Amy
POV
Encontrei
com Alfredo, de novo. Isso está se tornando rotina. Bom, dei meu número a ele,
mas porque fiquei com vergonha de dizer ‘não’. Alfredo é fofo, não quero
iludi-lo. Da mesma forma que não quero iludir Paolo... Mas quando ela me beija.
Ah aquele beijo. Fico sem fôlego, sinto borboletas no meu estomago, meu coração
acelera. Sinto muitas coisas. Mas... Devia sentir?
Fechei meu diário quando ouvi batidas na
porta. Coloquei-o embaixo do travesseiro. Jessie adentrou ao quarto. Fiquei a
olhando. Seus olhos estavam vermelhos.
- Só vim buscar minha mala. – Ela apontou.
Continuei a olhando. Jess pegou a mala e caminhou em direção à porta. – Amy...
– Ela disse e me olhou. – Me desculpe por mentir. – Enxugou as lágrimas que
escaparam dos olhos tristes. Não falei nada, apenas desviei o olhar para
qualquer lugar. Estava morrendo de vontade de chorar, mas me contive. Jessie
deixou o quarto. As lágrimas caíram meu rosto. Continuei olhando para qualquer
lugar. Estava doendo ser fria, mas perdi a confiança.
[...]
- Filha. – Papai me acordou. Ele sorriu ao
me ver abrir os olhos. - Buon giorno!
-
Buon giorno – Sentei e fiquei o olhando.
-
Jessie está voltando para casa. – Ele comentou. Continuei o olhando. – Ela tem
chorado muito. – Abaixei a cabeça. – Luc nos contou tudo. Eles se gostam!
-
E daí? – Perguntei irritada.
-
Você devia aceitar as desculpas dos dois. – Papai se mantinha calmo. Cruzei os
braços e balancei a cabeça negativamente. – Filha, o ódio, a raiva, são
sentimentos horriveis, devia evita-los. – Ele beijou minha testa e me deixou
só. Fiquei pensando nisso. Peguei meu celular e fiquei olhando minhas fotos com
a Jessie. Deixei o celular de lado e levantei da cama. Tomei banho, arrumei meu
cabelo, coloquei uma roupa e sai do quarto. Passei por Jessie e Luc, eles
assistiam TV, juntos. Sai de casa muda, sem avisar para onde ia. Apenas segui
em frente. Caminhava observando as crinças bricando, os casais sendo
romanticos, os senhores jogando xadrez, os pássaros voando em sincronia. Notei
que havia ido longe demais. Não tinha nenhuma casa ao meu redor, apenas uma
paisagem constituidas de montanhas e muitas árvores. Sentei embaixo de uma
àrvore gigante, e fitei o céu azul, sem nenhuma nuvem.
-
Precisamos conversar. – Ouvi alguém dizer. Olhei para trás e um garoto estava
sentado do outro lado do tronco. Ele falava ao telefone. – Droga! – Resmungou e
jogou o celular longe. Virei para frente e continuei olhando a paisagem. De
repente o garoto começou a cantalorar uma música do Justin. Olhei novamente e
encontrei seus olhos. Eu reconheceria aqueles olhos de longe. Voltei a olhar
para frente por impulso. Senti meu coração acelerar. Levantei, para ir embora.
– Espere! – Ele disse. Parei de andar. Minhas pernas tremiam. – Estou
atrapalhando?
-
Não! – Virei para ele.
-
Amy, não é? – Perguntou. Assenti e encarei seus belos olhos, belos lábios, belo
rosto. – Desculpe-me pelo meu ataque. – Ele disse sem jeito.
-
Só acho que não devia descontar no celular. – Comentei.
-
Foi impulso. – Ele virou-se e procurou pelo celular.
-
Está ali. – Caminhei até o celular e quando abaixei-me para pegar, nossas mãos
se tocaram e imediatamente nossos olhos se encontraram. Afastei-me e deixei que
ele pegasse. Justin ficou me olhando. Senti minhas bochechas queimarem e
abaixei a cabeça. Queria abracá-lo, beija-lo, dizer que eu amo amo, mas não
podia parecer uma louca, então me contive.
-Nos
encontramos muitas vezes desde que cheguei à Verona. – Ele comentou sorrindo.
-
Pois é. – Fingi não me importar tanto. Mas isso importa, muito!
-
Alfredo tem falado muito de você! – Justin revirou os olhos e começou a rir.
-
Acho que ele tem me perseguido nos ultimos dias. – Franzi a testa e Justin riu
mais. Que risada perfeita.
-
Está apaixonado.
-
Isso não é bom. – Disse e Justin parou de rir.
-
Por quê? – Bieber perguntou confuso. “Ah,
porque eu te amo e não seria legal ter algo com um amigo seu” nunca diria
isso.
-
Porque não, eu gosto de alguém e não quero iludir o Alfredo. Ele é muito legal,
gentil e fofo, mas não quero que se machuque. – Tentei explicar. Justin
assentiu.
-
Mas podia sair com ele. – Sugeriu. Cala a boca idiota, eu te amo.
-
Não. – Disse balançando a cabeça negativamente. – Já estou com muitos problemas
amoros, não preciso de mais um.
-
Alfredo pode ser sua solução e você está o rejeitando. – Justin riu. Continuei
séria.
-
É fácil, para você, falar. – Respondi e ele ficou mudo. – Vou embora.
-
Espere! – Segurou meu braço. – Desculpe pela insistência, é que Alfredo está
mesmo encantado então não custava tentar.
-
Eu sinto muito por ele. – Soltei-me e sai caminhando. Estava doendo ouvir o
garoto que eu amo me sugerir encontros. Parei de caminhar e olhei para trás.
Justin estava debaixo da àrvore lendo um livro de capa roxa. Forcei a visão e
senti que conhecia aquela capa. Parecia a capa do meu... Meu diário. Voltei
correndo e parei de frente para ele. Justin me olhou e eu olhei aquilo em suas
mãos. Ele não pode ler isso. – Desculpe, fui muito dura com você. – Disse sem
tirar os olhos do meu diário. Como foi parar em suas mãos?
-
Não, eu que não devia ter insistido. – Justin parecia triste. Sentei de frente
para ele.
-
O que está lendo? – Fingi não saber. Isso não pode estar acontecendo.
Disfarçando, belisquei meu braço. E não, não é um sonho.
-
É um... Um diário. – Ele disse tímido. – Sei que é errado, mas essa garota é
incrivel, apaixonada e encantadora. – Seus olhos brilharam. Poderia dizer “O diário é meu” mas isso me custaria
muitos dias de choro por Justin saber o que eu sinto e não corresponder.
-
É sobre quem?
-
Ela diz sobre mim, a maioria dos textos é sobre mim. – Ele sorriu.
-
Isso não é certo Justin, a garota pode não gostar que você saiba. – Comentei.
-
Mas ela não sabe que estou lendo e eu não sei quem ela é. – Ah, ela sabe sim.
-
O que está achando?
-
Não sei. – Ele riu tímido. – Mas é bom saber o que as pessoas sentem por você.
-
Ruim é quando você não corresponde aos sentimentos dessa pessoa. – Pensei alto.
Justin ficou me olhando. Arregalei os olhos. – Eu já deveria ter ido. –
Levantei. – Foi bom conversar com você. – Foi muito bom, ótimo, maravilhoso!
-
Nos veremos de novo? – Justin Drew Bieber perguntou isso para mim? Ai meu
coração.
-
Se o destino quiser. – Pisquei e nós rimos. Por que eu disse isso? Ai Meu Deus.
-
Até mais! – Justin sorriu para mim. Acenei e sai dali apressada antes que
falasse mais alguma besteira.
CONTINUA...
Sarah Gilbert hey a Bianca disse que ela é a Bianca (obviously) que escreve "like romeo o juliet"!!!!
Marcella Meneses ok baby! eu entendo, mas acho que minhas amigas nem são loucas de xingar o justin perto de mim hahaha
Kelly hm, mistério haha
Obrigada pelos comentários e pelas visualizações!