Os dias foram passavam e cada vez
mais o Justin ficava mais pálido e aparentemente cansado. Eu estava indo todos
os dias na casa dele para estudarmos juntos, mas ele não aguentava nem manter
os olhos abertos. O pior é não poder ajudá-lo.
Fechei o livro com força e Justin
abriu os olhos assustado, ele esfregou os dedos nos olhos e tentou continuar
com eles abertos.
- Me desculpe, vamos continuar. –
Ele arrumou a coluna e me olhou esperando algo.
- Chega Justin. – Levantei e
guardei aquela pilha de livros. – Não vai adiantar estudar assim.
- Me desculpe, eu não tenho
dormido muito bem.
- Me conte. – Aproximei-me e
sentei de frente para ele. – Você está se acabando com esse segredo.
- Você nunca me perdoaria
Elizabeth. – Justin abaixou a cabeça e começou a chorar.
- Justin, eu preciso saber. –
Levantei seu rosto e ele me olhou com medo. Justin ficou chorando por alguns
minutos, eu segurava suas mãos e o olhava, meu coração se partia um pouco a
casa lágrima que caía de seus olhos.
- Eu fiz isso por medo. Eu não
sou ruim. – Justin engoliu o choro e olhou em meus olhos. – Bill se aproximou
de mim outro dia na escola e começou a falar o quão linda você é, falou que
minha irmã é tão nova para morrer e isso me assustou muito, eu sei o quão
perigoso ele é.
- Eu odeio dizer isso, mas eu
tenho vontade de matar esse babaca. – Disse com raiva.
- Não diga matar. – Justin
abaixou a cabeça e soltou um suspiro. – Ele disse que vocês duas estariam
salvas de qualquer perigo, se eu o ajudasse em algo, eu aceitei sem nem
perguntar o que era.
- Eu sabia que era ele que estava
fazendo isso com você.
- Bill me levou até um sitio na
estrada para a capital... Ele estava tranquilo e até ria. Quando chegamos em um
tipo de cabana no meio da mata, Bill apontou uma sacola preta no chão e me
mandou abrir. – Estava sendo duro para o Justin dizer isso, tinha muita dor e
medo em seus olhos, segurei sua mão mais firme. – Era um corpo. Um corpo de um
cara.
- O que? – Perguntei assustada,
eu não esperava isso, não de novo.
- Ele matou um cara que estava
cobrando dinheiro dele. – Justin respirava ofegante por causa do choro. – Bill
é mais perigoso do que qualquer de nós pode imaginar, ele está completamente
fora de si.
- O que você tem a ver com isso
Justin? – Estava com medo de ouvir o resto da história.
- Bill disse que eu precisava
ajudá-lo para manter vocês seguras. – Justin olhou nos meus olhos com medo da
minha reação. – Ele fez eu ajudá-lo à “limpar” a cena do crime e enterrar o
cara. Por isso eu tenho chegado sujo e cheirando produtos de limpeza, ele
limpou qualquer vestígio de que matou alguém naquela cabana.
- Justin... – Soltei suas mãos e
me afastei horrorizada. – Por que não avisou a polícia, eles podiam prendê-lo e
você estaria livre.
- Você acha que eu não pensei
nisso? Eu fui até a delegacia outra noite, ficarei encarando a porta pensando
no que fazer e Bill me ligou, ele estava me seguindo e disse que se eu pensasse
em entrar ali, minha irmã estaria morta, então quando cheguei em casa, ele
estava aqui, conversando com a minha mãe e brincando com o presente que deu
para minha irmã. Elizabeth, eu não posso fazer nada que machuque vocês três.
- DROGA! – Levantei nervosa e comecei
a chorar, Justin me abraçou.
- Eu não sei o que fazer, eu
estou perdido, estou no escuro e qualquer movimento que eu faça pode machucar
alguém que eu amo. – Justin voltou a chorar e ali estávamos nós dois chorando
juntos.
- Hei. – Controlei minhas
lágrimas para tentar acalmar Justin. – Nós vamos encontrar um jeito de resolver
isso.
- Não, nós não vamos fazer nada.
Você não vai fazer nada. – Justin mudou a expressão rapidamente. – Você vai me
prometer que não irá fazer nada.
- Ele não vai parar de te
ameaçar. – Disse irritada.
- Eu aguento. - Justin olhou para
o chão.
- Aguenta? Justin olhe para você.
Você não tem dormido há dias, isso está te fazendo muito mal.
- Eu aguento! – Ele repetiu.
- Não irei prometer nada. –
Peguei minha mochila e coloquei nas costas.
- O que vai fazer?
- Vou para casa e depois eu
volto, vou pedir pra minha mãe para eu dormir aqui, tudo bem? – Perguntei me
aproximando, Justin assentiu. – Eu fazer você dormir, bebê. – Brinquei e Justin
sorriu fraco, selei nossos lábios e o beijei. – Eu já volto amor. – Sorri
tentando lhe passar um pouco de confiança, Justin suspirou e soltou minha
cintura. Saí do quarto dele e desci a escada. Perguntei para a mãe do Justin se
eu poderia dormir ali e ela aceitou.
- O que ele tem, querida?
- Justin precisa tirar notas boas
nas provas e tem o time, ele está cheio de coisas na cabeça e isso está o
atormentando um pouco.
- Ele não conversa mais comigo,
nem brinca mais com a irmã. – Ela disse triste. – Você faz bem pra ele.
- Eu meio que o obrigo a me
contar as coisas. – Disse rindo. – Mas logo Justin voltará a estar de bom
humor, eu vou ajudá-lo com os problemas. – Sorri fraco. – Bom, vou falar com
minha mãe e daqui a pouco eu volto. – Abracei-a e corri até a porta.
[...]
Justin tomou banho e deitou na
cama, eu o segui com os olhos enquanto meus dedos mudavam a TV para qualquer
canal. Justin não disse nada, ele arrumou o travesseiro e se acomodou.
Desliguei a TV e deitei virada para ele, depois de alguns minutos o olhando,
Justin finalmente me olhou.
- Odeio te ver triste. – Disse
com o coração partido.
- Desculpe. – Os olhos dele
estavam marejados e em volta estavam muito vermelhos, ele deve ter chorado
muito no banho. Continuei o olhando, Justin passou os braços por mim e me
abraçou, aconcheguei-me em seu peito.
- Eu estou aqui, sempre estarei.
– Segurei sua mão, que cariciava meu braço. – Olhei para Justin e uma lágrima
caiu de seus olhos. – Nada vai acontecer com ninguém, ok? – Justin só assentiu.
– Fala comigo. – Quase implorei.
- Como foi no trabalho hoje? –
Ele perguntou sorrindo.
- Mais ou menos, eu ainda me sujo
toda de sorvete, mas é legal. – Disse rindo. – E como foi o treino?
- Eu não estou sendo um bom
capitão. – O sorriso dele sumiu.
- Você é o melhor capitão que
aquela escola já teve. – O silencio voltou a deixar um clima triste no quarto.
Justin estava muito mal mesmo, pior do que eu imaginava. – Amanhã nós iremos ao
hospital. – Disse e ele me encarou confuso.
- Você não pode ficar em
depressão e essa tristeza toda está te levando a isso.
- Vou ao hospital fazer o que?
Contar que eu enterrei um cara que meu amigo, ou melhor, quem eu pensava ser
meu amigo, matou?
- Não, mas você precisa se sentir
menos triste e culpado.
- Eu não vou a hospital algum
Lizzie, eu estou bem. – Justin segurou meu pescoço e me beijou. – Olha essa
gata aqui na minha cama, você acha mesmo que eu vou ficar depressivo? – Ele
brincou.
- Bobo. – Empurrei-o rindo,
Justin me segurou e me beijou de novo.
- É ótimo saber que tenho você. –
Sussurrou olhando em meus olhos. – De verdade, me faz um bem danado.
- Eu fico tão encantada de
lembrar a gente brigando no começo do ano e olhar para nós agora. Justin,
estamos noivos! – Disse quase sem acreditar.
- Eu gostava de te provocar, você
ficava toda estressadinha, mas era apaixonadinha por mim.
- Não era não. – Disse séria.
- Mas eu te conquistei de jeito.
– Justin ria.
- Olha quem está falando, o maior
galinha da escola e agora só tem olhos para mim. Quem é que conquistou de
jeito? – Provoquei de volta e Justin gargalhou.
- Você me pegou de jeito. – Ele
puxou minha cintura e mordeu os lábios.
- Vamos dormir, amanhã tem aula.
– Lhe dei um selinho e virei, Justin me abraçou e começou a sussurrar uma música.
– Sua voz. – Disse de olhos fechados. – Amo ouvi-lo cantando. – Eu estava de
costas, mas sei que Justin estava sorrindo enquanto continuava murmurando uma música
para mim.
Continua...
Gente, eu nem olhei se tem algum erro, passei rapidinho pra postar porque ta tudo muito corrido, então me avisem se tiver algo errado. Beijos!
Comentem!
continua
ResponderExcluirTa muuuuuuuuito legal *-* continua linda. E vê se coloca esse idiota do Bill no lixo -.-' kk
ResponderExcluirAss: Mel
Coisa fofa, continua logo
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