ele segurou meu braço. – Você esqueceu que eu tenho o seu namoradinho em minhas mãos?
- Eu tenho nojo de você. – Empurrei-o. – Pena, eu tenho muita pena do Justin por ter sido seu amigo, por ter te amado como um irmão, enquanto você só sentia inveja por não ser como ele. – Cuspi as palavras e Bill me soltou, ele colocou as mãos na cabeça e depois socou a parede.
- Sabe o que meu pai dizia para mim, Elizabeth? Ele dizia que tinha vergonha de ser meu pai, que o Justin era um filho exemplar, era o filho dos sonhos dele. – Bill tinha algumas lágrimas nos olhos, eu fiquei o olhando. – Ele tinha orgulho do Justin, porque ele conseguia as melhores garotas, porque ele conseguia o destaque no time, porque ele era o capitão do time...
- Você não devia se importar, eu estou careca e as pessoas me lembram disso o tempo todo, mas eu não me importo, porque eu não posso agradar a todos e eu não tenho que agradar ninguém.
- Elizabeth? – Ouvi a voz do Justin e o olhei. – O que está acontecendo?
- Bill, você precisa assumir a culpa do que fez. – Disse e ele me olhou rindo.
- Eu vou acabar com você, cara. – Ele apontou para o Justin. – Eu vou acabar com você! – Bill saiu irritado dali.
- Eu disse para você ficar longe dele...
- Ele tem inveja de você. – Pensando no que ouvi.
- Inveja de mim? O que? – Justin franziu a testa, confuso, contei o que Bill me disse e Justin ficou pensativo, nós matamos a segunda aula e depois eu acompanhei Justin na entrevista dele, isso nos descontraiu um pouco.
Continua...

Comentem!