Sai de casa e vi Justin sentado
na calçada, ele me olhou, sorriu e levantou. Aproximei-me sorrindo e nós nos
beijamos. Justin não estava sorrindo sinceramente, ele estava preocupado,
talvez com medo.
- Está tudo bem? – Perguntei
depois que nos afastamos.
- Eu só quero que tudo fique bem
logo, para eu poder ficar com você sem medo. – Justin abaixou a cabeça e
segurou minha mão.
- Eu queria poder te ajudar como
você fez comigo. – Estava desapontada comigo mesma.
- Chega desse clima, chega, vamos
falar sobre o nosso jantar de hoje. – Justin me puxou e nós caminhamos na
direção da escola.
- Jantar? – Perguntei confusa.
- Você aceitar jantar comigo? –
Ele perguntou me olhando.
- Sim Justin, mas...
- Sem perguntar, eu te pego às
oito. – Ele sorriu e olhou para frente, conversamos sobre coisas aleatórias até
chegar na escola e ver o desgraçado do Bill rodeado de garotas, Justin apertou
minha mão sem perceber.
- Olhe para mim, Justin. – Parei
de frente para ele e senti minha mão solta. – Você não vai mais conversar com
ele, você não vai mais nem chegar perto dele.
- Essas garotas podem estar em
perigo.
- Você está em perigo! E ele não
vai fazer nada com elas na frente de todo mundo, isso é só para te irritar.
- Ok, vamos entrar. – Justin
entrelaçou nossos dedos e voltamos a caminhar, Bill nos olhou e acenou, Justin
o fuzilou com os olhos e continuou andando.
- Justin, Justin, Justin! – A
garota que faz o jornal da escola parou o Justin. – Podemos fazer uma entrevista
com você?
- Agora?
- Não, depois do primeiro
horário. – Ela disse arrumando o óculos que caía o tempo todo em seu rosto.
- Claro. – Justin sorriu e a
garota ficou animada.
- Muito obrigada, te vejo depois.
– Virei e vi alguns anúncios colados na parede.
- Justin, estão precisando de
alguém para trabalhar na sorveteria. – Peguei meu celular para anotar o número
que estava ali.
- Você quer trabalhar? Por quê?
- Porque eu preciso ajudar em
casa e tenho que te pagar o carro. – Disse sabendo que ele ficaria irritado.
- Você não vai me pagar nada...
- Justin, eu vou pagar! – Segurei
o rosto dele. – E não se discute mais isso. – Lhe dei um selinho e me afastei.
– Vou procurar o Brandon, até daqui a pouco.
- Espera Lizzie. – Justin correu
e parou de frente para mim. – Se encontrar o Brandon, diga para ele me
procurar? – Justin estava tenso.
- Tudo bem. – Sorri e fiquei o
olhando. – Boa aula. – Justin segurou meu queixo e me deu um beijo calmo,
abracei sua cintura e ele segurou minha nuca, nos afastamos quando o sinal
ecoou pelo corredor.
- Minha aula vai ser maravilhosa.
– Justin sorriu com malícia e eu o empurrei para abrir caminho. – ATÉ MAIS
TARDE AMOR! – Justin gritou e algumas pessoas me olharam, abaixei a cabeça e
ri, caminhei para a sala, Brandon estava cochilando, todo desleixado na cadeira.
- FOGO! A ESCOLA ESTÁ PEGANDO
FOGO! – Gritei e Bran pulou da cadeira, assustado, eu e todos que estavam na
sala rimos dele.
- Não faz isso. – Ele colocou a
mão do peito e sentou de novo.
- Justin pediu para você procurar
ele. – Disse e sentei no meu lugar. A aula passou rápido, eu dei uma boa
cochilada em metade dela, mas consegui copiar a lição. Peguei minha bolsa e os
livros e sai apressada da sala.
- Hei, minha tia tem uma loja de
perucas, posso te entregar o cartão de lá? – Uma garota me parou e perguntou,
estendendo o cartão, engoli a raiva que senti e peguei o cartão. Não sei se a
garota estava me zoando, mas preferi não dizer nada, virei e sai dali. Vi
Justin e Bran conversando perto dos armários deles, eles estavam rindo até me
verem e pararem, acenei e entrei na biblioteca.
- GRACE! – Abracei-a, as pessoas
que estavam lendo me encararam, ignorei-os.
- Querida. – Grace me olhou com
os olhinhos brilhando. – Pensei que não viria mais me visitar.
- Eu sempre virei te visitar. –
Puxei uma cadeira e sentei ao lado dela. – Olha, me deram um cartão de uma loja
de perucas. – Joguei-o em cima da mesa.
- Você é linda, filha, não
precisa disso – Grace acariciou meu rosto.
- Eu sei, as pessoas ficam
tentando me colocar para baixo... Justin sempre diz para eu não me importar.
- Sabe, quando você estava
viajando, Justin vinha aqui todos os dias ler os livros que você gosta, acho
que ele leu metade daquela estante. – Ela apontou. – Ele passava o dia inteiro
lendo e chorando, sentado ali. – Apontou de novo. – Onde você sempre senta.
- Todos os livros? – Eu estava
encantada com o que ela disse.
- Sim, ele leu todos os livros
que você já leu. Ele dizia que eram chatos, mas ele se sentia um pouco mais
perto de você. – Grace estava com um sorriso enorme, com os olhos brilhando. –
Nunca vi um adolescente tão apaixonado.
- Ele é um anjo. – Disse feliz
por descobrir isso.
- Ele esteve aqui agora pouco,
veio falar sobre você. – Grace organizava os livros na mesa. – Filha, não deixe
esse garoto sair da sua vida. Eu sei que vocês são novos, mas eu olho para os
olhos de vocês e vejo a paixão que sentem um pelo outro.
- Ele salvou a minha vida. – Eu
amo falar sobre o Justin.
- Posso levar esse livro? – Bill
surgiu o nada, eu até me assustei, ele sorriu para mim e eu desviei o olhar,
com desgosto.
- Sim, querido, qual o seu nome?
– Grace pegou seu caderno de anotações.
- Bill. – Ele disse ainda me
olhando, revirei os olhos e o encarei. Bill colocou um pedaço de papel dentro
da minha mochila e saiu dali depois de piscar.
- Grace, eu vou para a aula, eu
volto depois. – Peguei minha mochila e o papel que Bill deixou. “Talvez eu só
quisesse que as pessoas gostassem de mim quanto gostam dele, talvez eu só
quisesse ser tão popular quanto ele”. Olhei para os lados e não vi Bill.
- Aqui. – Ele sussurrou no meu
ouvido. – Talvez, Elizabeth, eu só quisesse ter uma garota como você. – Ele ia
me beijar, mas eu me esquivei e ele quase caiu de cara no chão, cruzei os
braços e o encarei.
- Você só pode estar brincando...
Você só quer o que o Justin tem, sabe o que é isso Bill? Isso é inveja, porque
você sabe que nunca será melhor que ele.
- CALE A BOCA. – Ele segurou meu
braço. – Você esqueceu que eu tenho o seu namoradinho em minhas mãos?
- Eu tenho nojo de você. –
Empurrei-o. – Pena, eu tenho muita pena do Justin por ter sido seu amigo, por
ter te amado como um irmão, enquanto você só sentia inveja por não ser como ele.
– Cuspi as palavras e Bill me soltou, ele colocou as mãos na cabeça e depois
socou a parede.
- Sabe o que meu pai dizia para
mim, Elizabeth? Ele dizia que tinha vergonha de ser meu pai, que o Justin era
um filho exemplar, era o filho dos sonhos dele. – Bill tinha algumas lágrimas
nos olhos, eu fiquei o olhando. – Ele tinha orgulho do Justin, porque ele
conseguia as melhores garotas, porque ele conseguia o destaque no time, porque
ele era o capitão do time...
- Você não devia se importar, eu
estou careca e as pessoas me lembram disso o tempo todo, mas eu não me importo,
porque eu não posso agradar a todos e eu não tenho que agradar ninguém.
- Elizabeth? – Ouvi a voz do
Justin e o olhei. – O que está acontecendo?
- Bill, você precisa assumir a
culpa do que fez. – Disse e ele me olhou rindo.
- Eu vou acabar com você, cara. –
Ele apontou para o Justin. – Eu vou acabar com você! – Bill saiu irritado dali.
- Eu disse para você ficar longe
dele...
- Ele tem inveja de você. –
Pensando no que ouvi.
- Inveja de mim? O que? – Justin
franziu a testa, confuso, contei o que Bill me disse e Justin ficou pensativo,
nós matamos a segunda aula e depois eu acompanhei Justin na entrevista dele,
isso nos descontraiu um pouco.
Continua...
Comentem!
continua
ResponderExcluir*O*
ResponderExcluirTa perfeito continua... mas esse Bill -.-
E então, e a prova como foi? Ja sabe o result? Bjo linda
Ass: Mel
Continuaa *-*
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