Justin POV
Estava sentado, na areia, observava Megan. Ela caminhava, de
um lado para o outro, na beira do mar, chutava a água e fugia das ondas. Ri ao
vê-la cair, ela ficou ali, sentada, rindo de si mesma. Levantei e caminhei até
ela, estendi a mão e a ajudei a levantar.
- O que foi isso? – Perguntei rindo.
- A areia mexeu e eu cai, não sei. – Meggy ria, é bom vê-la
sorrindo depois do que aconteceu.
- A culpa é da areia, então? – Franzi a testa e ela
assentiu.
- Claro, ela que se mexeu.
- Ah sim, coitada de você. – Olhei para os lados e quando
voltei a olhá-la, a beijei.
- Justin. – Meggy me afastou e colocou as mãos no rosto. –
Por favor. – Ela riu um pouco. Megan me pediu para não beijá-la, ela disse que
não está pronta para um relacionamento e tal, mas um beijo aqui, outro ali, não
faz mal.
- Eu sei que você quer. – Abracei-a e tirei suas mãos de seu
rosto, ela sorria.
- Eu quero e por isso te pedi para ficar longe. – Ela olhava
em meus olhos. – Eu só preciso de um tempo para arrumar essa confusão que esta
a minha vida.
- Queria ajudar, queria fazer algo para encontrar seus pais.
– Segurei sua cintura.
- Não, essa gente é perigosa, não quero te ver em perig... –
O celular dela começou a tocar, Meggy atendeu, sua expressão foi mudando, ela
não falava nada, seus olhos marejaram. – Por favor, não. – Ela disse, com medo.
- Me dê o telefone Megan. – Disse, tenho certeza que estão a
ameaçando.
- Tudo bem... Tudo bem, eu farei... Mas não machuquem mais
ninguém, por favor. – Ela chorava, peguei o celular de suas mãos.
- DEIXE-A EM PAZ, COVARDE. – Disse e desligaram. –
Desgraçado. – Megan chorava, fitando os pés, aproximei-me e a abracei. – O que
disseram, meu amor?
- O mesmo de sempre. – Ela se afastou e saiu andando, a
segui. Megan entrou no meu quarto e começou a guardar suas coisas na mala.
- O que está fazendo? – Perguntei confuso.
- Eu não posso ficar aqui. – Respondeu sem me olhar.
- NÃO. Não, não, não, não, não Meggy. – Puxei-a para longe
da mala – Não, por favor.
- Não me olhe assim. – Ela pediu com os olhos cheios de
lágrimas.
- Ele te ameaçou, não foi? Aqui, nada de ruim irá acontecer
com você, nada. Eu irei te proteger, por favor, não vá. – Senti meus olhos
arderem e as lágrimas apareceram.
- Oh Justin. – Ela virou-se e cobriu o rosto com as mãos.
- Fique aqui. Fique comigo, meu amor. – Tentei fazê-la me
olhar, mas ela evitava, afastei-me e abaixei a cabeça.
- Não podíamos ter deixado isso acontecer... Eu não podia
gostar de você. – Ela disse brava e triste e explodiu em lágrimas.
- Não temos escolha quando o coração fala mais alto. – Disse
olhando nos olhos dela.
- Mas nós podíamos ter evitado... Estávamos aos beijos
enquanto a mãe do seu filho estava em algum lugar do bairro, estávamos rindo
enquanto meus pais estão sendo reféns de um crime em algum canto do mundo. Nós
fizemos tudo errado Justin.
- É errado amar alguém? – Arqueei a sobrancelha. – É errado
se sentir especial para alguém? Sentir que aquela pessoa é quem você sempre
esperou encontrar?
- É errado quando isso acontece entre nós dois.
- Não Megan, não é errado, todos têm o direito de amar
alguém. – Eu não conseguia entender o motivo de ela estar dizendo essas coisas.
- Justin, eu quero que me prometa uma coisa.
- Eu não vou te esquecer. – Me adiantei.
- Não esqueça, por favor. – Ela enxugou o rosto. – Quero que
prometa que irá me deixar ir embora, que não irá atrás de mim e que continuará
vivendo sua vida, sem tentar se intrometer nesse meu problema.
- Não posso prometer isso.
- Sim, você pode. – Meggy se aproximou e olhou, diretamente,
em meus olhos.
- Eu posso te proteger.
- Prometa, por favor. – Ela insistiu, ficamos nos olhando
por um tempo.
- Tudo bem, eu prometo. – Disse, Megan sorriu e me abraçou.
- Nós ainda nos esbarraremos por aí. – Seus olhos brilharam
e ela me beijou, ajudei-a a guardar suas coisas e quando fomos nos despedir,
Meggy chorou, de novo.
- Que droga. – Ela disse enxugando a lágrima. Estávamos na
calçada, em frente minha casa, de frente um para o outro, eu segurava sua mão e
olhava fixamente em seus olhos.
- Espero que nos esbarremos o mais rápido possível. –
Comentei e ela riu.
- Eu espero também. – Meggy envolveu o braço em meu pescoço
e me beijou, dessa vez, fiz do beijo, algo que ela poderia se lembrar sempre,
puxei-a pela cintura e segurei seu rosto, senti uma lágrima cair em meu rosto e
continuei a beijando, partimos o beijo quando já não tínhamos mais fôlego. – Se
o esbarrão não acontecer...
- Ele irá acontecer, nem que eu tenha que esbarrar
propositalmente. – Sorri e beijei sua testa. – Se cuida.
- Até logo. – Ela acenou e foi se afastando, a cada passo,
meu coração se apertava mais e mais.
Os dias foram passando, eu discava o número da Megan o tempo
todo, mas não conseguia ligar, eu prometi à ela. Joguei-me no sofá e encarei a
televisão, Scooter desceu a escada e sentou na poltrona, ele ficou me olhando.
- Tem notícias? – Ele perguntou.
- Não, nada, ela não me ligou.
- Você não está preocupado? – Ele franziu a testa.
- Sim, muito, mas eu prometi que não iria atrás.
- Mas se algo acontecer... Justin, você não tem noção de
como aquele cara é perigoso? – Scooter estava escondendo alguma coisa.
- Que cara? O que você sabe Scooter? – Perguntei
desconfiado.
- O que ela disse, oras. – Ele tentou disfarçar.
- Scott, eu sei que você está escondendo alguma coisa.
- Tudo bem... Você vai saber uma hora ou outra. – Ele
respirou fundo e me contou que conhece os pais da Meggy, que eram muito amigos.
Ele disse que brigou com o namorado da Megan, que ele é o homem que sequestrou
os pais dela, me contou tudo, mas eu fiquei confuso.
- Então, o Dylan é o bandido da história? – Perguntei.
- Sim, eu não sei o motivo, na verdade eu imagino, mas ele
sequestrou os pais da Megan e está a ameaçando.
- Eu preciso contar para ela. – Levantei do sofá e Scooter
segurou meu braço.
- Ela não vai acreditar e, mesmo que acreditasse, ela
poderia correr mais risco ainda.
- Scooter, eles invadiram a casa dela, você acha que não vão
fazer mais nada? – Eu disquei o número dela, mas caiu na caixa postal. – Eu não
vou ficar aqui, de braços cruzados, esperando algo acontecer. – Caminhei até a
porta e quando a abri, encontrei Melissa, ela estava aos prantos.
- Eles disseram que minha gravidez é de risco. – Ela me
abraçou. – Justin, o bebê corre risco.
- Calma Mel. - Abracei-a e beijei sua testa, ela tremia e chorava desesperadamente. - Entre, me conte isso com calma. – Disse assustado, por
um momento, o medo de perder meu filho tomou conta de mim.
Continua...
Comentem!
perfeito! continuaaa
ResponderExcluirsabia.... eu sabia q ele n era bom ;@ perfeito <3 continua
ResponderExcluirnão tivemos nenhuma surpresa... Ele é do mal. Okay okay, my heart is broken, sweetheart!
ResponderExcluircontinua
U.u continua. Bem que eu já estava desconfiada desse guri o Nick, ele não me engana haha! Desde do dia que ele brigou com Scooter que já estava desconfiada, e tomara que Melissa perca mesmo o filho ela não presta haha! Continua logo *-*
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