Amy POV
Justin carregava
nossas mochilas. Nós caminhavamos no meio daquelas arvores, para chegar à
estrada. Meu pé doia, mas eu conseguia andar, devagar. Justin me olhava o tempo
todo. Ele quis me levar no colo, mas não sou uma pena e nós vamos andar muito
até achar outro lugar para ficar. Passavámos na frente do hotel que haviamos
passado a noite. Justin parou. O olhei.
-O carro! – Ele
correu até a garagem. Fui caminhando.
- O carro é seu
senhor? – Um garoto, devia ter a minha idade, perguntou.
- Sim. Na verdade
eu aluguei. – Justin disse sorrindo.
- Seus pais estão
loucos procurando vocês! – Ele olhou para os lados e nos mostrou a chave do
carro. – O garoto que foi embora com eles me pediu para devolver a chave.
- Obrigado. –
Justin pegou-a. Ele abriu o carro, mas voltou a olhar o menino. – Você não vai
contar que nos viu?
- Vi quem? Eu não
vi ninguém. – Ele brincou. Justin sorriu e estendeu a mão para ele. Fui
entrando no carro, sem dizer nada. Eu precisava descansar.
- Agora tudo fica
mais fácil meu amor. – Justin entrou no carro e me olhou feliz. Sorri fraco e
virei o rosto. Agora meu pé doia demais. Estava insuportavel, mas eu precisava
continuar fingindo. Justin vai querer me levar para casa se eu disser. Soltei
um suspirou e uma lágrima escorreu pelo meu rosto. Fechei os olhos e encostei a
cabeça no banco. Justin parou em um posto para abastecer. Fiquei olhando pela
janela. Justin voltou para o carro e deu partida. – Amy... – Olhei-o. – Está
tudo bem? Você não falou nada desde que saimos do lago...
- Eu estou bem. –
Engoli o choro. Voltei a olhar a janela.
[...]
Justin estacionou
em um hotel. Não sei onde estamos, mas é longe. Longe de qualquer pessoa que
queira nos separar. Descemos do carro com as mochilas. Justin segurou minha mão
e sorriu. Seu sorriso é tão lindo. Sorri de volta e nós entramos no hotel.
Justin pediu um quarto. A mulher da recepção ficou o olhando. Talvez o boné e o
óculos não funcionem mais como um disfarce. Entramos no elevador. Justin me
abraçou e olhou em meus olhos. Parecia que ele tentava conseguir alguma
resposta.
-Você quer voltar
para casa? – Ele perguntou.
- Não! Eu quero
ficar aqui. Com você. – Segurei seu rosto. – Não irei desistir de te amar. –
Justin ia falar alguma coisa, mas a porta do elevador abriu. Um casal e uma
senhora entraram no elevador.
- Andar errado. –
A mulher comentou. Nós sorrimos para ela.
- Vocês são
casados? – A senhora perguntou.
- Não. – Falei
sorrindo.
- Ainda não. –
Justin corrigiu.
- Awn, vocês são
lindos. Nós vimos como se olhavam antes de entrarmos. Afinal, desculpe se
atrapalhamos. – Ela colocou a mão em meu ombro.
- Imagina. –
Respondi simpática.
- Estão
passeando?
- Não. – Justin a
olhou e se aproximou. – Estamos fugindo. – Ele sussurrou.
- Sério? Por quê?
– Ela arregalou os olhos.
- Por não nos
aceitam juntos.
- São uns tolos!
– Ela disse rapidamente. – São tão jovens e só querem viver o amor.
- É exatamente
isso. – Justin segurou as mãos da senhora.
- Faça-a muito
feliz. Seja sempre um cavalheiro. E o amor de vocês durará para sempre. – Ela
disse ao Justin. Ele me olhou.
- Eu sempre a
amarei. – Ele sorria. A porta do elevador abriu novamente. Todos nós saímos.
- Até mais
queridos. – A senhora acenou. Justin segurou minha mão e nós fomos até o
quarto. Encarei a cama e joguei-me. Ah, preciso esticar as pernas e esperar a
dor passar. Justin deitou ao meu lado.
- Está bem?
- Sim. Só um
pouco cansada. – Olhei-o. Justin estava desconfiado. Eu não quero que ele se
preocupe.
- Mas e o pé? –
Ele olhava em meus olhos.
- Vai melhorar.
- Amy, por favor,
me diz o que está escondendo. – Ele sentou e me encarou.
- Não estou
escondendo nada meu amor. – Sentei, com cuidado. Segurava para não gritar de
dor. Não é possivel que um tombinho daquele tenha machucado tanto meu pé. Se só
torceu, não era pra doer tanto. Meus olhos se encheram de lágrimas.
- Amy. – Justin
segurou meu rosto. – Por favor.
- É meu pé
Justin! Ele dói demais, e agora meu corpo todo dói. E minha cabeça, parece que
vai explodir. – Fechei os olhos e as lágrimas cairam.
- Vamos para o
hospital. – Ele levantou. Agora eu não poderia dizer não.
[...]
-Não devia ter
pago o hotel. Não ficamos nem cinco minutos. – Comentei. Justin me olhou e
assentiu. Ele estava bravo comigo. Abaixei a cabeça. Nós estavámos na sala de
espera, esperando a resposta do médico. Eles haviam enrolado um pano em meu pé.
– Me desculpe. – Sussurrou. – Desculpa ta legal? Desculpa se eu quis te deixar
despreocupado.
- Eu quero me
preocupar Amy. Eu quero saber como se sente, eu preciso saber. – Ele disse com
a voz alterada.
- Mas eu não
tenho que te dizer tudo.
- Se você
confiasse em mim, você diria até o que escreve em seus diários. – Ele estava
muito nervoso.
- Não! São coisas
minhas, é a minha vida. – respondi no mesmo tom.
- E eu pensei que
estivesse na sua vida. Que fizesse parte disso. – Ele me olhou decepcionado.
- Você está. Mas
eu não vou fazer de você meu diário ambulante só porque namoramos.
- Eu só estava me
importando, eu realmente me importo. Se isso te incomoda, então... – Ele parou
de falar.
- Então o que?
Continua. – O desafiei.
- Não deviamos
estar aqui, fugindo para viver algo que sentimos. – Ele continuou.
- Não deviamos? –
Perguntei segurando o choro. Justin abaixou a cabeça. Deixei-o. O médico
apareceu e me entregou os exames. Engessaram meu pé. Eles tinham muletas à
venda, mas eu não tinha dinheiro. Não iria pedir ao Justin. Fiquei pensando no
que fazer.
- Seu namorado
comprou para você. – O enfermeiro me entregou. Fiquei o encarando. Peguei as
muletas e sai dali. Passei por Justin. Passei direto.
- Amy. – Ele me
chamou. Entrei no elevador. – O que foi?
- Eu vou pagar
isso depois. – Respondi sem olhá-lo.
- Não vai olhar
para mim? – Ele sussurrou. Esperei a porta do elevador abrir e sai. Continuei
andando. Tentei encontrar algum taxi. – Amy, por favor. – Fui caminhando.
Atravessei a rua e um carro parou na minha frente. A porta do carona abriu e eu
vi uma arma apontada para mim. Arregalei os olhos. O homem disse alguma coisa
em italiano, eu não entendi.
- AMY! – Justin
gritou do outro lado da rua. Ele não devia estar vendo a arma. Meus olhos se
encheram de lágrimas. Olhei Justin. Por que não olhei para ele? Por que não
fiquei do lado dele? Nós podiamos conversar e resolver o desentendimento.
Burra. O cara gritou e apontou o banco. Olhei Justin, de novo. Ele estava com
ódio nos olhos. Me ajude, pensei. E
eu realmente queria que ele pudesse ouvir meus pensamentos. Entrei no carro e
desabei em lágrimas. Não olhei para o homem, aquela arma estava me asustando.
Ele começou a sussurrar em meu ouvido. Eu estava tremendo.
- Eu não falo
italiano. – Disse com medo. Ele se afastou e ficou me olhando.
- Então é
inglesa? – É, eu devia desconfiar que ele me entendeu. – ME RESPONDE.
- Americana. –
Respondi. Olhei para o lado. Mas não era o homem que eu queria ver. Vi Justin
atravessando a rua. Ele abriu a porta do carro. E o bandido se assustou.
- VAI FUGIR COM
UM ESTRANHO? – Justin gritou, nervoso. Ele viu a arma e foi se afastando. O
cara desceu do carro e apontou a arma para ele.
- NÃO. – Gritei.
Ouvi o barulho do tiro e vi Justin caído no chão. Tentei sair do carro, mas
quando dei por mim, ele estava em movimento. Fugindo dali. – Por favor, me
deixe ir. – Disse entre soluços. Ele matou o Justin.
- Cala a boa. –
Ele estava nervoso, suas mãos tremiam.
[...]
Fui jogada em um
colchão. Era um quarto, estava quase vazio. O homem me amarrou e me empurrou.
Tentava parar de chorar, mas não conseguia. Procurei minhas amuletas, e as vi jogadas
no canto do quarto.
-Você vai ficar
quietinha ai. – Ele disse e depois me trancou ali. Fiquei parada, chorando. Ele
atirou no Justin. E tudo porque fui uma idiota. Tudo bem que o que ele disse me
magoou, mas não precisava daquele cena toda que fiz.
Justin POV
O tiro passou
raspando em meu braço esquerdo. Mas eu me joguei no chão para ele não atirar de
novo. Não pude fazer nada além de vê-lo levar minha vida. Minha Amy. Levantei
quando vi que eles estavam longe, mas já era tarde. E eu estava no centro de
uma roda de pessoas. Elas me perguntavam coisas em italiano. Vi uma garota, ela
me olhava confusa. Quando levantei a manga da blusa, ela arregalou os olhos.
Minha tatuagem. Caminhei até ela e a tirei daquela roda.
-Você fala
inglês? – Peguntei e ela assentiu, ainda em choque. – Pode dizer que eu estou
bem e que você vai me ajudar? – Ela assentiu de novo e fez o que eu pedi.
Comecei a caminhar e a garota me acompanhou. Parei quando estávamos longe
daquela multidão.
- Qual o seu
nome? – Perguntei.
- Anabele. –
Sorri fraco. – J-J-Justin seu braço ta sangrando.
- Mas a bala só
raspou. Eu tenho algo mais sério para me preocupar agora. Você deve ter visto
alguma coisa sobre a Amelia Shaw.
- Sim. Vocês
estão...
- Sim, mas não é
que eu queira esconder das pessoas. Mas sim do pai dela. – Disse. – O cara que
atirou em mim, ele a levou naquele carro. Eu... – Uma lágrima caiu em meu
rosto. Virei de costas e cobri o rosto com as mãos. Senti a mão da garota em
meu ombro.
- Vamos achá-la.
– Ela disse gentil. Olhei-a. – Meu pai é delegado. E eu desconfio quem era o
cara no carro.
- Sério? – Ela
assentiu e eu a abracei.
- Vamos falar com
o meu pai. – Ela me puxou.
[...]
Estava na
delegacia. Anabele estava conversando com o pai dela. Eles me fizeram ligar
para os pais da Amy. Fiquei encarando a entrada. Eu sentia um vazio em meu
peito. Era como se eu tivesse perdido alguém. E se perdi?
-SEU DESGRAÇADO!
– Sr. Shaw entrou na delegacia, gritando. Levantei e vi Joanne em prantos. Ele
ia me atacar, mas três policiais o seguraram. – ESSE DESGRAÇADO SEQUESTROU
MINHA FILHA. – Ele gritou. Fiquei ouvindo, calado. Vi Fred entrar com seus
pais, logo em seguida. Ele me olhou triste.
- É sangue em sua
camisa? – Joanne perguntou.
- Sim. O homem
estava armado... – Abaixei a cabeça. Sr. Shaw começou a gritar coisas em
italiano.
- Justin. –
Anabele parou em minha frente. – Você pode vir comigo? – Ele olhava os pais da
Amy, confusa. – Vocês podem me acompanhar também?
[...]
Sr. Shaw ficava
gritando na sala do delegado. Eles decidiram ir até o endereço que Anabele
desconfiava. Fomos apenas eu e o Sr. Shaw. Ele protestou, mas eu não ficaria
ali, de jeito nenhum.
Chegamos na casa.
Ela era de cimento, sem tinta nenhuma para cobrir. As janelas estavam caindo, a
porta estava perfurada.
-Vocês ficam
aqui. – O delegado me parou, quando eu caminhava até a porta. Olhei o Sr. Shaw,
que me fuzilava com os olhos. Eles esperou os policiais se afastarem e me
ameaçou. Ele segurou a gola da minha blusa.
- Se acontecer
alguma coisa com a minha filha, eu te mato! – Ele me empurrou e saiu andando
até um policial que estava vigiando a viatura. O delegado já havia tocado a
campainha várias vezes. Ele olhou os policiais e assentiu. Eles ficaram em
silencio e posicionaram as armas. Ouvi um grito. Um grito de socorro. Segui o
som. O delegado me encarou. Encostei a cabeça na janela.
- SOCORRO – Era
ela. Meu coração disparou.
- CALA A BOCA. –
Alguém gritou com ela. Afastei-me. Caminhei até o delegado.
- Amy está aqui!
É a voz dela! – Disse desesperado. – Mas tem alguém a ameaçando.
- Vamos. – O
delegado disse e eles arrombaram a porta.
Foi tudo muito
rápido. Eles gritavam. Sr. Shaw estava desesperado, assim como eu. Ouvi a voz
da Amy. Atravessei aquela porta e corri, sem rumo. Só queria encontrar minha
princesa. Vi um policial ajudando Amy a andar. Abracei-a.
-Meu amor. –
Segurei seu rosto. Amy chorava. – Me desculpe. Me desculpe por dizer aquilo,
por ter te deixado ir. Me desculpe.
- Ele atirou em
você. – Ela me analisou.
- Não acertou. –
Disse quando ela encontrou o sangue em minha roupa.
- O que ele fez
com você? – Perguntei olhando em seus olhos, assustados.
- FILHA – Sr.
Shaw a abraçou. Nós fomos saindo da casa, como o policial ordenou. Deixei Amy
ficar com o pai dela. Mas eu não tirei os olhos dela. Uma culpa me consumia. O
delegado foi falar com o pai da Amy e ela veio até mim.
- Meu anjo. –
Abri os braços e ela me abraçou.
- Me desculpe por
ter ficado brava. – Ela olhou em meus olhos. Roubei um beijo dela.
- Não fique longe
de mim. Nunca, por favor. – Acariciava seu rosto. Olhei em volta e o pai dela,
nos encarava. Amy se fastou um pouco. Nos olhamos e sorrimos um para o
outro.
CONTINUA...
Marcella Meneses Essa é uma das poucas edições, atuais, de malhação que presta! Verdade! e fica mais emocionate a cada capitulo né haha
1 Qual é a sua parte preferida do corpo do Justin?
Vish, dificil escolher. Mas eu acho que os olhos, os olhos dele me encantam *-*2 É Belieber à quanto tempo?
desde 2009
@GiveMeYourLove Obrigada! HEY MENINAS, Leaim essa ib >>> http://princessofbiebs.blogspot.com.br/
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