Imagine Belieber "Gotta be you" - Cap. 47 (final)

ANTES DE COMEÇAR A LER: LEIA O POST DE BAIXO, POR FAVOR!!!

(coloque gotta be you para carrergar)

Quarenta anos mais tarde...

Justin POV

Eu olhava a caixa azulada ser carregada junto com a mudança. Nenhuma caixa contém riquezas maiores que aquela. Levantei da cadeira de balanço com dificuldade. Aliás, a coluna já não é a mesma. Caminhei lentamente até o rapaz de boné vermelho. Ele parecia triste. O parei e peguei a pequena caixa azulada. O menino me encarou. Procurei algum trocado em meu bolso e lhe entreguei. Ele saiu sem dizer nada. Esses jovens de hoje que não se preocupam em ser feliz. Entrei em minha nova casa e vi tudo perfeitamente arrumado. Como Alice gosta. Gina e Gale colocavam os quadros em vários cantos da casa. Eu senti um aperto enorme em meu coração. Segurei-me à porta e eles correram até mim.

- Papai, não deve se esforçar muito. – Gina disse me ajudando a sentar no sofá.

- Ele não ouve Gina. – Gale estava irritado. – Ele só pensa em si próprio. – O garoto saiu dali e fez questão de bater a porta.

- Gale está triste papai, não ligue para ele. – Minha doce filha sorriu fraco. Ela também estava triste, todos estavam.

- Querida, coloque aquele DVD, por favor. – Apontei o que estava em cima da mesa. Gina fez e sentou ao meu lado, me abraçando. O DVD de meu casamento começou a rodar e senti uma lágrima percorrer o meu rosto e morrer em meus lábios.

Flash back on

Eu andava de um lado para o outro. A notícia de que Alice havia sumido estava me atormentando. Eu estava tremendo, com vontade de gritar e ir procurar minha futura esposa.

- Ela está chegando. – Ryan entrou na sala onde eu me arrumava ofegante. – Estava comprando sapatos novos. Você conhece Alice.

- Sapatos? – Revirei os olhos e Ryan riu. – Vamos logo para a igreja.

[...]

A música começou a tocar. Voltei meus olhos à porta principal e fique esperando a minha princesa aparecer. A porta foi aberta. Um clarão do sol invadiu a igreja e de dentro da luz a mais bela mulher surgiu estonteante. Seu avô caminhava acompanhando seus passos, enquanto duas pequenas crianças levavam a calda de seu longo vestido. Alice mantinha o sorriso verdadeiro no rosto e me olhava fixamente. Sorri lhe confortando. Vi seus olhos brilharem algo se aproximar. Peguei sua mão e a levei ao altar. Beijei sua testa e viramos para ouvir o padre. Minhas mãos suavam, eu estava completamente nervoso. Faltava ar para respirar. As pernas estavam fracas e tremiam. Olhei Alice e percebi que ela também estava nervosa. Eu só queria dizer sim e levá-la embora, como minha esposa. O padre perguntou à Alice se ela aceitava casar comigo. Eu juro que senti um medo enorme tomar conta de mim. Meu coração acelerou mais ainda. Alice me olhou e assentiu, depois de dizer “sim”. Suspirei aliviado. O Padre perguntou a mim desta vez. Disse o “sim” com mais confiança de toda a minha vida. Era a resposta mais certa que poderia dar a alguém. Porque eu não tinha dúvidas de que era isso que eu queria.

- Eu vos declaro casados! – Depois de trocarmos as alianças ouvir isso era realmente confortante. – Pode beijar a noiva. – Sorri e segurei as mãos de Alice. Aproximei-me e a beijei. Nosso primeiro beijo como casados.

- Eu te amo, minha rainha. – Sussurrei e Alice me abraçou forte.

- Te amo muito, meu rei. – Ela sussurrou ainda me abraçando.

Flash back off

Gina estava chorando como uma criança. Ela me abraçou e eu afaguei seus longos cabelos negros, idênticos aos da sua mãe. Fechei os olhos e senti que estava abraçando Alice. Senti que tinha minha rainha aqui, que nada nos houvesse separado. Ouvi um choro de crianças e olhei a tela da televisão. Alice segurava a pequena Gina, enquanto ela berrava. U grava tudo, isso deixa Alice um pouco irritada.

Flash back on

Ouvi Alice chorar. Era a primeira vez que a pequena, recém-nascida, chorava em nossa casa. Peguei a câmera e corri para o quarto. Alice me olhou confusa. Comecei a gravar as mulheres da minha vida. Gina chorava sem motivo, enquanto sua mãe tentava fazê-la dormir. 

- Para com isso Justin. – Alice disse irritada.

- Deixe-me gravar esse momento. – Disse mudando a posição para gravar a bebê mais de perto.

- É apenas um choro. – Alice riu enquanto balançava Gina.

- Não. É o choro da primeira filha, que a mulher da minha vida me deu. – Respondi olhando em seus olhos. Alice colocou Gina no berço, ela já havia parado de chorar e agora dormia tranquila. Parei o vídeo e olhei Alice. Ela também me olhava. – Obrigado por esse presente. – Sussurrei e ela me surpreendeu com um abraço forte.

Flash back off

- Vocês foram perfeitos papai. – Gina disse me olhando. Ela se levantou e tirou o DVD. – Olha, aqui tem os primeiros vídeos do Gale. – Gina me mostrou sorrindo. Ela colocou e voltou a se sentar ao meu lado. Começamos a assistir os vídeos do garotinho loiro, que deixou nossa casa mais alegre com sua sapequeis.

Flash back on

Gale nasceu quando Gina estava para completar nove anos. O meu homenzinho seria mais uma alegria para nossa casa.

 Alice preparava o jantar quando ouvimos um estrondo no segundo andar e um choro invadir a casa. Pulei do sofá e subi a escada correndo. Segui o choro e entrei no quarto do Gale. Gina estava caída no chão, com livros em cima do seu corpo. Ela gargalhava, mas o pequeno Gale chorava cada vez mais alto. Caminhei até Gina e tirei os livros de cima dela.

- O que estava fazendo querida? – Montei a prateleira de livros infantis novamente. Pelo menos a prateleira não caiu sobre a garotinha risonha.

- Eu queria ler uma historinha para o Gale. – Ela disse ainda rindo.

- Se machucou meu amor? – Olhei seus braços e pernas e não havia nenhuma ferida.

- Não. – Ela sorriu e me abraçou. Alice entrou no quarto, irritada, e me fuzilou com os olhos. Ela pegou Gale no colo e saiu dali. – Mamãe ficou brava.

- Eu converso com ela, querida. Agora vá tomar um banho e colocar o pijama. – Beijei sua testa e ela saiu dali correndo. Desci a escada depois de organizar os livros. Alice estava dando comida ao Gale quando entrei na cozinha. – Gina está bem.

- Que bom pelo menos alguém está. – Alice disse irônica.

- O que está acontecendo Alice? – Perguntei confuso.

- Sério Justin? Não tem nenhuma ideia do que está acontecendo? – Alice deixou a comida e o Gale e caminhou até o fogão.

- Eu não sei meu amor. – Aproximei-me e Alice se virou rapidamente.

- Não me toque Justin. – Ela me empurrou. Nossas brigas eram constantes, mas sempre sem um motivo real.

- QUAL É ALICE? EU NÃO SEI DO QUE ESTÁ FALANDO, EU NÃO FAÇO A MINIMA IDEIA DO QUE ESTA ACONTECENDO. – Gritei irritado. Alice me olhou. Seu rosto estava molhado por conta das lágrimas.

- Você sempre diz isso Justin, sempre! – Ela disse chorando.

- Meu amor. – toquei seu rosto, mas logo ela se afastou.

- Eu sabia que seria difícil, mas está sendo muito difícil Drew. – Ela enxugou o rosto. – Todos os dias recebo ligações de vadi... De mulheres perguntando sobre você, sobre sua agenda, se pode encontra-las. Eu quero muito que tenha uma carreira musical, mas você tem uma família. Como tem coragem de trair sua família?

- Do que está falando? – Eu ficava cada vez mais confuso.

- Hoje você irá se encontrar com sua amante?

- AH MEU DEUS ALICE! Esta dizendo que... Eu nunca faria isso com você. Como pode pensar isso?

- Você é todo bonito, nunca fala sobre nosso casamento nas entrevistas. – Alice se virou e desligou o fogão.

- Alice, olhe para mim. – Vire-a e segurei sua cintura. – Eu te amo, só você, ninguém mais. Entendeu?

- Desculpa. – Ela pediu e me abraçou.

Flash back off

Foram tantas brigas, mas nos amamos cada dia mais. Até o ultimo dia. Voltei a realidade quando ouvi a campainha.

- Deve ser Peter, ele ficou de buscar o Sam no colégio. – Gina levantou sorridente e abriu a porta. Seu marido entrou com o pequeno Sam. Gina beijou o marido e pegou o filho no colo. – O vovô irá morar conosco filho.

- Vovô. – Sam pulou do colo de Gina e me abraçou. – Mamãe me disse que a vovó foi viajar e que ela está em um lugar melhor que a terra.

- Sim querido. – Beijei sua testa e olhei Peter, que me sorria fraco. A campainha tocou novamente.

- TIO GALE! – Sam correu até Gale e abraçou suas pernas. Gale estava com Liza, sua noiva. Uma boa garota.

- Olá menino. – Gale abraçou Sam e me olhou. – Pai...

- Sam, vamos brincar em seu quarto? – Liza o chamou. – Vocês também. – Ela olhou Gina e Peter. Eles deixaram Gale e eu a sós.

- Pai, me desculpe. – Ele disse arrependido.

- Eu entendo o que está sentindo Gale, mas todos nós estamos assim. Eu amava sua mãe tanto quanto você.

- Eu sinto muito. – Ele me abraçou e começou a chorar. – Eu sinto falta dela.

- Ela está bem, querido. Melhor que nós. – Sussurrei e o abracei mais forte.

[...]

(dê play em gotta be you, é uma boa, para mais emoção!)

Mais tarde, todos foram a um restaurante. Eles insistiram para eu ir, mas não quis. Eu só quero ficar sozinho. Quero falar com Alice. Sei que posso. Basta fechar os olhos. Todas as vezes que faço isso, vejo nós dois no altar. Foi o dia mais feliz da minha vida. Abri os olhos e vi um caderno em cima da cama. Era meu caderno de músicas. Alice sempre me ajudava a compor. Nós fizemos uma música juntos, foi o maior sucesso durante semanas. Eu consegui alcançar meu sonho, mas tudo acaba um dia. Já estou velho. Não consigo nem caminhar mais. Aproveitei demais da vida, pelo menos disso não me arrependo, porque fui feliz, com minha família ao meu lado. Peguei aquele caderno e comecei a escrever, como se Alice estivesse ali lendo.

"Hoje, já não sei o que sinto. Sinto saudade, mas sei que você está melhor ai. Sinto vontade de te abraçar, mas sinto que você me abraça mesmo distante. Sinto meus lábios nos seus, mesmo que não estejam. Eu só queria sentir você de novo Alice. Na verdade, sei muito bem o que sinto. Sinto que ao teu lado fui o homem mais feliz do mundo.

Nossa vida foi agitada desde que nos conhecemos. Foram milhões de conflitos e situações confusas. Conhecemos pessoas incríveis, brigamos e nos amamos. E o melhor disso era estar contigo. Eu nunca amaria alguém assim. Ninguém poderia te amar mais que eu. Ninguém Alice. Você foi minha desde que eu a vi, e eu sempre fui seu. Nossos caminhos foram traçados lá em cima, desde sempre. Nós estivemos juntos porque deveríamos estar. Deus sabe o que faz. O momento de nos separarmos chegou. Mas eu sei que ainda estamos juntos e que logo poderemos nos encontrar novamente. Esse amor é maior que qualquer coisa, ele irá suportar sua partida.

No momento em que a vi sem respirar naquele hospital, eu sabia que esse não era o fim. Não pode ser. Construímos nossas vidas juntos e não pode acabar assim. Não vai. Nossos filhos cresceram sobre nossos olhos, fizemos a educação deles juntos, os encaminhamos para o bem, ensinamos a não cometer erros como os nossos. Eles estão vivendo amores como o nosso. Era isso que planejávamos desde o inicio, não era?

Desde quando você partiu, só penso em nós dois. Só penso em você. No que poderia ter feito diferente. E então eu percebi que se fosse diferente não teria sido tão bom. Nós fomos felizes até o ultimo momento. O que poderia ser diferente? Nada poderia mudar!

Não irei me esquecer de você, de nós. NUNCA! Eu prometo. Prometo lembrar-me do seu sorriso todos os dias e sorrir também. Lembrarei dos teus olhos brilhantes, que sempre me cativaram. Lembrarei de cada detalhe seu. SEMPRE!

Amei-te intensamente e não me arrependo de não procurar amar outra pessoas. Por que você Alice, sempre será minha escolha certa. Por que se não for você, não será mais ninguém. Estas serão minhas ultimas palavras para ti: Tem que ser você."

The end.