segunda-feira, 3 de junho de 2013

"The Mission" - Cap. 23




Megan POV
 
Esperei a poeira abaixar, meu pai ficar menos irritado e voltei ao Hospital, no dia seguinte. Eu subia o elevador, quando senti um vazio no peito, odeio essa sensação, é como se algo ruim estivesse acontecendo. A porta abriu e vozes de várias pessoas tomaram conta, pessoas que conversavam aflitas sobre algum paciente. Aproximei-me da recepção e disse o nome do Justin, ela me olhou.
- Esse paciente foi transferido hoje de manhã. – Ela disse e continuou encarando a tela do computador.
- Transferido? Como assim transferido? Ele piorou?
- Não, o paciente saiu daqui consciente.
- Ele acordou?
- É o que está escrito aqui. – Ela sorriu para mim.
- E qual o hospital?
- Não posso informar isso.
- Mas ele é meu namorado.
- Eu sinto muito, está escrito que não é permitido dar essa informação para ninguém.
- Mas... Mas...
- Eu sinto muito, agora preciso atender as outras pessoas. – Tinha uma pequena fila atrás de mim. Sai dali e voltei para dentro do elevador. Disquei o número do Scooter e caiu na caixa de mensagem.
- Scooter, quando ouvir essa mensagem, ligue para mim. Por favor, eu soube que Justin melhorou, mas não quiseram me informar o nome do hospital. Por favor, me ligue. – Deixe a mensagem. Voltei para casa e fiquei com o celular na mão, o dia inteiro, mas ele não ligou.
[...]
Eu estava no meu quarto, tentando ligar o Scooter, pela milésima vez, quando recebi uma mensagem
- “Meg, eu sinto muito por isso, só não me odeie. Justin acordou ontem, um pouco depois que você foi embora, ele está bem... Eu o trouxe para outro hospital, para terminar o tratamento, mas logo terá alta. E bom, eu não irei dizer onde estamos.” – Parei de ler e senti meu sangue ferver, eu já estava com ódio. – “Eu sei que vocês não tem nada a ver com minha história e dos seus pais, mas Justin está sobre minha responsabilidade, então ele terá que viver comigo, e isso será o mais longe possível da sua família. Enfim, espero que você entenda. Eu sinto muito.” – Li aquilo, com os olhos cheios de lágrimas. FILHO DA... Scooter está maluco? O que ele pensa que está fazendo? Mandei-lhe uma mensagem: “Se você não me atender, eu irei atrás de vocês em cada lugar no mundo. E sim, isso é uma ameaça”. Mandei a mensagem e liguei para ele.
“Meg, por favor...”
“CALE A BOCA, SCOOTER” – O interrompi. – “Você não tem o direito de tirar Justin de mim só porque minha mãe não corresponde o seu amor.” – Eu não devia, mas disse, e não me arrependo. Ele ficou mudo. – “Deixe-me falar com o Justin.”
“Megan, ele não quer.”
“Scooter, eu não passei tudo isso para você afastar Justin de mim, por caprichos seus.”
“Meggy...” – A voz do Justin fez meu coração dar um pulo.
“Meu amor, você está bem... Eu sinto tanto a sua falta, volte para cá, me diga onde vocês estão...”
“Meggy, eu não irei voltar, não irei dizer onde estamos, você precisa esquecer...”
“Não é possível... Vocês estão brincando comigo, não estão?” – Ele continuou mudo, senti meus olhos lacrimejarem, novamente. – “Justin, não tem graça.”
“Não torne isso mais doloroso, por favor...” – Ele estava falando sério.
“J-J-Justin, nós... Você disse que me amava... Nós fizemos planos.”
“Esqueça tudo” – Ele disse com tanta frieza que senti meu coração se partindo.
“Eu queria estar aí agora, para poder te dar um tapa na cara...” – Enchi meu peito de ódio e senti meu sangue ferver. –“Um vai se fod*r bem grande para você e o Scott.”
“Meggy...”
“Sabe o que é pior? Você me dizer tudo isso por telefone”
“Eu não queria que fosse assim...”
“EU TE ODEIO JUSTIN BIEBER, TE ODEIO COM TODAS AS MINHAS FORÇAS.” – Eu já estava em prantos, encerrei a ligação e joguei o celular contra a parede.
- MEGAN? O QUE ESTÁ ACONTECENDO AI? – Mamãe gritou do primeiro andar.
- NADA! – Tentei não demonstrar que estava chorando. Deitei em minha cama, encolhida e desabei em lágrimas.

Justin POV
Meu coração se partia há cada palavra que eu dizia a ela, eu encarava a arma em minha cabeça e continuava fingindo. Eu não sei como Nick conseguiu escapar, mas quando eu estava saindo do hospital, ele estava com essa arma em mãos e nos obrigou a entrar em um carro, onde Tyler estava com as mãos amarradas e uma fita na boca e Max estava sangrando, desacordado. Encarei Tyler e vi o desespero em seus olhos. Nick nos jogou em um quarto, no mesmo lugar em que mantinha Helena e James, presos.
- O que aconteceu? – Perguntei quando Nick virou de costas, Tyler abaixou a cabeça.
- Foi minha culpa, eu dormi e ele conseguiu se soltar. – Ele sussurrou. – Me desculpe.
- Você não tem culpa Tyler. – Olhei para Scooter, sem saber o que fazer. Max estava desacordado ainda.
- Eu vou sequestrar Megan e ela será minha, novamente.
- Se encostar um dedo nela, eu te mato. – Disse, o fuzilando com os olhos.
- Eu ainda sou o cara com a arma, Justin, cuidado com as palavras. – Ele tinha olhar de psicopata, guardei todo o meu ódio.
- Ela é bem gostosinha, não é? – Ele olhava a tela do celular. – Eu tive a chance de ter esse corpinho, mas não podia manchar meu papel de bom moço.
- Desgraçado. – Sussurrei e ele riu.
- Bom, preciso ir atrás da donzela, se comportem. – Ele assobiou, fazendo um capanga aparecer, como mágica. – Se eles escaparem, eu o mato. – Ele disse ao cara. Não irei deixar esse desgraçado tocar na Meggy, não irei.
[...]
O capanga estava encarando o chão, quando eu consegui soltar a corda que amarrava meus pulsos, olhei para Tyler e ele percebeu o que eu havia feito.
- Vire de costas para mim. – Disse e percebi que o capanga, nos encarava.
- Em silêncio, os dois. – Ele disse, tentando colocar medo. Tyler e eu nos viramos, ficando de costas um para o outro. – O que estão fazendo? – O cara se aproximou.
- Minhas costas estão doendo. – Disse e segurei a corda nas mãos.
- Quietos. – Ele chutou minha perna, com desprezo.
- Filho da... – Não terminei a frase. Tentei desamarrar Tyler e com muito esforço, consegui, mas continuamos fingindo, até que ouvimos um estrondo, no lado de fora do galpão. O capanga correu até lá, ajoelhei-me e desamarrei Scooter, Tyler correu até Max e tentou acordá-lo.
- O QUE ESTÃO FAZENDO? – O capanga chegou e apontou a arma. Scooter estava atrás da porta e  fechou-a na cara do homem, depois abriu e começou a socá-lo, mas ele ainda tinha a arma apontada para o Scooter.
- SCOOTER NÃO!  - Gritei e ouvi o barulho de um tiro. Scooter foi caindo para trás. – NÃO, não, não.
- Acertou nele. – Scooter disse, ofegante, o capanga agonizava de tanta dor.
- Calma cara, nós vamos te ajudar. – Disse, tentando tampar o lugar que sangrava, rasguei um pedaço da minha calça e coloquei em cima do sangue.
- Eu não queria ser um criminoso, mas eu preciso de dinheiro...
- Esse não era o único caminho cara. – Disse, com pena.
- Nick vai chegar. – Scooter disse, ajudando Tyler a carregar o Max.
- Vocês vão me deixar aqui? – O capanga perguntou com os olhos cheios de lágrimas. – Eu tenho duas filhas, eu tenho família.
- Tente levantar. – Ajudei-o. – Vamos caminhando. Fomos os cinco, tentando fugir. Saímos do galpão e seguimos pela mata.
- Eu não aguento mais. – O cara parou, eu estava quase o levando no colo, não aguentava mais também.
- Vamos lá, você consegue. – Tentei dar apoio moral, mas também estava cansado. – Você tem celular?
- Aqui no bolso. – Ele mostrou, peguei-o e fiquei indeciso se ligava ou não para a polícia. – Não faça isso, Nick é muito perigoso, ele vai matar aquela menina.
- Eu preciso ir atrás dela. – Scooter me olhava.
- Vá Justin, eu o levo. – Scooter deixou Tyler ajudando de Max.
- Moleque, pegue o atalho nas fazendas da redondeza... Chegará à cidade mais rápido. – Assenti e sai correndo, eu passei por três fazendo, os cachorros latim para mim, as galinhas corriam assustadas, mas eu continuava correndo, estava morrendo de cansaço quando vi a cidade, corri mais rápido, preciso chegar à casa da Meggy. Quando vi o mar, meu coração acelerou, corri por mais 5km e avistei sua casa, corri, agora mais devagar e toquei a campainha, toquei três vezes e ouvi Helena gritando “Espere”.
- Justin? – Helena me olhou confusa.
- V-v-você não estava no hospital? Isso é sangue? – Ela olhou minha roupa.
- Meggy está aqui? – Perguntei e Helena balançou a cabeça.
- Ela disse que iria a um luau praia. – Ela estava confusa.
- Há quanto tempo ela saiu?
- Cinco minutos, no máximo... Justin, o que está acontecendo?
- Nick nos sequestrou na saída do hospital... Vocês podem ir atrás do Scooter?
- Como assim? Onde eles estão?
- Nós fugimos, Max está muito mau e tem um cara baleado, eles estavam fugindo e eu vim atrás de Meggy, Nick disse que a pegaria.
- Ai meu Deus, de novo não. – James apareceu ali, confuso.
- Por favor, ajudem Scooter e Max, eles estava em uma estradinha, perto do galpão em que Nick manteve vocês presos. Vou encontrar Meggy. – Sai correndo, de novo. Dessa vez, corria com menos velocidade, por conta do cansaço. Quando cheguei à praia, olhei para cada pessoa que estava ali, mas não encontrava Megan.
- MEGAN! – Gritei e várias pessoas me olharam. – MEGGY? – Gritei, de novo e avistei alguns conhecidos. – Você a viram?
- Ela passou por aqui, há alguns minutos, estava chorando. – Um deles disse. – Foi por ali. – Ele apontou.
- Obrigado. – Continuei correndo. – MEGGY! – Continuava gritando, as pessoas me olhavam assustadas, por causa do sangue em minha roupa e minhas mãos. Vi uma garota, bem parecida com ela, estava de costas. – MEGGY! – Ela virou-se e não era. Parei, desiludido. Eu não tinha mais forças para correr, estava um pouco tonto, minha visão se embaralhava, às vezes.
- Justin? – Ouvi sua doce voz e a olhei. Ela usava um boné de um time de basquete, escondendo os olhos.
- Meggy, meu amor. – Aproximei-me e ela deu um tapa tão forte em meu rosto, que estralou. Vi as lágrimas transbordarem em seus olhos. Tentei me aproximar, de novo.
- N-n-não encoste em mim. – Ela ia se afastando aos poucos.
- Meggy, eu não queria ter dito aquelas coisas, Nic...
- Eu não quero ouvir mais nada, me deixe esquecer Justin. – Ela enxugou o rosto. – Fique longe de mim.
- Não, meu amor, me escute... – Ela virou-se e saiu correndo. – MEGAN!
- Se continuar me seguindo, irei gritar que estou sendo perseguida. – Ela me ameaçou, eu vi a tristeza em seus olhos.
- Eu te deixo em paz, mas tem que me deixar acompanhá-la até sua casa. – Disse, olhando fixamente para os seus olhos. – Ela continuou andando, eu a seguia, dando alguns centímetros de distância.  Meggy pegou as chaves de casa, o bolso da calça e abriu a porta, antes de entrar, ela me olhou, com desprezo, então fechou a porta. Sorri sozinho. Eu sei que ela está brava comigo, e eu entendo, mas me senti melhor vendo que está segura.
Continua...

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5 comentários:

  1. Perfeito, vc escreve mt bem, tá lindo :))) Gabi

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  2. Omgg ta cada vez melhor, contínua amore

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  3. Cara,pensei que eles não iam escapar,pq sla .-. sjdksjdksjdk,perfeito,continua

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  4. nossaaaaaaaaaaaaa adorei, sou leitora nova, vai me ver muito ainda aqui rsrs (: achei muito legal continua :)

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  5. perfeitoooooooooooooo!!!!! continua logo! vc escreve bem demais!!!

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