Imagine Belieber "Gotta be you" - Cap. 43

Justin POV

Acordei com uma terrível dor de cabeça. Não conseguia manter meus olhos abertos por conta da luz. Olhei em volta e percebi que estava no quarto do Ryan, na pensão. Levantei da cama e vi uma folha verde no espelho. Aproximei-me e li o recado.

“Mel e eu passaremos alguns dias longe, não apronte nada. Pode ficar no quarto, sem bagunça-lo, por favor”.

Ri e joguei o papel no lixo depois de amassar. Vesti uma camiseta e sai do quarto com uma toalha sobre os ombros. Alice estava saindo do quarto dela e quando me viu voltou para trás. Corri e não a deixei fechar a porta.

- Olá princesinha. – Entrei em seu quarto. Alice me encarou com raiva. – Só queria dizer que isso não vai ficar assim.

- Você começou Bieber. – Ela cuspiu as palavras.

- E eu vou terminar Alice. – Mandei um beijo no ar e deixei o quarto. Entrei no banheiro e tomei um longo banho.

[...]

- Bom dia! – Disse ao adentrar a cozinha. Ed e Alice tomavam café da manhã. Havia mais pessoas ali, desconhecidas para mim.

- Bom dia! – Recebi em coro por todos, menos Alice.

- Pessoal esse é o famoso Justin. – Ed me apresentou. – Justin, esses são Annabeth, Arthur, Ian e Maggie. – Ele apontou cada um.

- Olá! – Sorri e me sentei ao lado da Alice. Ele resmungou e afastou sua cadeira. – Tem medo de mim Ali?

- Justin, preste atenção. – Alice anunciou. – Este café quente e o seu rosto. Espero que entenda.

- Presta atenção Alice. – Falei segurando o riso. – Meus lábios e os teus lábios. Se é que você me entende. – Pisquei e me afastei. Percebi a risada de todos presentes ali.

- Hey pombos. – Ed falou. Alice fincou a faca que usava na mesa. – OH ME DESCULPE! Não me mate Alice. – Ele levantou as mãos.

- Então cala a sua boca. – Ela apontou a faca para ele e deixou na mesa, outra vez. Apenas ri da cena.

- Podem me ajudar? – Ele sussurrou. Eu assenti, não vi resposta da Alice. – Eu estou gostando de uma garota, mas ela tem namorado. – Ele sussurrou mais uma vez.

- Simples, não seja idiota como o Justin foi e conquiste a garota. – Alice ignorou totalmente minha presença.

- Ou pode fazer como eu. No caso, Alice ficou comigo mesmo amando o namorado dela. – Provoquei. Ela me fuzilou com os olhos. – Ela me amou escondido e adorou a aventura.

- Imbecil. – Ela levantou e saiu dali. Comecei a rir e Ed também.

- Não seja como eu. – Falei olhando o garoto. – Faça a garota se sentir a mais especial possível, prove que o que sente não é pouco e que você pode fazê-la feliz. A ame como se fosse o ultimo dia e quando conquista-la não erre. Faça o possível e o impossível para não magoá-la, porque depois as consequências machucam e podem acabar com tudo.

- Pode deixar. Obrigado Justin. – Ed apertou minha mão e colocou a mochila nas costas. – Até mais. – Ele saiu dali. – Estava aqui Ali? – Ouvi. Olhei a porta e vi o reflexo dela. Abaixei a cabeça e suspirei.

[...]

Assistia televisão quando Alice passou pela sala, pegando sua bolsa. Ela estava linda. Com um vestido florido e uma jaqueta jeans. Alice me olhou.

- Tem comida na geladeira e uma lanchonete no fim da rua. Se o carteiro vier confira as cartas, ele sempre entrega alguma errada. Ian irá traze alguns amigos, ele sempre faz isso. Então se não quiser ficar aqui, tem um mapa da cidade na porta da geladeira. Se for sair cuidado com os cachorros da vizinhança, eles são bravos e mantenha a porta e as janelas trancadas, chaves do Ryan estão aqui. Tem números de todos naquele quadro, para alguma emergência. Julieta está hospedada no hotel do começo da rua e logo irá embora, então ligue para ela. – Alice pensou e voltou a me olhar. – É isso. Tenha um bom dia. – Ela se virou.

- Posso te acompanhar? – Perguntei com medo da resposta. Alice me olhou.

- Não, eu estou indo trabalhar. – Ela revirou os olhos.

- Podia apresentar seu futuro marido para seus colegas de trabalho. – Disse me aproximando. Alice me encarou. – Eu só quero sair daqui, ou irei passar o dia no seu quarto.

- Tudo bem – Chantagem sempre funciona.

[...]

Acompanhei Alice até sua sala. No caminho sorri para todos que olhavam. Ela não me apresentou a ninguém.

- Fique sentado aqui. – Ela me empurrou na cadeira e saiu da sala. Levantei e vi uma gaveta aberta. Havia uma carta. Peguei-a e abri.

“Eu estava gostando de você Alice, eu realmente sentia algo. Mas eu sei que seu coração está ocupando amando alguém que não te merece. Eu sei que aquele cara vai sempre ser o seu amor. Mas, eu só queria uma chance de te fazer feliz, eu poderia fazer isso. Eu posso te amar mais que ele Alice.

Com amor,

Andrew.”

Eu não fazia a mínima ideia de quem é Andrew, mas sei que “aquele cara” que ele cita sou eu. E sei que ainda posso ter Alice de volta. E vou ter!

- O QUE ESTÁ FAZENDO? – Olhei a porta assustado. Alice olhou a carta em minhas mãos e pegou-a. – Eu disse para ficar sentado Justin!

- Ele não pode te amar mais que eu! – Disse a olhando. Alice fechou os olhos e suspirou. Ela guardou a carta e trancou a gaveta.

- Eu sabia que não deveria deixar você vir. – Ela revirou os olhos e se sentou em sua cadeira estofada.

- Eu posso ir se quiser. – Virei-me.

- Pode ficar Justin, mas não toque em mais nada. – Ela pediu. – Eu prometi ao Ryan que seria legal com você, eu vou cumprir.

- Só está fazendo isso pelo Ryan?

- Pensou que fosse por você? – Ela perguntou segurando o riso.

- E se eu disser que pensei? – Alice ficou séria. – Obrigado pelo favor, mas não preciso de mais fingimento. – Abri a porta e sai dali. Ouvi Alice me chamar, mas ignorei. Um homem ia entrar na sala, mas parou ao me ver sair.

- Justin? – Ele me olhou.

- Sim, eu te conheço? – Perguntei confuso.

- Sou Andrew, você não me conhece. – Ele apertou minha mão por educação.

- Não mesmo, mas sei que está tentando tirar Alice de mim, e não gostei disso. – Disse o encarando.

- Ela não é sua. – Ele me desafiou.

- É só um aviso Andrew: Fique longe da minha garota. – O empurrei e sai dali. Todos agora me olhavam confusos. Estava ventado muito, o céu estava completamente nublado. Olhei para o prédio e pude ver Alice me observar da janela. Fitei o chão e entrei no primeiro táxi que vi. No caminho, liguei para Julieta, ela disse que estava saindo do hotel. Fui para lá. Paguei o taxista e desci do carro.

- Tio Justin! – Ali pulou em meu colo. Beijei sua testa e a abracei forte.

- Como dormiu querida?

- Bem! Nós vamos embora agora. – Ela disse triste.

- Outro dia voltamos filha. – Josh falou guardando as malas no táxi.

- Você não vai titio? – Ela perguntou confusa.

- Não, não agora. – Apertei suas bochechas e coloquei-a no chão. – Boa viajem princesinha. – Baguncei seu cabelo e ela acenou para mim, logo entrou no táxi.

- Até mais Justin. – Josh me abraçou.

- Até irmão. – Ele também entrou no táxi. Julieta me deu um abraço apertado.

- Não faça criancices Justin. Não vai reconquista-la assim. – Sussurrou.

- Se cuida Julieta. – Beijei sua testa e acenei para eles, que correspondiam de dentro do carro.

Alice POV

O dia foi perturbador. Andrew me contou que Justin o ameaçou e me proibiu de levá-lo lá. Esse não foi o único problema, liguei para Justin o dia todo e ele não atendeu. Ed disse que ele não está em casa e se Ryan souber, ele vai ficar triste. Estava com medo de pedir para Andrew para que eu pudesse sair mais cedo. Então não sabia o que fazer. Chamei minha secretária.

- Pois não. – Ela entrou em minha sala. Levantei a cabeça e fiz sinal para ela sentar.

- Dana eu preciso sair, mas Andrew não pode saber. Então se ele perguntar por mim diga que estou com algum cliente, não sei, invente algo. Por favor?

- Tudo bem Alice. – Ela sorriu. – Vai encontrar seu namorado?

- Quem? – Arregalei os olhos.

- Estão todos comentando sobre o homem que chegou com você. Um deus grego menina! – Ela comentou.

- Não é meu namorado. – Ri.

- Não quer me contar Alice? Tudo bem, finjo que não sei nada. – Ela piscou. Peguei minha bolsa e sai dali sem esclarecer nada. Não perderia meu tempo explicando quem Justin é.

[...]

Dirigi por Londres inteira e não encontrei Justin. Liguei mais milhões de vezes para seu celular e ele finalmente atendeu.

“AH MEU DEUS JUSTIN!” – Suspirei aliviada.

“O que quer? Não estou tocando em nada seu.”

“Onde está?”

“Isso importa?”

“Sim, isso importa. Está escurecendo e eu prometi ao Ryan...”

“Foda-se que você prometeu ao Ryan, eu não me importo da mesma forma que você não se importa comigo.”

“Justin!”

“Alice!” – Ouvi um barulho no carro. Não deveria ter parado aqui. A porta foi aberta e Justin entrou no carro. Coloquei a mão no coração e respirei aliviada.

- Que susto. – Murmurei o olhando.

- Tinha que ver sua expressão. – Justin gargalhava.

- Idiota. – O empurrei e Justin bateu a cabeça na janela.

- Ai. – Ele colocou a mão na cabeça e me encarou.

- Desculpe.

- Desculpo se me der um beijo. – Ele se aproximou. Afastei-me o máximo possível. Justin riu e começou a fazer cócegas em mim. Eu não aguento cócegas, é golpe baixo. Nós dois gargalhávamos e as pessoas que passavam na rua olhavam confusas.

- PARA JUSTIN! – Gritei quase sem ar. – PARA POR FAVOR!

- Tudo bem. – Ele parou e se afastou. Arrumei-me no banco e respirei fundo. Justin ainda ria, o que me fazia rir também. Olhei-o e me hipnotizei com aquele sorriso perfeito. – O que foi? Justin segurou meu rosto.

- Nada. – Tirei sua mão de mim e liguei o carro. Voltamos para casa. A pensão estava cheia de garotos, gritando e jogando pipoca uns nos outros. Eles assistiam à um jogo de futebol. Revirei os olhos ao ver a bagunça. – É sempre assim Justin, apenas igno... – Percebi que estava falando sozinha quando vi Justin se juntando aos garotos. Ri e subi para o meu quarto.

CONTINUA...

Bianca não me mate :s haha é, você me abandonou, deixa, eu vou lembrar disso ://

OBRIGADA PELOS COMENTÁRIOS <3