Cheguei ao apartamento e corri para o quarto, Nick estava na
sala, mas eu passei direto. Tranquei a porta e peguei um travesseiro pra abafar
o choro. Minha vida está uma confusão, eu já não entendo meus sentimentos, não
sei mais quem sou.
- Megan? Megan, o que aconteceu? – Nick batia na porta.
- Eu só quero ficar sozinha. – Disse entre soluços.
- Meu amor, abra a porta. – Ele mexia na maçaneta. – Meg, me
conte o que aconteceu. – Levantei e abri a porta.
- Quer saber o que aconteceu Nick? Eu estou cansada! –
Enxuguei meu rosto. – Vocês diz que meus pais estão vivos, que Scott os sequestrou,
diz que têm agentes atrás dele, mas não passa disso... Eu cansei de esperar,
cansei de te ouvir falar e não ver nada acontecer. Cansei de você.
- Megan, por que está falando assim? Eu só estou tentando te
ajudar. – Ele me olhou triste.
- Ah, me desculpe... – Cobri o rosto com as mãos. – Me
desculpe Nick. – O abracei.
- Eu quero muito encontrar seus pais, meu amor. Eu estou
fazendo o possível para isso acontecer. – Ele segurou meu rosto e olhou em meus
olhos. – Sinto muito se não estou conseguindo ajudar, eu sinto muito se você se
sente sozinha, mas eu quero que saiba que estou aqui, meu amor. – Ele sorriu
fraco. – Estarei aqui para tudo Meg. – Nick me beijou, fechei os olhos e Justin
veio à minha mente, então abri os olhos.
- Obrigada por tudo que tem feito por mim, mas eu realmente
quero ficar sozinha. – Disse, depois de partir o beijo.
- Qualquer coisa, é só me chamar. – Ele beijou minha testa e
saiu dali.
[...]
- MEGGY. – Apertei o passo e entrei na lanchonete, andei até
o balcão, sem olhar para trás.
- Posso ajudar? – Um garoto, devia ter minha idade, disse
sorrindo.
- Dois cheeseburgers e
dois refrigerantes. – Disse e notei alguém parar ao meu lado.
- Ok, mais alguma coisa? –
Ele perguntou.
- Batatas fritas. – Justin
disse.
- Eu não vou comer com
você. – O olhei.
- Meggy, por que você foi
embora? – Ele olhava em meus olhos.
- Vai querer as batas
fritas? – O garoto perguntou.
- Pode ser. – Voltei a
olhar Justin. – Porque sim. – Virei-me.
- Para viagem?
- Sim! – Respondi.
- Meggy, olha para mim. –
Justin pediu. – Meggy, por favor. – Olhei-o e Justin me beijou, empurrei-o, sem
força.
- Me deixa. – Sussurrei e
afastei-me.
- Foi por causa da
Melissa, não foi? – Ele insistiu.
- E se foi?
- Eu não vou ficar com ela...
- Eu não quero ser a razão
disso. – Nós falávamos baixo.
- Eu gosto muito de você
Meggy... Gosto como nunca gostei da Melissa. – Ele se aproximava. –
Podemos conversar?
- Nós já estamos
conversando, por favor, Justin, não insista.
- Podemos comer esses
lanches juntos... Eu só quero passar um tempo com você. – Justin me olhava com
brilho nos olhos.
- O pedido. – O garoto
deixou as sacolas no balcão e nos olhou, Justin entregou uma nota e disse para
o garoto ficar com o troco. Saímos juntos da lanchonete e eu acabei cedendo, o
acompanhei, caminhamos por sete quadras, Justin parou e ficou encarando a lua.
- Sempre venho aqui. – Ele
comentou. – É longe de tudo que me faz mal.
- E o que seria “o que te
faz mal”? – Perguntei.
- Tudo que me lembra que
meus pais morreram, tudo que me faz ser um idiota.
- Melissa. – Não resisti,
eu tinha que falar isso. Dei de ombros e sentei na grama, o lugar era uma
praça, mas estávamos em uma parte “deserta”, onde se tinha uma bela visão do
mar e do céu. Peguei meu cheeseburguer e mordi um pedaço, estava morta de fome,
Justin ficou me olhando. – Não vai comer?
- Não é pro seu
namoradinho? – Ele sentou ao meu lado.
- Você pagou, acho que
devia comer. – Mordi mais um pedaço e tomei um gole de refrigerante, não
falamos mais nada, até eu terminar meu lanche e o Justin começar a rir. – O que
foi? – Perguntei confusa.
- Isso tudo é engraçado, a
forma como você entrou nas nossas vidas, era toda rebelde, não dizia nem “oi” e
eu te achava metida, mal educada... – Ele parou e riu. – E como tudo isso
mudou, foi tão espontâneo, nós parecíamos dois retardados juntos, nos tornamos
amigos e... Bom, aconteceu o que aconteceu.
- O que aconteceu? – É
óbvio que eu sei, mas perguntei.
- Eu me apaixonei pela
garota rebelde e metida. – Ele sorriu de canto e desviou o olhar, há cada
palavra que ele diz meu coração acelera mais, em minha cabeça se forma um novo
nó, eu nunca me senti assim antes, não sei o que fazer. Ataquei as batatas
fritas e quando havíamos devorado tudo, Justin me estendeu a mão, levantei e o
acompanhei, ainda segurando sua mão. – Meu pai dizia que os olhos da minha mãe
eram como a lua, porque o iluminava quando ele estava no escuro, dizia que aquele
par de olhos sempre o ajudou quando ele mais precisou.
- Isso é lindo. – Suspirei
e olhei Justin.
- É o mesmo que sinto
quando estou com você Meggy. – Ele virou-se para mim e olhou em meus olhos. – Sinto-me
seguro e livre do escuro. – Meus olhos se lacrimejavam e eu continuava muda,
não sabia como responder a essas palavras lindas. “Eu também sinto Justin, eu sinto tudo isso, eu gosto de você” queria
conseguir dizer isso. Justin soltou minha mão e colocou, as suas, no bolso. –
Você gosta mesmo desse Dylan? – Ele perguntou sem me olhar
- S-s-s-im. – Gaguejei. Mas
eu gosto mesmo? Ele não me faz sentir borboletas no estômago, ele não faz meu
coração acelerar, não me deixa sem jeito, não me faz rir como o Justin faz...
Eu acho que não gosto tanto quanto eu me forço a gostar, talvez eu não goste
nada dele. – Você vai ser pai, Justin... Deveria estar com Melissa agora.
- Deveria. – Ele repetiu
com frieza.
- Esqueça o que aconteceu
hoje cedo, será melhor para nós dois, acredite. – Disse e fiz o possível para
não chorar.
- Irei esquecer. – Justin
estava frio, parecia irritado. Claro, como não ficar irritado depois de fazer
uma declaração e receber um simples “esqueça”? – Vou te levar para casa.
- Não precisa...
- Eu te trouxe, eu te
levo. Não se preocupe, eu paro antes para Dylan não nos veja juntos. – Ele saiu
andando, senti um vazio no peito.
[...]
- Aqui está bom? – Ele perguntou,
parando de caminhar.
- Eu sinto muito por não
ter respondido ao que você disse Justin, eu realmente sinto muito. – Disse me
sentido culpada por essa frieza dele.
- Sente muito? Se for “sentir
muito” eu prefiro que não sinta nada, Megan. – Ele respondeu nervoso. – Só não
sinta.
- Mas...
- É melhor ir. – Justin não
me deixou falar
- E se eu não quiser ir? –
Perguntei e encarei seus lábios. – E se eu sentir mais do que “muito”. –
Aproximei-me. – E se eu estiver com medo de dizer o que sinto e sofrer depois?
- Faça o que quer fazer
agora, sem se importar com o depois. – Ele disse me olhando fixamente.
- Agora eu só quero te
beijar. – Sussurrei.
- Então faça. – Justin aproximou-se
e colou nossas testas, selei nossos lábios e o beijei sem me importar com o
depois. Justin sorriu e me deu alguns selinhos antes de se afastar. - Eu te amo Meggy. - Ele disse sorrindo e me abraçou. Me ama? Ele disse que me ama? Meu coração disparou e eu o abracei forte, pensei em responder, mas não sabia se dizia ou se o beijava, se continuava o abraçando, então foi o que eu fiz, o abracei e depois de um beijo de boa noite, ele foi embora.
Continua...
OMG *o*
ResponderExcluirContinua já! Tá muito perfeito! *-*
Cara, só eu que torço pro Justin descobrir que o bebê que a Melissa tá esperando não é dele? Tipo, só assim ele vai se livrar dela e a Megan FINALMENTE vai poder ficar com ele sem sentir culpa '-'
Ah, e eu também torço pro Scooter ser do bem :3
Af, já falei demais... Posta loooogo *O*
Marcella Meneses aqui (:
AAAAAAAAAAAAAA finalmente ela fez algo muito sem noção e muito bom ao mesmo tempo. Okay, espero por mais.
ResponderExcluirOMB, OMB, OMB, OMB, OMB, OMB, OMB
ResponderExcluirQUE PERFEITOOOOOOOOOOOOOO CONTINUA HAHA! ELES TEM QUE FICAR JUNTOS LOGO POR FAVOR, HAHA!
Ahhhh continuaaa ta perfeitoooo!!!
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