"The Mission" - Cap. 10

Justin POV

Scooter andava de um lado para o outro, parecia nervoso e, eu só conseguia pensar naqueles lábios tocando os meus. Megan conseguiu me fazer o homem mais feliz do mundo e de repente, o mais triste e idiota, em menos de dois minutos.

- Acha que ela vai embora? – Perguntei, quebrando o silencio, Scott parou e me olhou.

- Eu, realmente, espero que não. – Ele estava tenso.

- Mas e se ela for? – Confesso que não sei o que farei de agora em diante, depois do que Meg me disse.

- Se for... – Ele parou por uns segundos. – Eu farei o possível para mantê-la segura.

- Sobre o que está falando Scooter? – Franzi a testa.

- Nada, eu só estou apegado à garota, sinto que vocês dois são meus filhos. – Ele disse, mas não senti firmeza em suas palavras.

- Ela é apaixonante – Disse sorrindo para o nada.

- Justin... Antes de eu entrar no quarto, o que vocês faziam? – Ele arqueou a sobrancelha.

- Nada. – Menti e desviei o olhar. Estávamos da mesma forma, há uma hora e só nos movemos quando ouvimos passos na escada. Ela descia cada degrau lentamente, sua expressão era séria, mas eu via que havia lagrimas em seus olhos, meu coração disparou ao ver uma mala em suas mãos. – Meggy, por favor. – Levantei imediatamente e corri até ela, quando chegou ao final da escada. – Por favor, não vá embora, nós não iremos mais te incomodar... – Quase implorei.

- Eu nunca devia ter vindo. – Ela não olhava para mim, não sai de sua frente. – Eu posso me virar sozinha, preciso aprender a viver sem meus pais.

- Meggy, olhe para mim. – Pedi, olhando fixamente para ele.

 - Me deixe Justin. – Megan tentou passar por mim, mas eu peguei a mala de sua mão, coloquei no chão e me aproximei, eu não posso deixa-la ir.

- Justin...

- Cala a boca Scooter. – Disse e continuei me aproximando dela, puxei sua cintura e a coloquei contra a parede, selei nossos lábios, Meggy tentava se soltar, mas eu segurei suas mãos. Ela se entregou ao beijo, mas começou a chorar quando me afastei.

- Deixe-a! – Scooter disse bravo e me empurrou, fiquei olhando Meggy encolhida, chorando, ela foi escorregando pela parede e sentou no chão, abraçou os joelhos e escondeu o rosto.

- Você não quer ir embora, só está fazendo isso porque tem medo de assumir que gosta de mim. – Eu já estava perdendo o controle.

- NÃO É PORQUE UMA PESSOA TE AJUDA A ENXERGAR OS ERROS E SE TORNA SUA COMPANHEIRA, AMIGA, QUE ELA TE AMA E QUER CASAR COM VOCÊ! – Ela gritou e enxugou o rosto. – EU NÃO GOSTO DE VOCÊ JUSTIN! – Meggy levantou e pegou a mala. – Eu não gosto de você. – Ela repetiu olhando em meus olhos. Doeu.

- Megan, você não precisa ir. – Scott disse, mas é claro que ela não ficará.

- Eu preciso sim, as coisas por aqui, já foram longe de mais. – Ela me olhou e começou a caminhar até a porta, notei que havia um carro parado ali. Eu estava fora de mim, não podia agarrá-la desse jeito.

- Vai morar com ele? – Ouvi Scooter perguntar e comecei a prestar atenção.

- Obrigada pelos dias que passei aqui Scott, mas eu não posso continuar...

- Se for pelo que eu disse, eu não te forçaria a nada... Você namora quem quiser, independente da consequência...

- Não é só por isso... Eu não quero falar, não quero acabar dizendo o que não devia, ou machucando você com minhas palavras, estou nervosa e não devo falar.

- Você será sempre, bem vinda de volta – Scooter disse e eu ouvi um barulho de porta se fechando, eu não posso ficar olhando...

- MEGGY! – Gritei, ela estava quase entrando no carro. – Me desculpe.

- Peça desculpa a si mesmo Justin. – Ela disse e virou as costas.

Megan POV

Estava com a cabeça encostada no vidro do carro, pensando nessas últimas duas horas. Scooter e Nick, o beijo do Justin, OS beijos do Justin... Ele me agarrou e forçou algo que eu não poderia ter deixado acontecer, nunca. Não podia ter acontecido, porque, agora, eu sinto algo por ele, mas não faço a mínima ideia se é um sentimento bom ou ruim.

- Não vai me contar o que aconteceu? – Nick perguntou, enquanto dirigia.

- Scooter pediu para eu me afastar de você, então discuti com ele, só isso. – É claro que não é esse o motivo, eu poderia dizer que não e pronto, mas isso não é algo que me faria sair com as malas na mão.

- E por que foi grossa com o garoto? Você disse que ele é legal e que se dão bem. – Ele me olhou pelo canto dos olhos, curioso.

- Ele não gosta de você. – Disse e Nick riu.

- Brigou com ele também? E por mim?

- Não estou bem Nick, pode me deixar em casa? – Pedi e o olhei.

- Na sua casa? – Ele parecia surpreso. – Mas você vai ficar lá, sozinha?

- Eu quero ficar sozinha, o dia foi muito longo. – Virei-me para a janela e fechei os olhos

- Tem certeza que não quer que eu fique? – Ele segurava minhas mãos, balancei a cabeça e lhe dei um selinho rápido.

- Qualquer coisa, eu te ligo. – Disse e entrei em casa, olhei aquele lugar e senti meu corpo ficar mais pesado, meu olhos se encheram de lágrimas em segundos e lembranças dos meus pais tomaram conta da minha cabeça. – Eu preciso de você aqui. – Fechei os olhos e rezei, acho que tenho perdido a fé depois que meus pais sumiram, mas eu não posso desistir, não posso perder a esperança. – Voltem para mim. – Sussurrei de olhos fechados.

Continua...

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