"The Mission" - Cap. 36"

Justin POV

Alguns semanas se passaram, Melissa estava noiva do médico, ele havia feito uma surpresa enorme para ela, para a pedir em noivado. Eu pude ver a felicidade transbordar dos olhos dela. Então, desde aquele dia, estou dormindo na minha casa e só vou visitá-las de dia, o que me fazia ficar pensando em quando irá acontecer... Podia simplesmente não acontecer, não agora que Melissa está feliz, não agora que tudo está dando certo.

Levantei do sofá e peguei as chaves do carro, quando estava chegando à porta, a campainha tocou. Abri a porta e Megan sorriu para mim.

- Bom dia, flor do dia. – Ela disse e me deu um selinho. – Para onde estava indo? – Ela perguntou, olhando as chaves em minhas mãos.

- Para a sua casa. – Sorri e dei um passo para frente, deixando a porta bater, atrás de mim. – Para onde nós vamos agora. – Segurei sua cintura e dei alguns passos para frente, e ela para trás.

- Justin, estão reformando meu apartamento. – Ela riu e parou, ao encostar as costas no meu carro.

- Eu só quero sair daqui. – Disse e abaixei a cabeça. – Eu só quero não pensar negativo.

- Melissa? – Ela perguntou, olhando em meus olhos.

- Eu... E-e-eu só não quero ficar pensando nisso. – Desviei o olhar e Megan me abraçou.

- Podemos ir ao cinema... Ou você podia me ensinar a surfar. – Olhei-a, confuso.

- C-c-como? Eu ouvi isso mesmo? – Perguntei rindo.

- Deve ser divertido. – Ela sorria.

- A garota “Eu odeio areia, odeio mar, odeio praia” quer surfar? Então vou ensiná-la a surfar. – Puxei-a, peguei minha prancha no quintal e fomos até a praia.

- Eu vou me machucar?

- Provavelmente.

- Eu vou me afogar?

- Talvez. – Disse, fingindo estar indiferente.

- Eu acho que não quero mais aprender. – Ela virou-se e eu segurei sua mão.

- Meggy, se você se machucar, eu irei cuidar de você até não doer mais. – Olhei nos olhos dela. – Antes que vocês possa se afogar, eu estarei ao seu lado, te ajudando. Não fique com medo, meu amor.

- T-t-tem certeza?

- Você confia em mim? – Perguntei e ela ficou olhando em meus olhos.

- Até de olhos fechados. – Megan sorriu e eu a abracei forte.

[...]

 Meggy caiu algumas vezes – ok, muitas – da prancha, ela não conseguia se equilibrar. Então eu comecei a acompanhá-la, segurando sua mão, até conseguir se equilibrar. Passamos muito tempo ali, mas estava tão divertido, que nem percebemos as horas passarem. Quando voltamos para casa, vi meu celular acesso, em cima do sofá.

- Eu estou morta! Nunca passei tanto tempo na praia. – Meggy comentava, rindo. Peguei o celular e notei que havia trinta e quatro chamadas perdidas e dez mensagens novas, senti meu coração acelerar e olhei para Megan. – O que aconteceu? – Ela perguntou, confusa.

- E-e-eu não sei. – Abri as mensagens.

“Justin, é urgente, retorne para esse número!”

“Por favor Justin, é urgente”

“Justin, é o Michael... Eu preciso falar com você, urgentemente.”

“Cara, eu estou ficando desesperado... A Lottie está chorando e eu não sei o que fazer, eu preciso que você venha para o hospital”.

Parei de ler, meus olhos estavam cheios de lágrimas, Megan estava ao meu lado, me olhando, aflita. Liguei para o número das chamadas perdidas e fechei os olhos.

“ALÔ?” – Era o Michael. – “JUSTIN?” – Eu sentia o desespero em sua voz.

“S-s-sou eu.” – As lágrimas tomaram conta do meu rosto, Meggy segurou minha mão.

“Você precisa vir para o hospital, agora!”

“E-e-la... E-ela...” – Eu não conseguia falar.

“Não... Ainda.” – Ele soluçava. – “Pelo amor de Deus, venha logo... Eu não sei o que fazer, o que dizer à Lottie...”

“Eu chego em cinco minutos” – Desliguei e olhei para Megan, ela me entregou as chaves do carro e nós corremos.

[...]

Melissa estava desacordada, em uma sala de emergência, havia fios por todo seu corpo e ela só respirava por causa do aparelho. Estava pálida, quase tão branca quanto a manta que cobria seu corpo fraco e magro. Segurei sua mão esquerda, estava muito gelada e eu podia sentir que Melissa já estaria morta, se não fosse esse aparelho. Abaixei a cabeça, perto de seu coração, e não consegui ouvir nada, estava batendo com muito esforço.

- Não Mel, por favor, não agora. – Disse, chorando. Ela continuava imóvel e por mais que eu soubesse que, provavelmente, não veria seus olhos, outra vez, não conseguia aceitar. Eu sabia que aquela sensação ruim, quando acordei, significava algo, eu podia ter passado o dia com ela.

- Com licença. – Olhei para a porta, tentando encontrar a voz que atrapalhou meus sentimentos de culpa. Michael estava com os olhos inchados e vermelhos. – E-e-eu preciso examiná-la. – Notei que havia uma enfermeira atrás dele.

- Sr. Bieber, isso não levará muito tempo, só precisar fazer algumas anotações, para tentarmos estudar o estado dela. – A enfermeira disse, sabendo que o estado de Michael, não era dos melhores para um médico.

- T-t-tudo bem. – Enxuguei meu rosto e olhei para Melissa, de novo, quando estava saindo da sala, Michael me parou.

- Eu farei o possível para que ela acorde... Nem que seja só... S-s-só para se despedir. – Ele disse com tanta dificuldade, tudo isso é doloroso demais.

- Obrigado... Obrigado por ter feito Melissa feliz. – Disse, olhando seus olhos e ele abaixou a cabeça, chorando mais ainda. Sai dali, olhando para o chão, era como se tudo estivesse rodando, eu estava tonto. Senti braços me envolverem e me colocaram sentado em uma cadeira.

- Papai. – Ouvi a voz de Lottie, mas não conseguia levantar a cabeça, estava doendo muito. – Papai... – Ela chorava, tentei olha-la e foi como se estivesse olhando para Melissa. Ela me abraçou e chorou mais ainda.

- Justin, você está bem? – Agora, ouvia a voz da Meggy, procurei por ela e só vi vultos, assenti e abracei Charlotte.

- Filha, vamos tomar alguma coisa lá fora. – Segurei sua mão e fechei os olhos algumas vezes, tentando melhorar minha visão. Vi Scooter, Tyler, Max, Megan e o irmão de Melissa, com cara de ressaca. Babaca.

- J-J-Justin? – Olhei-a, seus olhos brilhavam por causa das lágrimas.

- Você vem conosco? – Perguntei, lhe estendendo a mão e ela segurou-a. – Se acontecer alguma coisa, estaremos no café, do outro lado da rua. – Disse e Scooter assentiu.

- Mamãe já foi para o céu? – Lottie perguntou confusa, olhei-a e voltei a chorar.

continua...

Que bom que estão gostando <3

bia4ever aaawn sério? fofo mesmo :3

Thaina. seja bem vinda 

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