quinta-feira, 28 de março de 2013

"The Mission" - Cap. 8




Scooter estava olhando fixamente para seu celular, ele lia alguma coisa, Justin cochilava deitado em meu colo. A foto do Scott com meus pais, não saia da minha cabeça, eu sentia necessidade de perguntar, mas não podia... Eu não posso, não posso...
- Scooter... Onde você estudou? – Perguntei.
- Em colégio que foi demolido há algum tempo, você não deve conhecer. Por quê? – Ele me olhou depois da pergunta.
- Você não tinha nenhuma paixão, uma namoradinha? – Perguntei rindo, mas por dentro estava muito séria.
- Uma vez, eu me apaixonei por uma garota, mas meu melhor amigo também gostava dela e ele ganhou, eles começaram a namorar e nós três nos tornamos muito amigos, éramos o trio mais unido de toda a cidade...
- Qual era o nome deles? – O interrompi.
- James e Elena – Meu coração disparou... Meus pais. – Enfim, eu percebi que não gostava tanto assim da Elena e me apaixonei algumas vezes, mas nada durou... – Ele sorriu. – Você perguntou isso, porque eu não sou casado, ou tenho namorada, não é? – Ele riu.
- Sim. – Menti. Será que Scooter prendeu meus pais porque ele ainda ama minha mãe?
- Bem, eu não sei o motivo, mas nenhum namoro deu certo até agora, talvez não fosse para acontecer... Ainda não chegou o momento.
- E esses seus amigos... Você ainda mantém contato com eles? – Insisti no assunto.
- Não, eles se casaram, se mudaram por conta do trabalho e nós fomos perdendo o contato. – Ele pareceu nervoso ao dizer isso.
- Ah sim. – Olhei para a televisão, tentando acabar com o assunto, Justin se mexeu e foi acordando.  
- Hey princesa. – Ele sorriu e levantou.
- E aí bela adormecida. – Disse sorrindo, Scooter riu e Justin mostrou a língua.
- Meggy, eu preciso buscar a Melissa na casa do irmão dela, você vêm comigo? – Ele me olhou tentando me passar a mensagem por trás disso, então, assenti.
- Tudo bem. – Justin levantou e eu também.
- Nós já voltamos Scott. – Ele segurou minha mão e cruzou nossos dedos.
[...]
O irmão da Melissa quase nos obrigou à entrar, ele cheirava álcool e isso me deixava enjoada. Ele ofereceu milhões de bebidas para nós, nenhuma sem álcool. Eu olhava Justin cada minuto e ele sorria, fingindo que não percebia que eu estava incomodada.
- Vamos logo Justin. – Sussurrei e ele me olhou, Justin levantou e anunciou que iríamos embora.
- A Mel está vindo... – O irmão dela disse.
- Vamos esperar lá fora então. – Justin me olhou e eu levantei.
- Até mais gatinha. – O cara com cheiro de álcool beijou minha bochecha, juro que quase vomitei, sai dali quase correndo.
- Mas que merda Justin, essa garota faz de tudo para te enrolar e você fica beijando os pés dela. – Reclamei quando estávamos sozinhos.
- Do que está falando? – Ele me olhou, confuso.
- Toda vez que você vem aqui, ela faz de tudo para que você fique sozinho com esse cara, para que você beba. Tenho certeza que não estava sóbrio quando transaram.
- Meggy! – Ele parecia constrangido.
- Estava? – Perguntei e ele ficou mudo. – Eu sabia.
- Eu não bebi agora.
- Porque eu estou aqui, mas eu não estarei para sempre. Você precisa ter controle sobre si. – Disse com o pouco de paciência que me restava.
- Eu tenho. – Justin disse irritado.
- Tem? Você fica bêbado por influencia dos outros, se isso é se controlar, imagino que tenhamos uma definição diferente sobre “controle”. – Falei nervosa.
- Eu não estou bêbado agora, estou sobre controle...
- Não Justin... – Aproximei-me. – Você não precisa disso... Você não precisa beber para esquecer que seus pais morreram, eu sei que isso também te influencia, eu também já pensei em encher a cara, mas isso não vai mudar as coisas. Você é melhor que isso, você é melhor que eles. – Apontei a casa. – Você não precisa de nada disso, porque é uma pessoa maravilhosa, é um garoto cheio de sonhos e com muito tempo para viver tudo o que quiser.
- Meggy... – Justin encarou meus lábios. – Eu não consigo mais controlar uma coisa... – Ele se aproximou mais e segurou meu rosto.
- Justin, meu amor. – Melissa fechava a porta da casa, ela virou-se e caminhou até o Justin, lhe dando um beijo nojento, revirei os olhos. – Eu estava pensando em um nome para o nosso bebê. – Melissa segurou a mão dele e fingiu acabar de ver. – Oi orfãzinha. – Ela disse sorrindo, meu sangue ferveu e me segurei para não voar no pescoço dela.
- Melissa! – Justin a repreendeu.
- Sem problemas Justin, melhor órfã do que interesseira. – Sorri com a mesma ironia.
- Interesseira? – Ela ia me bater, mas Justin a segurou.
- Está chocada? Pensei que você tivesse um espelho para notar isso, mas sem problemas... Eu posso comprar um para você. – Pisquei e ela tentou se soltar dos braços do Justin.
- Megan! – Ele parecia surpreso, abaixei a cabeça e virei-me, sai andando, ignorando aqueles dois.
[...]
- Meggy... – Eu estava na praia, sentada sobre a areia, observando a lua. Estava cansada, acho que chorei a tarde inteira. Justin sentou ao meu lado.
- Se vai me dar sermão, pode ir embora, não precisa gastar seu tempo, afinal, eu sou apenas mais uma órfã – Disse sem olhá-lo.
- Na verdade, eu vim te abraçar. – Ele sorria, eu podia ver pelo canto do olho, continuei encarando a lua. – Ah, qual é... – Justin me abraçou. – Meggy... – Ele ria. – Dá um sorriso. – Forcei um sorriso, tão falso, mais falso que a Melissa. – Boba.
- Cala a boca, não estou de graça com você. – O empurrei. – E sai daqui, não quero ouvir sua voz.
- Quer sim. – Ele se aproximou de novo.
- Se encostar em mim, eu quebro todos os seus dedos. – O fuzilei o com os olhos.
- Eu sinto muito pelo que a Melissa falou.
- Não fala esse nome, chega a doer meus ouvidos. – Disse e Justin riu.
- Por que a odeia tanto?
- Por que eu gosto de você e ela te faz de idiota. – O olhei. – Eu sei que é sua namorada, sei que será pai do filho dela, mas eu te considero um irmão, você é meu único amigo há anos e eu não gosto de ver como ela consegue te manipular.
- “Amigo”, “irmão”. – Justin abaixou a cabeça.
- Sabia que nos dias de hoje, você não precisa ser casado ou ter alguma relação forçada com uma pessoa, só porque terão um filho?
- Eu sei, mas se eu não fizer assim, Melissa não me deixará nem ver a criança, se é que ela a deixaria nascer.
- Então ficará com ela e será infeliz para o resto da sua vida? – Perguntei inconformada.
- Serei infeliz mesmo se não ficar com ela... – Ele olhou em meus olhos. – Acredite.
- A vida é sua. – Levantei e o deixei sozinho. 
Continua...

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domingo, 24 de março de 2013

"The Mission" - Cap. 7




Meu celular tocava descontroladamente, eu estava tomando banho, não tinha como atender. Quando terminei o banho e estava vestida, ele começou a tocar de novo, o peguei e atendi.
“Meggy”
“Sim” – Não reconheci a voz.
“Querida...”
“Mãe?” – Meu coração disparou e meus olhos se encheram de lágrimas.
“Se cuida filha e tenha cuidado, acredite na verdade...” – Ouvi um barulho estranho e a ligação caiu.
- Mãe? MÃE! – Gritei e continuei com o celular no ouvido. – Mãe... – Desabei no chão e comecei a chorar desesperadamente. Eles estão vivos.
- Meggy. – Justin entrou no quarto e me abraçou. – O que aconteceu?
- Meus pais não podem ter morrido... Eles têm que estar vivos Justin! – Disse olhando em seus olhos, ele me olhou preocupado e abaixou a cabeça. Meu celular tocou novamente, levantei do chão e atendia ligação, desesperada.
“Mãe?”
“Meg, sou eu... Nick” – Olhei o Justin.
“Dylan... Eu preciso te ver.” – Disse tentando contralar o choro.
“O que aconteceu meu amor?”
“Você pode vir aqui? Eu pr...”
“Eu não posso Meg, nós estamos com problemas aqui. O que aconteceu?”
“Eu só preciso de você aqui.” – Ele ficou mudo por um tempo.
“Tudo bem, eu estou indo.”
- Meggy... Eu sei que é complicado aceitar, mas... Seus pais morreram. – Justin tentou dizer isso com o maior cuidado possível.
- Quem te disse isso? Você os viu mortos? Você sabe de alguma coisa?  - Me descontrolei.
- Não... Eu só...
- Vou esperar o Dylan lá embaixo. – Passei por Justin e sai dali.
[...]
- Ela disse que eu tenho que acreditar na verdade e então a ligação caiu. – Explicava ao Nick.
- E o que você acha que aconteceu?
- Eles devem ter mandado minha mãe dizer algo, mas ela não disse, então tiraram o telefone dela... Eu não sei Nick, eu não sei. – Cobri meu rosto com as mãos, Nick me abraçou.
- Vai ficar tudo bem meu amor, eu prometo. – Ele tirou as minhas mãos do meu rosto e olhou em meus olhos. – Acredite em mim. – Nick beijou minha testa.
- Nós precisamos começar logo essa droga de missão. Eu preciso achar as informações, nós temos que fazer isso, rápido.
- Tudo bem, olha, eu vou conversar com os outros agentes e te digo o que fazer... Nós vamos encontrar seus pais. – Assenti e o abracei.
- Obrigada Nick. – Fechei os olhos e me entreguei ao abraço. “Acredite na verdade”, isso se repetia em minha mente.

No dia seguinte...
Eu havia acabado de conversar com Nick pelo telefone. Ele me disse tudo que eu deveria fazer, qualquer erro valeria a vida dos meus pais.
Peguei a maleta com instrumentos que Nick havia me dado, quando nos conhecemos, no dia em que tudo isso começou. Coloquei alguns dos instrumentos no bolso e guardei o resto, sai do meu quarto, como se nada estivesse acontecendo.
- Megan. – Ouvi Scott dizer, atrás de mim, virei-me e sorri.
- Justin saiu com Melissa e eu preciso resolver algo no escritório, você quer vir ou...
- Eu vou ficar, vou assistir algum filme. – Comecei a descer a escada e Scooter veio atrás de mim.
- Se você quiser chamar seu namorado par vir ver o filme com você... Fique à vontade, mas não faça nada que eu não faria. – Ele disse rindo e passou o braço por meus ombros, me abraçando. – Se cuida querida. – Scott disse e se afastou.
- Tenha um bom dia. – Disse sorrindo e acenando, ele fechou a porta e eu esperei alguns minutos, até correr para sua “sala proibida”, fechei a porta e olhei em volta, procurei por algum espaço que podia abrir uma sala escondida, ou algo do tipo, como nos filmes. Olhava a prateleira de livros quando encontrei uma foto, entre dois livros, era Scooter e... Meus pais! Eles estavam em uma arquibancada, com um uniforme idêntico e luvas de beisebol, parecia ser um jogo no colégio, a foto era muito antiga. Papai abraçava a cintura da mamãe e Scott fazia careta para a câmera, fiquei encarando aquela foto, até derrubar metade dos livros que estavam na prateleira, comecei a colocar no lugar, quando, de repente, uma tela apareceu na parede, como em minha casa.
- Scott? – Uma mulher apareceu na tela, abaixei-me e tentei não fazer barulho. – Scooter, assim que ver esta mensagem me ligue... Tenho novidades sobre os Donovan. – Eu estava morrendo de vontade de levantar e perguntar qual é a novidade sobre meus pais, mas isso poderia piorar as coisas. Um barulho se fez e quando olhei a tela não estava mais lá. Deve haver câmeras aqui... Olhei em volta e encontrei o computador, corri até ele e as imagens da câmera estavam ali. Apaguei todos os vídeos dos últimos dias e sai dali, deixando a câmera desligadas. Ele conhece meus pais.
- MEGGY... MEGGY! – Vi Justin entrar, ele gritava por mim, enxuguei meu rosto e dei alguns passos, até ele me ver. – Meggy, eu vi o ultrassom. – Justin sorria, seus olhos brilhavam.
- Sério? Que ótimo. – Fiquei feliz por ele. – Parabéns.
- Logo menos, poderemos ver o sexo do bebê. – Ele me abraçou. – Estou tão feliz.
- Você merece Justin. – Beije sua bochecha.
- Então... O que estava fazendo? – Ele perguntou olhando em volta.
- Nada. – Disse lembrando-me do que acabará de descobrir.
- Vamos ver algum filme, ou caminhar pela praia... – Justin sugeriu.
- Eu acho que prefiro o filme. – Fiz careta e Justin riu.
- Ok. Farei a pipoca. – Ele beijou minha testa e foi até a cozinha.
[...]
Justin jogou uma pipoca para o alto e pegou com a boca, ele ficou se exibindo, tentei copiar, mas não deu muito certo.
- Poxa. – Fiquei olhando a pipoca no chão e Justin gargalhava. – Idiota. – Joguei a pipoca nele.
- GUERRA DE PIPOCA. – Justin gritou e começou a jogar em mim, ele pegou um punhado e jogou em meu cabelo.
- NÃO! – Gritei e Justin continuou. – Pare Bieber! – Tentei impedi-lo, mas ele segurou minhas mãos e começou a fazer cócegas. – CÓGECAS NÃO! – Gritei entre risos. – POR FAVOR.
- Você aguenta Meggy, vamos lá. – Ele ria.
- Não façam bagunça crianças. – A empregada disse rindo e passou direto.
- SAI JUSTIN. – Empurrei-o, eu já estava com falta de ar, meu cabelo devia estar todo bagunçado, arrumei minha roupa e sentei direito no sofá, Justin ainda ria.
- Me deixe arrumar... – Ele se aproximou e colocou os fios de cabelo no lugar, Justin olhou em meus olhos e sorriu. – Desculpa. – Ele riu fraco e se afastou.
- Vou pensar. – Disse e mostrei a língua.
- Essa casa é tão melhor com você. – Justin disse, de repente. – Parece que tem mais vida... Não sei.
- Awn Justin, me abraça. – Abri os braços e nos abraçamos.
- Quando você for embora... Não irá me esquecer, não é? – Ele fez cara de cachorro sem dono.
- É claro que não. – Justin deitou em meu colo e eu fiquei afagando seus cabelos. – Você me ajudou bastante nos últimos dias. – Ficamos em silencio, olhando um para o outro, senti meu coração bater mais forte, mas ignorei.
- Por favor, Meggy... Nunca se esqueça de mim. – Ele quase implorou.
- Eu não irei Justin. – Sorri e beijei sua testa. – Eu prometo.
Continua...

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quarta-feira, 20 de março de 2013

"The Mission" - Cap. 6




Duas semanas depois...
Estávamos na cozinha, Justin e eu, tentávamos cozinhar alguma coisa. Ele mais se sujava do que ajudava. A receita parecia um bicho de sete cabeças e nós mal sabíamos identificar os ingredientes.
- Meggy, olhe o que eu fiz. – Eu estava colocando a pizza, ou o que era para se uma pizza, no forno, e virei-me para ver o que Justin queria. Ele estava com as mãos gosmentas, olhei para o balcão e tinha uma tigela com clara e gema.
- Você colocou a mão ao ai? Justin! – O repreendi, com nojo.
- É bom. – Ele aproximou as mãos do meu rosto e começou a rir.
- Sai daqui. – Empurrei-o, mas ele se aproximou de novo e dessa vez, encostou aquela mão gosmenta em mim. – AI QUE NOJO BIEBER! – Limpei meu rosto e fiquei encarando a gosma.
- Faz bem para a pele... – Ele lavou sua mão, peguei um punhado de varinha nas mãos e quando Justin se virou, eu assoprei. Seu rosto ficou totalmente branco, comecei a rir.
- Não... Você não fez isso. – Ele me olhava, sério.
- Desculpa. – Disse tentando parar de rir.
- Vem aqui Megan. – Ele me puxou e jogou toda a tigela com a clara e gema em mim e então começamos a atacar um ao outro com tudo que víamos pela frente. Justin me segurou e nossos olhos se encontraram, ele limpou meu rosto com as mãos e encarou meus lábios.
- Justin, eu... – Empurrei-o com força contra a pia, Melissa nos olhava. – O que é essa bagunça?
- Estávamos fazendo pizza. – Justin riu e se aproximou da namorada, ele ia beijá-la, mas ela se afastou.
- Que cheiro horrível é esse?
- O ovo devia estar estragado. – Comecei a rir e Justin sorriu, Melissa me fuzilou com os olhos.
- Eu ia pedir carona até o hospital, mas eu vou sozinha, não quero atrapalhar. – Ela ia sair dali, mas Justin a segurou... Eles começaram a discutir, baixo, para que eu não ouvisse, então comecei a limpar a cozinha. Olhei para o casal, pelo canto dos olhos e eles se beijavam.
- Meggy, eu vou ao hospital com a Melissa, mas quando eu voltar, eu limpo isso...
- Não se preocupe. – Disse, sem olhá-lo.
- Qualquer coisa, pode ligar para mim, ou para o Scott. – Ele disse carinhoso, assenti e sorri, então eles saíram dali.
[...]
Estava na varanda, encarando o reflexo da lua naquele gigantesco mar, o ar fresco beijava meu rosto, fechei os olhos e apenas imaginem como meus pais devem estar. Respirei fundo e abri os olhos. Está tudo errado, eu estou vivendo à custa de alguém que é suspeito de ter participação no sumiço dos meus pais, estou saindo com um amigo do meu pai, estou passando muito tempo com Justin. Nós estamos tão próximos que não consigo mais me afastar, eu devia ter continuado com aquela barreira de quando cheguei. Para começar, eu nem deveria estar nesta casa.
- Hey. – Justin apareceu do meu lado, sorri fraco e olhei para frente. – Me desculpe por ter saído sem ajudar...
- Tudo bem. – Não olho para ele.
- Está brava? – Eu estou pensando, pensando no que aconteceria se Melissa não tivesse chegado aquela hora.
- Não. – Respondi e resolvi olhá-lo, Justin estava com o rosto vermelho, de novo. – Estava chora n... – Senti um cheiro de bebida e cigarro. – Você... Não... Mas Justin... – Eu não sabia o que dizer.
- Eu levei Melissa para casa e ela estava bebendo...
- Isso fará mal ao bebê. – Eu disse brava, irritada e preocupada ao mesmo tempo.
- Eu sei, eu sei Meggy. – Justin cobriu o rosto. – Sinto vergonha por não conseguir dizer não.
- Você é fraco, é um idiota, um covarde. – Disse e ele me olhou. – Covarde! – Repeti nervosa. – Você não quer beber, mas bebe porque seus amigos fazem isso, ah vai se ferrar Justin. – Ia entrar em meu quarto, mas ele segurou meu braço.
- Vai me deixar falando sozinho? – Ele perguntou.
- Eu deveria, porque você me disse que não faria de novo! – Puxei meu braço e o empurrei. – Isso é atitude de covarde.
- Você sabe o quanto eu já sofri para me julgar assim... Não sabe pelo que passei para me chamar de covarde.
- Eu não sei, não sei mesmo. Mas nesse momento você agiu como um covarde... E eu posso repetir isso à noite toda.
- Não sou covarde. – Ele disse irritado
- É o garoto mais covarde que já conheci em toda minha vida! – Olhei diretamente em seus olhos. – I-d-i-o-t-a!
- CALA A BOCA, MEGAN. – Justin gritou, entrei no quarto e fechei a porta, ele tentou entrar, mas eu tranquei antes disso, senti meus olhos se encherem de lágrimas e não sei o motivo. Não sei porque falei essas coisas, porque senti raiva, não sei porque estou chorando agora.
[...]
- Meggy, por favor. – Justin implorava para que eu abrisse a porta, ele já estava ali há duas horas. – Por favor. – Quando abri a porta, Justin me abraçou. – Me desculpe. – Ele sussurrou.
- Eu não sou ninguém para dizer se o que você faz é certo ou errado, me desculpe. – Eu disse, mesmo sabendo que tudo o que eu disse é verdade.
- Você tem razão, eu sou um covarde. Eu sou o maior covarde do mundo dos covardes. – Justin riu fraco e enxugou meu rosto. – Olha, eu prometo... Eu prometo para você que não beberei do novo. Eu prometo Meggy.
- Não faça isso se não irá cumprir. – Revirei os olhos e me afastei.
- Eu disse que prometo e irei cumprir. – Justin sorriu e me abraçou. – Não fique brava comigo de novo, por favor. – Ele olhou em meus olhos e apertou minhas bochechas.
- Você me estressa Bieber. – Disse e ele fez bico. – Bobão.
- Bobinha. – Ele beijou minha testa e me mostrou a língua, conversando mais um pouco e depois eu disse que precisa dormir, então Justin foi para o seu quarto. Sempre conversamos antes de dormir, Justin conta histórias engraçadas e ficamos rindo um do outro, ele é divertido e por mais que me deixe irritada, é um bom garoto.
Continua...

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domingo, 17 de março de 2013

"The Mission" - Cap. 5








Acordei e notei que não estava em meu quarto, olhei em volta e vi Justin sentado no canto do quarto, ele dormia. Pulei da cama e lembrei que estávamos conversando, em seu quarto, então provavelmente, eu peguei no sono.
- Justin. – O chacoalhei. – Justin, acorde. – Insisti e ele foi abrindo os olhos. – Por que você não me acordou?
- Você parecia tão cansada. – Ele sorriu e quando foi tentar levantar, gritou de dor.
- Devia ter ido para o meu quarto então, sei lá... – O ajudei a levantar. – Agora vai ficar dolorido.
- Sem estresse Meggy, eu estou bem. – Justin me puxou e beijou minha testa. – Preciso me arrumar e ir para a aula. Você, não vai voltar a estudar?
- Não sei... Na verdade, eu tinha um professor particular... Onde você estuda? – Perguntei curiosa.
- Aqui! Scooter contratou um professor particular, e é assim desde que meus pais morreram. – Ele não pareceu triste ao falar isso. – Se você quiser... Pode estudar comigo, tenho certeza de que será bem vinda à minha escola. – Ele fez piada.
 - JUSTIN! Alfredo já está aqui. – Ele disse do lado de fora do quarto, Justin abriu a porta e Scooter ia falar, mas ele me fitou e arregalou os olhos. – O-o-o que vocês...
- Nada. – Disse rapidamente e Justin começou a rir. – Nós conversávamos e eu peguei no sono.
- E eu não quis acordá-la. – Justin terminou.
- Megan... Você pode estudar com o Justin, se quiser, é claro. – Scott disse simpático.
- Eu não sei, não quero incomodar mais ainda...
- Ah Meggy, você já é de casa. – Justin segurou minhas mãos. – É como se fosse minha irmãzinha. – Irmãzinha? Não! Eu não posso... Não posso me envolver ainda mais com eles, não posso.
- Tudo bem. – aceitei, mesmo sabendo que não deveria.
[...]
- Justin? – Bati na porta do quarto, estava meio aberta. Ele não respondeu então eu entrei. Justin saiu do banheiro, com a toalha em volta da cintura, ele passava as mãos no cabelo molhado e as gotas de água caiam em seu corpo definido. – Ai Meu Deus. – Cobri meu rosto, deixando o caderno cair no chão. Justin começou a rir.
- Estou começando a achar que é proposital. – Ele disse rindo. – Pode olhar. – Justin terminava de colocar a camisa e ficou completamente vestido.
- Me desculpe, eu chamei, mas você...
- Tudo bem. – Ele sorriu. – Dúvidas com a matéria?
- Eu não entendi muito bem... – Peguei meu caderno no chão e caminhei até o Justin, então ele me explicou diversas vezes até eu entender. – Obrigada. – Ia virar-me, mas Justin segurou meu braço.
- Meggy, você acha que eu não serei um bom pai? – Ele perguntou cabisbaixo.
- Não. Quem te disse isso? – Franzi a testa.
- Melissa. – Justin virou-se e começou a pentear o cabelo. – Ela disse que não quer morar comigo, que não quer minha ajuda.
- Mas você não a abandonará, não é?
- Não. – Justin soltou um suspiro. – Eu serei um bom pai!
- Será um ótimo pai. – Sorri, lhe passando confiança.
- Obrigado. – Justin me abraçou. – Quando vai trazer seu namoradinho aqui?
- Ele não é meu namoradinho. – Mostrei a língua e afastei-me, começamos a rir.
- Meggy, você sabe surfar? – Justin perguntou e pela sua expressão, seus pensamentos não eram bons.
- Não. – Fui dando passos para trás.
- Eu vou te ensinar... – Ele começou a se aproximar e eu saí correndo, desci a escada e só parei quando esbarrei no Scott, ele segurava uma maleta.
- Aonde vai com tanta pressa? – Ele sorriu, não tirei os olhos da maleta. Será ali o esconderijo das informações que ajudaram com que meus pais fiquem a salvo?
- Por favor, Meggy, é divertido. – Olhei para trás e Justin ria.
- Eu preciso sair, divirtam-se crianças...
- Scooter, como irei fazer com trabalho e a aula? – Perguntei.
- Você é jovem Megan, se divirta, não precisa trabalhar em um escritório chato. – Ele piscou e continuou andando, senti uma necessidade de contraria-lo, eu preciso estar próxima das informações, eu preciso estar naquele escritório chato.
- Vamos Megan?
- Não Justin, eu não quero. – Disse séria e me joguei no sofá.
- O que aconteceu? – Ele perguntou confuso. Eu estou aqui me divertindo, enquanto meus pais correm perigo, isso não é o certo, eu preciso ajudá-los.
- Quero fica sozinha Justin. – Cobri o rosto com uma almofada.
- Eu só estava brincando... – Ele sentou ao meu lado.
- Eu sei, o problema não é com você. Mas agora, eu só quero ficar sozinha! – Olhei-o e Justin assentiu. – Se precisar de alguma coisa, estarei no quarto.
- Tudo bem. – Sorri fraco e o segui com os olhos, até ouvir o barulho da porta do quarto se fechar. Levantei daquele sofá e corri até a sala do Scott, procurei por câmeras, mas não encontrei nenhuma, olhei em volta e comecei a abrir todas as gavetas. Só havia alguns papéis com números, nomes, telefones, algumas pastas com informações sobre empresas em todo o mundo, mas nada que pudesse provar que Nick está certo. Ouvi um barulho na maçaneta e a vi girar, corri até a mesa e entrei embaixo.
- Esqueci minha carteira... Eu sei, eu sei que perigoso Marvin, mas você precisa executar a missão, você precisa fazer isso o mais rápido possível, mas com muito cuidado. – Ele saiu e bateu a porta, sai de baixo da mesa e suspirei aliviada, sai dali com o coração disparado. Corri até meu quarto e liguei para Nick, para contar o que havia acabo de ouvir.
“Então, ele disse Marvin? Tem certeza?”
“Sim Nick, eu tenho muita certeza” – Minhas mãos tremiam.
“Meg, você precisa tomar cuidado. Você não pode deixar que esse Marin a veja, ele conhece seus pais, talvez seja ela que está com eles. Se por acaso, ele for ai, você terá que se esconder, ou ele irá descobrir tudo e seus pais...”
“Eu já entendi.” – O interrompi.
“Você está bem?” – Nick perguntou com a voz doce.
“Estou viva”
“Não tenha medo Meg, eu irei te proteger.”
“Você podia vir aqui... Scooter não está, Justin está trancado no quarto...”
“Estarei ai em cinco minutos” – Nick disse e desligou a ligação, fiquei esperando e recebi uma mensagem, corri até a cozinha e recebi Nick com um abraço ao abrir a porta dos fundos.
- Você chegou rápido.
- Eu estava aqui perto. – Ele sorriu e me puxou pela cintura. – Estava com saudade. – Nick encarou meus lábios e nós nos beijamos, o barulho da torneira aberta, nos afastou, Justin lavava as mãos.
- Eu atrapalhei? Desculpem-me, estou indo. – Ele pegou um pacote de fritas e saiu dali.
- Você quer sair daqui? – Perguntei.
- Na verdade, eu preciso voltar para a ACOS, hoje chegarão novos jovens, para treinamento. – Nick segurou minhas mãos e olhou em meus olhos. – Nós nos vemos logo, amor. – Amor? Ele me chamou de amor? – Tudo bem Megan? – Nick levantou meu queixo e me deu um selinho, assenti e ele me beijou.
- Nick. – Afastei-o. – Isso, entre nós dois... Esses beijos... Eu estou um pouco confusa.
- Eu estava pensando sobre isso ontem à noite. – Suas bochechas coraram. – Eu gosto do você Meg.
- Gosta? Gosta como? – Franzi a testa.
- Gosto muito, gosto mais a cada dia. – Nick olhava em meus olhos. – Mas vamos deixar que aconteça espontaneamente, sem forçar, ou apressar nada.
- Tudo bem. – Aceitei e demos um ultimo beijo, de despedida. – Até mais. – Acenei e Nick se foi. Então, vamos deixar que seja espontâneo. 
Continua... 

manuella moreira seja bem vinda
Jeniffer Barbosa #TeamNick hahaha alguém mais é team nick?

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