segunda-feira, 15 de abril de 2013

"The Mission" - Cap. 13




Cheguei ao apartamento e corri para o quarto, Nick estava na sala, mas eu passei direto. Tranquei a porta e peguei um travesseiro pra abafar o choro. Minha vida está uma confusão, eu já não entendo meus sentimentos, não sei mais quem sou.
- Megan? Megan, o que aconteceu? – Nick batia na porta.
- Eu só quero ficar sozinha. – Disse entre soluços.
- Meu amor, abra a porta. – Ele mexia na maçaneta. – Meg, me conte o que aconteceu. – Levantei e abri a porta.
- Quer saber o que aconteceu Nick? Eu estou cansada! – Enxuguei meu rosto. – Vocês diz que meus pais estão vivos, que Scott os sequestrou, diz que têm agentes atrás dele, mas não passa disso... Eu cansei de esperar, cansei de te ouvir falar e não ver nada acontecer. Cansei de você.
- Megan, por que está falando assim? Eu só estou tentando te ajudar. – Ele me olhou triste.
- Ah, me desculpe... – Cobri o rosto com as mãos. – Me desculpe Nick. – O abracei.
- Eu quero muito encontrar seus pais, meu amor. Eu estou fazendo o possível para isso acontecer. – Ele segurou meu rosto e olhou em meus olhos. – Sinto muito se não estou conseguindo ajudar, eu sinto muito se você se sente sozinha, mas eu quero que saiba que estou aqui, meu amor. – Ele sorriu fraco. – Estarei aqui para tudo Meg. – Nick me beijou, fechei os olhos e Justin veio à minha mente, então abri os olhos.
- Obrigada por tudo que tem feito por mim, mas eu realmente quero ficar sozinha. – Disse, depois de partir o beijo.
- Qualquer coisa, é só me chamar. – Ele beijou minha testa e saiu dali.
[...]
- MEGGY. – Apertei o passo e entrei na lanchonete, andei até o balcão, sem olhar para trás.
- Posso ajudar? – Um garoto, devia ter minha idade, disse sorrindo.
- Dois cheeseburgers e dois refrigerantes. – Disse e notei alguém parar ao meu lado.
- Ok, mais alguma coisa? – Ele perguntou.
- Batatas fritas. – Justin disse.
- Eu não vou comer com você. – O olhei.
- Meggy, por que você foi embora? – Ele olhava em meus olhos.
- Vai querer as batas fritas? – O garoto perguntou.
- Pode ser. – Voltei a olhar Justin. – Porque sim. – Virei-me.
- Para viagem?
- Sim! – Respondi.
- Meggy, olha para mim. – Justin pediu. – Meggy, por favor. – Olhei-o e Justin me beijou, empurrei-o, sem força.
- Me deixa. – Sussurrei e afastei-me.
- Foi por causa da Melissa, não foi? – Ele insistiu.
- E se foi?
- Eu não vou ficar com ela...
- Eu não quero ser a razão disso. – Nós falávamos baixo.
- Eu gosto muito de você Meggy... Gosto como nunca gostei da Melissa. – Ele se aproximava. – Podemos  conversar?
- Nós já estamos conversando, por favor, Justin, não insista.
- Podemos comer esses lanches juntos... Eu só quero passar um tempo com você. – Justin me olhava com brilho nos olhos.
- O pedido. – O garoto deixou as sacolas no balcão e nos olhou, Justin entregou uma nota e disse para o garoto ficar com o troco. Saímos juntos da lanchonete e eu acabei cedendo, o acompanhei, caminhamos por sete quadras, Justin parou e ficou encarando a lua.
- Sempre venho aqui. – Ele comentou. – É longe de tudo que me faz mal.
- E o que seria “o que te faz mal”? – Perguntei.
- Tudo que me lembra que meus pais morreram, tudo que me faz ser um idiota.
- Melissa. – Não resisti, eu tinha que falar isso. Dei de ombros e sentei na grama, o lugar era uma praça, mas estávamos em uma parte “deserta”, onde se tinha uma bela visão do mar e do céu. Peguei meu cheeseburguer e mordi um pedaço, estava morta de fome, Justin ficou me olhando. – Não vai comer?
- Não é pro seu namoradinho? – Ele sentou ao meu lado.
- Você pagou, acho que devia comer. – Mordi mais um pedaço e tomei um gole de refrigerante, não falamos mais nada, até eu terminar meu lanche e o Justin começar a rir. – O que foi? – Perguntei confusa.
- Isso tudo é engraçado, a forma como você entrou nas nossas vidas, era toda rebelde, não dizia nem “oi” e eu te achava metida, mal educada... – Ele parou e riu. – E como tudo isso mudou, foi tão espontâneo, nós parecíamos dois retardados juntos, nos tornamos amigos e... Bom, aconteceu o que aconteceu.
- O que aconteceu? – É óbvio que eu sei, mas perguntei.
- Eu me apaixonei pela garota rebelde e metida. – Ele sorriu de canto e desviou o olhar, há cada palavra que ele diz meu coração acelera mais, em minha cabeça se forma um novo nó, eu nunca me senti assim antes, não sei o que fazer. Ataquei as batatas fritas e quando havíamos devorado tudo, Justin me estendeu a mão, levantei e o acompanhei, ainda segurando sua mão. – Meu pai dizia que os olhos da minha mãe eram como a lua, porque o iluminava quando ele estava no escuro, dizia que aquele par de olhos sempre o ajudou quando ele mais precisou.
- Isso é lindo. – Suspirei e olhei Justin.
- É o mesmo que sinto quando estou com você Meggy. – Ele virou-se para mim e olhou em meus olhos. – Sinto-me seguro e livre do escuro. – Meus olhos se lacrimejavam e eu continuava muda, não sabia como responder a essas palavras lindas. “Eu também sinto Justin, eu sinto tudo isso, eu gosto de você” queria conseguir dizer isso. Justin soltou minha mão e colocou, as suas, no bolso. – Você gosta mesmo desse Dylan? – Ele perguntou sem me olhar
- S-s-s-im. – Gaguejei. Mas eu gosto mesmo? Ele não me faz sentir borboletas no estômago, ele não faz meu coração acelerar, não me deixa sem jeito, não me faz rir como o Justin faz... Eu acho que não gosto tanto quanto eu me forço a gostar, talvez eu não goste nada dele. – Você vai ser pai, Justin... Deveria estar com Melissa agora.
- Deveria. – Ele repetiu com frieza.
- Esqueça o que aconteceu hoje cedo, será melhor para nós dois, acredite. – Disse e fiz o possível para não chorar.
- Irei esquecer. – Justin estava frio, parecia irritado. Claro, como não ficar irritado depois de fazer uma declaração e receber um simples “esqueça”? – Vou te levar para casa.
- Não precisa...
- Eu te trouxe, eu te levo. Não se preocupe, eu paro antes para Dylan não nos veja juntos. – Ele saiu andando, senti um vazio no peito.
[...]
- Aqui está bom? – Ele perguntou, parando de caminhar.
- Eu sinto muito por não ter respondido ao que você disse Justin, eu realmente sinto muito. – Disse me sentido culpada por essa frieza dele.
- Sente muito? Se for “sentir muito” eu prefiro que não sinta nada, Megan. – Ele respondeu nervoso. – Só não sinta.
- Mas...
- É melhor ir. – Justin não me deixou falar
- E se eu não quiser ir? – Perguntei e encarei seus lábios. – E se eu sentir mais do que “muito”. – Aproximei-me. – E se eu estiver com medo de dizer o que sinto e sofrer depois?
- Faça o que quer fazer agora, sem se importar com o depois. – Ele disse me olhando fixamente.
- Agora eu só quero te beijar. – Sussurrei.
- Então faça. – Justin aproximou-se e colou nossas testas, selei nossos lábios e o beijei sem me importar com o depois. Justin sorriu e me deu alguns selinhos antes de se afastar. - Eu te amo Meggy. - Ele disse sorrindo e me abraçou. Me ama? Ele disse que me ama? Meu coração disparou e eu o abracei forte, pensei em responder, mas não sabia se dizia ou se o beijava, se continuava o abraçando, então foi o que eu fiz, o abracei e depois de um beijo de boa noite, ele foi embora.
Continua...

4 comentários:

  1. OMG *o*
    Continua já! Tá muito perfeito! *-*
    Cara, só eu que torço pro Justin descobrir que o bebê que a Melissa tá esperando não é dele? Tipo, só assim ele vai se livrar dela e a Megan FINALMENTE vai poder ficar com ele sem sentir culpa '-'
    Ah, e eu também torço pro Scooter ser do bem :3
    Af, já falei demais... Posta loooogo *O*

    Marcella Meneses aqui (:

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  2. AAAAAAAAAAAAAA finalmente ela fez algo muito sem noção e muito bom ao mesmo tempo. Okay, espero por mais.

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  3. OMB, OMB, OMB, OMB, OMB, OMB, OMB
    QUE PERFEITOOOOOOOOOOOOOO CONTINUA HAHA! ELES TEM QUE FICAR JUNTOS LOGO POR FAVOR, HAHA!

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  4. Ahhhh continuaaa ta perfeitoooo!!!

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