sexta-feira, 19 de abril de 2013

"The Mission" - Cap. 14




Acordei com o sol queimando meu rosto, abri os olhos e quase fiquei cega, com tanta luz, levantei da cama e vesti um casaco, apesar do sol forte, estava frio. Caminhei até a janela e o vento gelado tocou meu rosto, sorri, ao lembrar da noite de ontem. Fechei a janela e sai do quarto, estava com fome. Peguei a caixa de cereal e o leite e quando colocava na tigela, Nick beijou meu pescoço e segurou minha cintura, senti um frio na espinha e virei-me, recebendo um beijo nos lábios, eu não o impedi, mas, eu devia. Não devia?
- Bom dia princesa. – Ele sorriu, ainda abraçava minha cintura.
- Bom dia. – Sorri fraco e virei-me.
- Eu... Eu fiquei te esperando ontem e você não apareceu. – Nick disse me olhando.
- Eu encontrei uma amiga...
- Você não tinha amigas, Meg. – Estava desconfiado, mas tentava não demonstrar.
- Justin... Eu estava com o Justin. – Disse com medo de sua reação.
- Fizeram as pazes? – Ele parecia mais tranquilo, depois de eu dizer com quem estava.
- Sim. – Respondi.
- Vai voltar para lá?
- Não, eu voltarei para a minha casa. – Disse e Nick arqueou a sobrancelha.
- Por que Meg? Você pode ficar aqui... – Ele estava confuso, deixei a tigela de cereal no balcão e olhei para o Nick.
- Eu não sei se estou pronta para um namoro e muito menos para morar com um namorado. – Nick me olhava atento. – Nick, eu espero que entenda, mas... Acho que devemos terminar.
- Meg, não. – Abaixei a cabeça, não queria ver sua expressão. – Meu anjo, por favor... – Ele levantou meu queixo, me fazendo olhá-lo. – Por quê? Estamos tão bem.
- Não, não estamos. Nós só começamos isso porque eu estava fragilizada, carente, estava confusa com tudo o qeu havia acontecido, mas agora eu sei o que eu quero e sei o que eu sinto.
- E o que você sente?
- Que não devia ter começado esse relacionamento, nós confundimos as coisas e o que era para ser uma parceria, para encontrar meus pais, acabou virando um namoro sem sentido.
- Faz sentido para mim. – Ele estava inconformado.
- Mas para mim não. – Tentei não olhá-lo, mas Nick insistia.
- É aquele moleque não é? Vocês estão juntos? – Sua expressão mudou de repente, Nick parecia furioso.
- Do que está falando?
- Você e Justin, vocês ficaram ontem?
- Nick, para. – Disse e acho que acabei me entregando.
- Eu doei todos esses dias para você, eu desliguei qualquer outro problema para resolver o seu, eu estou fazendo o possível para encontrar seus pais e você está me traindo? – Ele segurou meus pulsos, com força.
- ESTÁ MACHUCANDO. – Soltei-me e o empurrei.
- Me desculpe Meg, me desculpe. – Ele começou a chorar, parei e o olhei. – Eu gosto muito de você Megan, estava me doando ao máximo para te fazer feliz, eu só quero te ver feliz. – Ele cobriu o rosto com as mãos. – Eu te amo. – Ele me olhou.
- Eu também gosto de você Nick, mas eu não me sinto bem nesse namoro. No começo era tudo mágico, mas agora isso mudou. – Fiquei em sua frente. – Me desculpe, mas eu não posso mais fingir que estou feliz aqui. – Levantei e caminhei até o quarto, peguei minha mochila e guardei minhas coisas. Quando estava indo embora, Nick saiu da cozinha, seu rosto estava vermelho e lágrimas ainda caiam de seus olhos. – Eu sinto muito Nick.
- Eu ainda te amo Megan. – Ele disse e abriu a porta, passei por ele e o olhei, parei e beijei sua testa.
- Você é um anjo, muito obrigada por me ajudar e por gostar de mim. – Disse com o coração partido, não queria deixá-lo assim, mas eu não aguento mais fingir.

Justin POV
Discava o número da Megan pela milésima vez, não tenho sinal dela há dois dias, desde aquela noite incrível. Tentei mais uma vez, mais uma, de novo e a campainha tocou, me interrompendo, joguei o celular no sofá e caminhei até a porta. Quando abri a porta, Megan estava chorando e tinha uma mala em mãos.
- Meu amor, o que aconteceu? – Abracei-a forte e puxei-a para dentro.
- Estou com medo Justin. – Ela soluçava.
- O que fizeram com você? O que aconteceu? – Segurei seu rosto, eu podia ver o medo em seus olhos, ela estava assustada, apavorada. – Meggy, me diz!
- E-e-eu não posso... – Ela se afastou e cobriu o rosto. – Eu não posso. – Abracei-a novamente.
- Nada vai acontecer, você está segura aqui, eu não deixarei nada acontecer. – Beijei sua testa e a abracei ainda mais forte, ela não conseguia parar de chorar. Depois de quase uma hora, depois de tentar acalmá-la de várias maneiras, ela controlou o choro. Entreguei-lhe um copo de água e ela tomou tudo em dois goles, suas mãos tremiam, seguei sua mão e a abracei.
- Eu não posso ficar aqui. – Meggy se afastou e levantou. – Eu preciso sair daqui, preciso de um lugar seguro para ficar.
- Aqui é seguro Meggy. – Disse e quando terminei, Scooter entrou, Megan correu para perto de mim e abaixou a cabeça.
- Megan! – Scooter disse feliz ao vê-la, ela continuou encarando o chão.
- Ele não fará nada com você. – Sussurrei.
- O que aconteceu? – Scott perguntou, confuso.
- Nada. – Meggy disse, antes que eu dissesse alguma coisa. – Não aconteceu nada.
- Megan, eu preciso te dizer...
- Eu não quero ouvir, eu não sei por que estou aqui. – Ela pegou a mala. – Não devia ter vindo. – Vi as lágrimas transbordarem em seus olhos e ela voltou a chorar.
- Meggy. – Segurei seu braço e ela virou-se assustada.
- Não encoste em mim. – Ela estava em choque. – Me deixem em paz. – Meg caminhou apressada até a porta.
- MEGAN! – Corri atrás dela, ela começou a correr pela rua, descontrolada. – MEGGY, VOLTE AQUI. – Alcancei-a no final da rua. – Por que está tão assustada? – Eu estava confuso, ela estava ofegante, chorava desesperadamente e olhava para todos os lados, como se temesse por algo.
- Justin, eles vão me matar. – Ela disse e foi dando passos para trás. – Eles matarão a mim e depois os meus pais.
- Não, ninguém vai encostar em você, eu não deixarei. – Tentei aproximar-me, mas ela se afastou.
- Você não estava lá ontem, você não os impediu. – Ela tropeçou e caiu no chão, aproximei-me e a segurei em meus braços.
- O que eles fizeram Meggy? – Perguntei mais uma vez.
- Eu estava no meu quarto, na minha casa, tentando dormir, estava escuro. – Ela parou e olhou para os lados. – Eu ouvi passos no corredor e alguém abriu a porta. Eram dois homens. – Ela respirou fundo e enxugou o rosto. – Eles me seguraram e amarraram minhas mãos.
- Não. – Senti culpa ao pensar na continuação disso, levantei do chão e ajudei-a a levantar.
- Eu comecei a me contorcer, tentei me soltar, mas um deles me segurou e... – Ela engoliu o choro e tentou se manter firme. – O outro começou a me beijar e...
- Não, não, NÃO! – Gritei irritado comigo e com o que aconteceu.
- Eles ficaram acariciando minhas pernas, meu corpo, conseguiram me beijar algumas vezes, mas eu consegui sair dali, eu sai correndo e me escondi no quintal do vizinho, eu fiquei lá até hoje de manhã e voltei para casa quando notei que já haviam ido embora, peguei minha mala e vim para cá.
- Me desculpe por não ter impedido isso. – Aproximei-me e segurei seu rosto.
- Você não tem culpa. – Ela abaixou a cabeça, beijei sua testa. – Fica comigo Justin. – Ela me abraçou. – Por favor, não me deixe.
- Eu não vou deixar, eu prometo. – Megan me olhou e suspirou.
[...]
Estávamos em meu quarto, Meggy dormia e eu a olhava, ela estava muito abalada, mas não queria procurar ajuda policial. Ela tem medo que sejam os mesmos bandidos que sequestraram seus pais, então ela tem medo que Scooter esteja envolvido nisso. Levantei e sai do quarto, bati na porta do Scott e ele me mandou entrar.
- Oi. – Ele disse, olhando a tela do computador.
- Está ocupado?
- Precisa falar comigo? – Ele me olhou.
- É sobre a Megan. – Disse e sentei em sua cama. – Ontem invadiram a casa dela e abusaram dela.
- ABUSARAM? – Ele levantou e gritou por impulso.
- Ficaram acariciando ela, beijando, mas, graças a Deus, não fizeram mais nada.
- Ela acha que eu fiz isso?
- Ele acha que você pode estar envolvido. – Disse e Scooter abaixou a cabeça. – Por que Scooter? Por que ela tem tanta desconfiança em você?
- Não sei. – Ele estava triste.
- Vou voltar para o quarto, não quero que ela esteja sozinha quando acordar. – Abri a porta. – Se, por acaso, se esbarrarem por aí, não fale com ela Scooter, Meggy ainda está assustada, é melhor que fique longe.
- Não se preocupe, mas me chame se precisar. – Assenti e sai do quarto, quando abri a porta do meu quarto, vi Meggy sentada na cama, ela me olhou.
- Eu só fui ali...
- Tudo bem. – Ela sorriu, aproximei-me e sentei ao seu lado. – Eu terminei com o Dylan.
- Terminou? – Senti meu coração disparar e Meggy assentiu. – Ele aceitou?
- Não, mas eu não posso ficar mentindo. – Ela sorriu. – Agora, eu acho, que terei que encontrar meus pais sozinha.
- Não meu amor, eu estou aqui e enquanto eu estiver vivo, você não terá que usar a palavra “sozinha”. – Dei-lhe um beijo estalado e nos abraçamos. – Eu cuidarei de você. – Disse olhando em seus olhos.
- Obrigada. – Ela sussurrou e sorriu.
Continua...

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8 comentários:

  1. Justin lindo *-*
    Meeeu, nunca imaginaria que isso tivesse acontecido com ela!! AMO histórias que acontecem coisas sem vc ter ideia sabe? tem umas que ja sao muito previsiveis.. essa está perfeitaa!!!
    continua logo pffffff

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  2. heeeey,desculpa não ter comentado os capítulos anteriores, é que eu estava em semana de prova , e minha mãe é bem chatinha em semana de prova ,então...
    enfim,peeeeeerfeito *-* você escreve tão bem *-* continua

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  3. Caraaa continuaaa prfvvv ta mtt legalll

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  4. Quue lindo , ta cada vez melhor . #aiquebadalo

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  5. Que tudo continua prfv ta mtt perfeito

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  6. Caraaaa, tá muito bom *-*
    O Scooter tem que ser do bem! :c
    Continuaaaaa *o*

    Marcella Meneses aqui.

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  7. Aiiiiiiiiiiii que lindoo continua tipo logo tá muito perfeito hahahaha! *-*

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  8. Continuaaaa, muito perfeito!!!! Que lindos, eles juntos *-*

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